{...} Sai do carro e entrei em casa. Logo que abri a porta me deparo  minha mãe conversando com uma pessoa... A raiva tomou conta de mim, eu não pude evitar,minha vontade era voar no pescoço dela, o que ela faz aqui? Receber uma pessoa em casa significa que você tem intimidade com a ela, não é? Então. Era pra isso que minha mãe estava me ligando? Se soubesse nem teria voltado pra casa. Eu fiquei ali parada. E só dou uma dica. O nome dela começa com "K". 
  Kris Jenner. Parei próximo à porta, em pé e perguntei:

- O que essa mulher está fazendo aqui? 

- Diga "oi" para Kris, filha.

- Tchau. -eu disse e passei. Elas estavam no sofá, eu ia subir.

- Isso é jeito de se tratar as pessoas? -minha mãe perguntou.

- Devo tratar bem ela? Só por que é a Kris Jenner? -virei ficando de frente para escada- Qual é? Eu também tenho haters. -coloquei o pé no primeiro degrau para subir. Mas ela resolveu falar:

- Desculpe, mas eu não tenho nada a ver com as suas briguinhas de adolescente com a minha filha. -ela disse. Eu virei. Ela sorriu. Sorriu. Aquela velha cheia de botox na cara. 

- Bom, você a criou de um modo que se tornasse uma vadia. Você que criou ela. Realmente não tem nada a ver? Me poupe. -respondi. 

- Como? -Kris perguntou.

- (SeuNome)! -disse minha mãe.  

- Pra mim chega. -eu disse, queria subir mas fiquei ali parada.

- Para mim também! Não admito que fale assim dela e nem deste modo comigo. -disse Kris. 

- Eu sinto muito. -coloquei a mão no peito, nunca fui tão irônica- Você está na minha casa, se está incomodada, se retire. Eu ficaria agradecida. -sorri do mesmo modo que ela sorriu antes pra mim. Mas pera, sem o botox. 

  Subi para o meu quarto com as mãos no corrimão. 
  Ouvi as duas conversando:

- Me desculpe. -minha mãe disse.

  Kris riu.

- Tudo bem,parece Kylie as vezes.

- Ainda bem que compreende.

- Sem problemas. Melhor voltar outro dia, já é tarde.

- Com certeza. As portas estão sempre abertas. E a casa é minha, não dela. -mamãe riu- 

- Obviamente. Até mais. 

(...)
  
  Entrei no meu quarto e sentei na cama, peguei una revista e fiquei folheando até que alguém bate na minha porta. 

- (SeuNome)? Abra esta porta agora. 

- Vá embora.

- Abra a porta.

- Não. -respondi dando de ombros. 

- Eu vou contar até... -ela nem terminou e entrou, a porta estava destrancada e eu sabia.

- Que foi? -olhei pra ela.

- Nada. Absolutamente nada! O que você acha?

- Se não é nada, -voltei a olhar para revista- vá embora...

- Ok, filha. Você está me tirando do sério. 

- Não me chame de "filha".

- Mas você é.

- Duvido muito.

- Olha. Pra. Mim. -ela disse entredentes. Não tenho medo.

  Levantei e fiquei diante dela. Cruzei os braços. 

- Estou olhando. -sorri seca.

- Quem você pensa que é pra falar assim comigo?

- Quem é você pra reclamar? Quem me "criou" assim? -disse fazendo aspas no ar- Ah, espere, você nunca esteve aqui pra me criar. Sinto muito. -descruzei os braços. 

- Tira o salto.

- Você também está. 

- Desça do salto agora. 

  Eu ficava do tamanho dela de salto. Olhei bem pra cara dela e tirei. 

- Desculpa, esqueci que você precisa aumentar seu ar de superioridade. -eu disse. 

  Ela me deu um tapa no rosto.

- Calada. -ela disse.

- Desculpa, você não pode me obrigar. "Mãe". -fiz aspas mais uma vez. 

- Pare com isso. 

- Não. -respondi passando a mão na bochecha direita, estava ardendo. Me afastei dela. Ficamos separadas pela cama.

- Filha, me desculpa. -ela tentou chegar perto. Eu falei alto, eu gritei, berrei:

- NÃO ME CHAMA DE FILHA!!! FICA LONGE DE MIM! VAI TENTAR CONSERTAR MAIS UMA BURRADA SUA?!! MAIS UMA DE MUITAS QUE FICOU POR ISSO MESMO E QUE VOCÊ NEM PERCEBEU QUE FEZ? Mas escuta aqui -comecei a falar entre dentes-não vai dar certo. Você... 

  Fui interrompida por um mal estar que nunca senti antes, foi horrível, não conseguia mais falar. Sentia pontadas no estômago. Me contorci um pouco.

- Você está bem?

- Não me toca. Fica. Longe. De mim.

- Não. Porque eu imagino o que seja isso.

- Ah, imagina? Sério. Que bom. Duvido.  

  Minha bolsa estava aberta em cima da cama, perto dela. Pensei que ferrou nessa hora. Ela tirou... 

- E eu duvido que esse saquinho com "pó" branco seja outra coisa além de... -interrompi:

- Eu...Não tenho nada a ver com isso. 

- Mais alguma mentira a contar? Porque achei um igual no quarto do Math.

- Legal. 

- Isso que tem a dizer?

- SIM!

- Para de gritar!

- PORQUE QUANDO VOCÊ FICA EM CASA, AO INVÉS DE FICAR COM OS SEUS FILHOS ENSINANDO A COISA CERTA PRA ELES. Você fica vasculhando nas coisas deles. -eu continuava a chorar. 

- E também na do Peter e...do Jeremy. -ela começou a chorar,realmente estava triste, eu senti isso, que era verdade.

- Eu sinto...muito. -olhei pra ela. 

- Eu prometo...eu estou aqui. Não vou mais trabalhar. Apenas escrever, era sobre meu livro que estava conversando com Kris.

   Isso é inacreditável. Não a parte de ela escrever, a parte de não trabalhar.

- Eu não acredito. Em você. 

- Eu sinto muito por tudo.   

  Ela foi chegando mais perto e eu deixei. Minha mãe, sim, minha mãe me abraça e por um momento eu não fiz o mesmo, só depois.
  Nunca chorei assim. 


- Você não vai me levar pra reabilitação, vai? -perguntei. 

- Shhh. Vamos ver. 

- Por favor, não. Eu paro. 

- Eu sempre quis seu melhor mas nunca fiz nada por isso. 

- Mãe, se você me ama, não faz isso. -apertei a camisa dela. 

- Cody tem algo a ver com isso?  

- Não, mãe... Não meta ele nisso.

- Eu sou mãe. Sei que tem. 

- Ahn...eu vou dormir.

- Posso ficar aqui com você? 

- Sim.

  Apenas deitei e ela se deitou comigo, atrás de mim, me abraçando, me senti mais protegida com ela fazendo isso do que com Cody. Acabei dormindo rápido.

- O que é isso? -disse Math acendendo a luz.

- Apaga! -eu disse.

- Mãe? Não vai trabalhar? -perguntou Math.

- Não mais. -ela respondeu. 

- Ok...eu tenho que ir pra escola. -ele disse e saiu com uma cara de "eu dormi muito, o mundo deve ter mudado. Ficamos com a mesma cara por ele se preocupar em ir pra escola. 

  Minha mãe saiu do quarto e disse que me esperava lá embaixo. Tomei banho,me arrumei pra aula e desci. Todos estávamos tomando café. 

- Peter, se tiver algum compromisso, cancele. -disse nosso pai.

- Por que? Hoje? -Peter perguntou. Ele parecia animado- Não tenho nada hoje.

- Vamos ao médico com sua mãe. 

- Ah, sim. Tudo bem. -ele disse.

  Estava ao lado dele.

- Você fez uma tatuagem? -perguntei baixinho.

- O que? Como sabe? -ele pareceu assustado. Sussurrou também. 

- Eu vi,na festa.

- Sim.  

- Tô ouvindo. -disse Jeremy. Vi como nossa mãe olhou pra ele.

- Calado. -dissemos Peter e dissemos juntos.

- Bom, vou levar vocês à escola. -disse nossa mãe. 

  Enfim, enfim, chegamos na escola e o povo ainda nos olhava feio por causa do vídeo. 

- Eu não aguento mais. -disse Alli batendo no armário. 

- Você cortou o cabelo!!! -eu disse.

- Ah, obrigada por perceber. -ela disse sorrindo irônica.

- Wooooooow! Que bicho te mordeu hoje? -perguntei.

- As pessoas não param! Eu estou cheia.

- Eu também. -encostei nos armários- E adivinha? Minha mãe descobriu, quer até me colocar na reabilitação. Se isso te conforta.

- Ahn... -ela me olhou- Eu sinto muito. 

- Mas vai passar. 

- Eu espero.

- Vem cá. -eu disse de braços abertos para abraçá-la.

- Obrigada. -ela disse.

- Wow. -disse Math chegando atrás dela.

- Não... -disse Alli reclamando. 

- Sim. -respondi. Alli me soltou e virou.

- Que foi, Math? -perguntou ela- Faça o seu comentário que eu quero ignorar ele logo.

- Você tá linda. 


- Oi, Jake! -ela disse sorrindo, ele sorriu de volta, chegou até nós e a beijou.

- Por que ela tem raiva de mim?

- Ah, vai saber né. -fui irônica. 

- Como se ela não tivesse culpa também. -ele disse.  

- As garotas estão sempre certas. -eu disse dando dois tapinhas no seu peito e sai com a cara pra cima.

  Topei com Cody,todas minhas coisas acabaram caindo. Ele pegou tudo e eu fiquei em pé esperando ele pegar.

- Obrigada. -eu sorri.

- Você anda com a cara pra cima e...né.

- Você é um amor.

- Eu sei. E também só peguei pra olhar suas pernas.

- Babaca. -dei um tapa nele e ele riu me abraçando e me dando um beijo na testa.

~POV Math~

  Meninas estão sempre certas. Tá aí a prova viva. 

~Seu POV~ 

  Sai andando e todos já haviam entrado na sala. Lucas topou comigo de propósito. Aliás, corrigindo: Lucas entrou na minha frente e eu bati com a cara no peito dele. 

- Com licença, por gentileza. -pedi.

- Quem disse que eu sou gentil?

- O que você quer? 

- Tenho uma proposta. 

- Pode falar, pra mim ignorar de novo.

- Você sabe o que eu quero. 

- Você sabe que eu não vou te dar.

- Tenho certeza que vai.

- Acho que não. -fui saindo. 

  Ele me puxou pelo braço. 

- Sério? Não esquece que eu posso ser qualquer pessoa.

  Cruzei os braços. 

- Ahn...quer que eu conte pra todo mundo?

- Não. -ele chegou mais perto.

- Então? 

- Bom, se você não fazer, eu posto uma foto sua...nua.

- O QUE?! -quase gritei.

- É isso.

- Mas eu...Não tenho nenhuma foto assim.

- Terá. Escuta o plano: eu posso mundo bem me transformar no seu namoradinho amado,te levo pra cama e faço isso.

- Acha que eu deixaria.

- Você não gosta tanto de beber e usar drogas? Não há problema. 

- Você n-não faria isso. 


- Hahaha. -ele soltou uma risada irônica- Você me conhece o suficiente pra saber que eu faria.

- Por favor, não. 

- E também não tenho piedade.

- M-mas...isso é muita maldade. 

- Você não viu nada.

- E onde você coloca a verdadeira pessoa pra se transformar nela? -conversávamos baixo sobre o assunto.

- Quando eu terminar a escola, penso em ser matador, não é problema pra mim esconder corpos mortos, vivos é mais fácil. 

- Você é um monstro.

- Seu namorado seus amiguinhos também são. Bom,melhor que ser uma normal inútil e gostosa.

  Isso me deixou pra baixo. 

- Ei,pelo menos é gostosa. -ele levantou minha cabeça com a mão em meu queixo. 

- Eu não ligo. Acho que desta vez não vou furar. -falei baixinho quase com voz de choro.

- Eu sinto muito. 

- Eu odeio você! Por que você faz isso? 

- Porque eu amo você. 

  Comecei a rir.

- Quem ama não faz isso. 

- Eu cansei de ser idiota.

- O que?

- Eu não vou ficar aqui contando história da minha vida. -ele mudou de assunto- Quer me abraçar pra ninguém nos ver e falar pro Cody? -ele perguntou, mas foi mais uma afirmação. 

  O abracei, nunca tive tanto nojo de alguém. O soltei rápido. 

- Quem entra na sala primeiro? -ele perguntou.  

- Eu. -respondi.

  Entrei e não é que o filho da mãe entrou junto comigo! Logo vi a cara do Cody. Sentei na frente dele.

- O que houve? -ele perguntou já com raiva. 

- Nada. -respondi sem olhar pra ele.

- Sério? 

- Sim.

- Promete? 

- Presta atenção na aula. -respondi. 

  Ouvi ele bater na carteira e depois disso ficou quieto. 

- Bom, vou formar duplas. -disse a professora.

  Ela começou formando. Estava tudo bem até que:

- (SeuNome) e Lucas. 

- VOCÊ ESTÁ BRINCANDO? -bati a mão na mesa e levantei. 

- Desculpe? 

- Senta aí e se acalma, drogada. -disse Abby.

- Vai cuidar da sua vida. -respondi.

- (SeuNome), sente-se. Algum problema? 

  Lucas me olhou. Foi intimidador. 

- A-acho que não. Com certeza não. -respondi.

  Fizemos as duplas e eu não dizia uma palavra. Nem ele. Terminamos o trabalho e entregamos. Voltei pra minha mesa e abaixei a cabeça.   

  Na hora do intervalo que a coisa começou a esquentar. Estava com as meninas conversando e Math, Jake, Josh, Cambo estavam só de boa. 

- Cadê o Cody? -perguntei.

- Se preparando para dar um soco na cara do Lucas. -disse Joel apontando para alguns metros de nós. 

  Vi Cody cutucar o ombro de Lucas e li seus lábios "ei, cara" e quando Lucas virou levou mesmo um soco na cara. 
  Eles começaram a falar e quando vi que ia ficar pior fui até lá. 

~POV Cody~  

  Uma menina que nunca vi na vida apareceu e me pediu calma, me segurou.

- Chama a namorada dele, pelo amor de Deus! Ninguém vai segurar ele. -disse a menina. 

~Seu POV~ 

- Cody, Cody. -coloquei a cabeça dele entre minhas mãos o fazendo olhar pra mim- Chega.  

- Eu disse pra ele não chegar perto de você. E ele chegou!

- Como se eu tivesse medo de você. -disse Lucas. Eu ignorei, estava concentrada no Cody. Nisso o intervalo já tinha parado.  

- Eu vou... -Cody disse com a raiva estourando mas eu interrompi:

- Shhh. -eu disse.

- Adeus, babaca. -disse Lucas e como eu estava de costas pra ele, ele me deu um tapa na bunda e saiu. 

  Ouvi um idiota gritar "ESTÁ DECLARADA A TERCEIRA GUERRA MUNDIAL!" 

- VOCÊ TÁ BRINCANDO! -disse Cody e foi atrás dele. 

~Povo~ 

- ELE PERDEU A NOÇÃO DO PERIGO? -perguntou Cambo.

- ELE TÁ DE BRINCADEIRA. OBSERVEM EU SER EXPULSO DE NOVO! -disse Math. 

~Seu POV~ 

  Eu só vi Math, Cambo e Cody indo atrás dele  enquanto ele observava, parado. Se fosse eu,daria adeus à vida. 

CONTINUAAAAAAAAAA? ENTÃO, AS SENHORAS ME DIGAM O QUE ACHARAM DO CAPÍTULO E ME DIGAM TAMBÉM SE QUEREM ALGO DE VOLTA NO IMAGINE, ALGUM PERSONAGEM, QUEREM ME DAR ALGUMA IDEIA, ETC.

Thursday, 2 January 2014 @ postado Thursday, January 02, 2014

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