Capítulo 205 - Unicorns Are Real ~ Sobrenatural
{...} O silêncio então permaneceu até eu me mover e ir embora.

- Volta. -ele me puxou- Você não vai contar pra ela.

- Como queira.

- Obrigado.

  Cody me deixou sair. Andando não pude deixar de dizer:

- Otário.


  A aula passou e passou, foi tudo normal mas em segundo algum deixei de pensar nela. Se ela estava bem, o que tava fazendo...
  Não mandei mensagem pra não parecer um doido desesperado. Ao longo do dia as provocações de Cody cessaram.
  Cheguei em casa 15:12, primeira coisa? Subi, é claro. ELA ESTAVA DORMINDO!

- Ah, não! (SeuApelido), acorda...acorda. Acorda! -a balancei.

- Que foi? Tô só de olho fechado.

- Dormiu até agora?

- Aham.

- Levanta.

  Ela levantou e ficou sentada. Eu continuava em pé.

- Só isso?

- Sim, tô falando.

- Não acredito.

  Ela ficou quieta.

- (SeuApelido)...

-  Que?!

- Já disse que você pode contar pra mim e comigo.

- Eu...chorei numa parte do tempo e fiquei pensando depois...sobre mil maneiras de como me matar.

  Sentei na cama e desta vez esperei ela pedir o abraço.

- Eu falei com Cody na escola.

  Seu olhar ficou alerta misturado com lágrimas.

- E aí?

- Ele disse que uma vez você traiu ele.

- É...é verdade mas...a culpa não foi minha. -ela mesmo assim parecia pensativa.

- E que...Depois disso ele perdeu a conta de quantas vezes fez o mesmo. -fiz uma pausa- Eu não tô falando isso pra você gostar menos dele ou...tá, é por isso mas...

  Idiota, inútil, é isso que eu sou. Ela chorou muito mais.

- Eu não acredito. -seu estado de choque era incrível, com a mão esquerda na frente da boca sua face ficava cada vez mais avermelhada e com aparência fraca, doente...

  Não aguentei e a abracei.

- Eu me odeio. -dissemos juntos, ambos dissemos baixinho mas as duas vozes juntas fizeram o som ficar alto.

- Não, o que você fez de errado? -perguntei.

- Eu podia ter feito ele mais feliz. Eu não traí por minha culpa, foi um quase abuso e...

- Como é? -afastei - a,olhei em seus olhos.

  Ela apenas espremeu os olhos.

- QUEM FOI?!

  Ela levantou e saiu rápido em direção ao banheiro.

- VOCÊ PROMETEU QUE NÃO IA GRITAR COMIGO!

- Não! Espera, desculpa, eu só...

  Ela bateu a porta e se trancou lá dentro.

- (SeuNome), não. -disse sério. Sei que quando o mundo cai sobre a gente, as mil ideias passam à mente, e eu tenho medo do que ela pode fazer com drogas e uma janela lá dentro.

- EU ODEIO VOCÊ! -ela gritou.

  Fechei os olhos e absorvi isso. Encostei a testa na porta e perguntei à mim mesmo "por que?".
  Silêncio se fez lá dentro, eu ouvia alguns barulhinhos mas não consegui...associar direito.

- O que você tá fazendo?

- Por que você tem um tipo de canivete igual seu irmão? - ela disse mas sem mais voz de choro.

- (SEUNOME), NÃO! -berrei e bati na porta.

- ...

- ...

- (SeuApelido)?! -falei mais baixo.

- ...

- Por favor, responde. -bati mais uma vez- Por favor, não faz isso...

  É incrível como eu sou...fraco. Comecei a chorar e não sabia se ela percebeu isso em minha voz.

- Por favor. -sussurrei e bati uma última vez chegando novamente perto para encostar a testa.

~Seu POV~

  Abri a porta muito rápido e pulei em cima dele.

- Você foi o único que chorou por mim se importando.

  Ele estava perto da porta mas nem deu tempo de ele cair pois o movimento que fiz foi muito rápido.

- Eu poderia te xingar até acabar todos os xingamentos possíveis no mundo. -ele disse sério, chorando.

- Não, não. Obrigada.

  Ele não respondeu.

- Me perdoa. Em todo bom sentido eu gosto tanto de você.

- Sentimento não brota em 54 horas.

- Tem pessoas que têm o dom. -o empurrei sem parar de abraçá-lo até chegar na cama. Ele sentou e eu fiquei em seu colo como uma criança.

- Eu vou tirar todas as chaves das portas dessa casa.

- Você não tá ligando pro que eu tô falando.

- Você não sabe...o que fez comigo agora.

- Eu sinto muito. Você nem deve gostar mais de mim agora.

- Pior que gosto.

- Obrigada. -me aconcheguei encolhendo - me um pouco mais.

  Ele não falou mais nada e por um tempo ficamos lá. Tanto tempo que acabei dormindo.

~POV Lucas~

  Eu podia muito bem jogá-la pela janela mas o sentimento que tenho por ela é mais forte e nem com raiva consegui ficar.
  Seu celular tocou, ajeitei-a na cama e fui ver. Droga de Cody. Não atendi. Desci e fui comer.
  Era a ideia mas acabei indo usar cinco drogas diferentes e beber. Depois de 15 goles de uma vez...

~POV Narradora~

  ...perdeu o controle e não conseguiu mais parar. Havia prometido à si mesmo que não passaria disso por causa de (SeuNome), e outra: ela não dormiria por tanto tempo por já ter feito isso por muitas horas.

  Eu disse. Não dormiu meia hora e ao perceber que Lucas não estava ao seu lado foi procurá-lo, encontrou na sala.

~Seu POV~

  Desci e ele estava com uma garrafa na mão que nem procurei saber do que era. Ele não estava em si, óbvio que não mas ao vê-lo quase usar heroína e perceber que ele poderia morrer ali mesmo tirei da sua mão.

  Prefiro não citar as coisas que ele disse, e pra mim não usar também o que me deu controle foi saber que até agora ele cuidou de mim e eu deveria fazer o mesmo neste momento. AH, É! HOJE É ANIVERSÁRIO DELE!!! Agora mais ainda não o deveria deixar assim. O ajudei a ir até o quarto, ele deitou e dormiu um pouco.

- Que horas são? -perguntou quando acordou.

- 18:15. -respondi.

- Wow. Eu acho que...Vou tomar banho e...

- Tá. Vai lá.

  Ele entrou no banheiro e saiu depois de incríveis 2 minutos. Sem falar nada fui tomar banho depois dele.
  Sai e estávamos os dois sentados na cama.

- Você tá bem? -perguntei.

- Tô.

- Dor de cabeça, mal do estômago, nada?

- Nada.

- Sério?

- Sim e você.

- Tô ótima. Bem.

- Ah...tá.

- Quer fazer...alguma coisa?

- Como assim?

- Não sei. Vamos...Sair?

- Eu prefiro mesmo esquecer que hoje é meu aniversário.

- Eu não!

- Vamos sair, comprar camisinha, encher todas elas de água, ir até as letras e jogar lá de cima.

  Com "as letras" ele quis dizer as de Hollywood.

- Wow. -dei risada.

- Ou você podia ficar ouvindo eletrônica comigo a noite toda, pra mim tá ótimo.

- Quer saber? A segunda é mais simples mas a primeira é mais legal. Vamos sair por aí e ver...o que a gente faz.

- Certeza?

- Mais que absoluta. -disse baixinho chegando perto dele. Ele sorriu e foi isso.

  Eu estava com uma calça preta colada, vans preto, uma blusa branca soltinha e uma jaqueta preta por cima com o cabelo solto.
  Incrível que eu nem tinha reparado mas ele estava igual, só que a calça era apertada apenas mais em baixo que ficava caída, o vans era de camurça, cinza com os detalhes do lado em vermelho, uma camiseta preta longa e touca preta.

  Saímos a pé e ficamos vagando por LA, onde as luzes são de um brilho um tanto desnecessário pelo fato de que se ficarmos olhando muito tempo perdemos a visão; onde em cada canto de rua existem casais se beijando; onde dos hotéis não param de entrar e sair carros de luxo; onde Ferraris param nos faróis e saem arrancando quando ele abre; onde a polícia é desnecessária... Los Angeles é indescritível por detalhes, mas o melhor: à esta hora os papparazis (se estiverem ali) não vêm pra cima.
  O vento batia fraquinho e sereno, por causa dele meu cabelo tinha um movimento mais forte que o normal.

- Pra onde vamos? -perguntei.

 Ele parou.

- Não sei, tô te seguindo. -ele disse e comecei a rir.

- Desculpa, eu tava te seguindo, meu amor. -estalei o dedo e coloquei a mão na cintura.

- Queridinha, eu sei que mando mas hoje por pena deixei você, não tá lembrada? -forçou a voz- Não vou fazer nenhum movimento estranho igual ao seu.

- Por que?! -Eu ri.

- Sinto que com você estou sendo observado.

- Verdade, eu já saquei mas não esquenta e é mesmo, não faça gestos estranhos.

- Obrigado, não precisa me lembrar a todo momento, não tenho tendências.

- Será? - brinquei.

- Como é que é? -ele ficou sério também brincando.

  Dei risada e "corri". Ele veio atrás de mim e me puxou de uma forma que não machucasse e de brincadeira. Pela cintura e eu o abracei.

- Você é homem. -ri de leve.

- Não precisa lembrar, tenho tendências.

- Se acha muito macho ao auge dos dezesseis.

- Dezessete, por favor. - sorriu esfregando na cara de propósito.

- Desculpa, gay de dezesseis!

- Se eu fosse você corria de verdade.

  Bati o pé duas vezes no chão e quando vi que ele vinha vindo sai correndo.

  Corri até virar uma esquina, parei ao ver...ele trombou comigo, me abraçou por trás e disse "peguei" com voz de bobo olhando a mesma cena que eu.

- Isso é tão lindo. -Eu disse.

- Realmente.

Em mais uma das ruas de Los Angeles estava sendo gravado mais um dos filmes da Paramount, era um casal hetero numa cena de quase Beijo.    Fiquei sorrindo enquanto podia, enquanto não nos vissem e nos mandassem ir embora.
  Mas ficamos apenas 5 minutos. 

- Vem cá. -ele me disse e me puxou pela mão. 

  Andamos até uma ponte. 

- O que? -encostei e ele virou de frente pra mim.

- Eu...

  Ele parou. Vai falar que não pensei que ia me beijar? Lógico.

- E...Como vai ser daqui pra frente? Amanhã vai pra escola?

- Acho que vou.

- Você deve, vão estranhar. E eu ainda falei com...ele.

- Tá. Mas chega comigo?

- Melhor não. 

- Lucas... - O puxei pela camiseta.

- É sério. 

- Tá com medo de meterem o pau em você? 

- Em você. - ele disse e eu calei a boca.

- Mas... -ele me interrompeu:

- Tô errado?

- Eu...Vou chegar, ele vai me beijar e normal, como se nada tivesse acontecido. 

- Beija, faz o que ele quiser. 

- Que?

- Por favor, faz o que eu tô mandando. - ele segurou minha cabeça entre as mãos. Eu confiei.

- Por que?

- Porque sim.

- Vai me sequestrar? Quais seus planos?

- Poderia, mas não. -ele sorriu- E são bons.

- Se for pra me sequestrar e cuidar bem de mim desse jeito. -morri de vergonha ao dizer isso.

  Ele me abraçou e pude sentir que ele sorriu. Eu disse "I love you." "Me too. Another way. Love you more." Absorvi aquilo e não queria naquela noite mais parar o abraço. Encontrei, um outro alguém, um amigo, um novo vício.

  Ele me largou e me deu um beijo na bochecha segurando minha cabeça. 

- Vamos pra casa. -ele disse.

- Tá. - concordei. Lucas então passou o braço em volta do meu pescoço, passei o meu pelas suas costas e segurei na cintura.

  Voltamos, tomamos chá e comemos algo bem leve no sofá. Dei um gole e disse:

- Me conta um segredo seu.

- Um dia eu fiquei tão bêbado e noiado que fiquei pelado e quis comer um amigo meu.

  Dei risada.

- Agora você. 

  Me senti à vontade pra falar:

- Já transei com meu irmão. - ri.

- COMO ASSIM?! -ele quase engasgou, virou pra mim. Virei para ele e fiquei de perna de índio- Pera,qual deles?

- Math.

- O encrenqueiro.

- Como quiser. -ri. Gostei dessa.

- Já tô com sono, mano.

- Eu também. 

  Guardamos as coisas e fomos dormir. Ele estava deitado já. 

- Não acredito que você tem uma tatuagem de verdade.

- Minha mãe deixou!

- E seu pai?

- Também, mas não importa.

- Não quer falar deles?

- Não. 

- Desculpa, mas amanhã vou volta pra casa. Eles devem estar preocupados.

- Duvido.

- Vem aqui logo.

- Tá, mas vai me odiar por causa da tatuagem? 

- Eu jamais te odiaria, por nada. - ele disse, eu estava deitando, ele passou o braço pelo meu pescoço mais uma vez, me deu um beijo na cabeça e eu deitei em seu peito- Ah, é, cobertores diferentes.

- Você se incomoda se dormimos com o mesmo? -perguntei e não perguntei pedindo.

- Não, eu acho que você se incomoda.

- Eu não. 

- Então tá. - ele me cobriu com o mesmo que o dele então ficamos mais perto e desta vez ele estava sem camisa.

  Lucas ficou fazendo cafuné no meu cabelo até que eu dormisse.

  No outro dia nós acordamos, tomamos café e pulando uma grande parte, tá, chegamos na escola.

- Vai. -ele disse.

- Sozinha?

- Eu vou estar te olhando.

- Não quero que ele encoste em mim.

- Relaxa.

- Tá. 

  Andei pelo corredor até chegar à todos.

- Aonde você tava?! -perguntou Ruby.

- Não sei responder. -nem eu mesma entendi essa resposta. 

- Você tá doida?! Não atende ligação. -disse Alli.

- Se tivesse chegado alguma.

- Você tá muito zen, que foi? -disse Jake.

- O sono.

- Tá falando baixinho e calma. -disse Joel.

- Eu tô calma. 

- Com quem você tava? O que tava fazendo? -perguntou Cody numa boa mas eu via em seus olhos que ele tava bravo.

- Isso não te interessa.

  "Ixi" "Wow" "Iiiih" foi isso que ouvi.

  Nos afastamos. 

- Com ninguém, sozinha comigo mesma.

  Menti tão bem que mereço aplausos.

- Tá, vou acreditar.

- ...

- Agradece.

- Não. 

- QUE QUE FOI?! QUAL SEU PROBLEMA? 

- Você sabe que é você. 

- VOCÊ SOME DO NADA E NÃO AVISA. 

- A culpa é sua.


- Aprendeu a falar baixo quando grito com você? -ele sorriu orgulhoso, colocando uma mão no armário, chegando mais perto de mim.

- Aprendi, talvez.

  Ele me deu um beijo e eu retribuí. 

- Eu disse que não sou mais sua namorada.

- Eu disse que só acaba quando eu quero.

- Então queira. 

- Não. 

- Eu vou te chifrar tanto que...

- Tá. 

- De boa?

- Eu também vou então. 

- Como se você já não fizesse isso. - lembrei de dizer assim que Lucas passou, Cody percebeu que olhei pra ele.

- Eu vou quebrar a cara... -ele ia saindo, o puxei pela camiseta. Se fosse Math já ia embora trocar por causa da blusa amassada e ainda sairia revoltado.

- Não vai nada. Foi bom ele ter me falado.

- Termina agora. -ele saiu  e foi até o "povo", fui também. 

- Então...? -Josh cara de pau sempre.

- Não tenho mais namorada. - disse Cody. 

- De boa? Não vai chorar dessa vez? -perguntou Math o zoando mas sabia que estava falando a verdade.

- Cuida da sua vida.

- Wow, calma.

- Pigmeus me tiram a paciência. 

- PIGMEUS! -Sophie quase pariu um carneiro de tanto rir.

- Que engraçado. Acho que não ouvi direito porque a girafa tá muito longe. -zoei Cody também.

- Sou mais bonito que uma girafa.

- Só uma dica: para de andar com Math. -disse.

- Tá, tá bom. -ele perdeu a paciência. 

- Me contem quando ele chorou. -dei risada.

- Sempre quando vocês brigaram. - disse Joel.

- Quem vai chorar vai ser você. - ele disse mas percebi que não era no sentido de violência dessa vez.

- Faz o que você quiser. -respondi.

- Lógico, sem você no meu pé agora nada impede.

- Que bom.

- Claro.

- Demais. 

- Com certeza. 

- Maravilha.

- Perfeito.

- Eu não ligo.

- Como se eu ligasse. 

- Pois é.

  Sai andando mexendo no celular. Topei com Lucas, ele fazia o mesmo,o meu caiu em pé e o dele deitado. De quem a tela rachou? Legal, a minha.

- Eu te odeio!

  Ele riu.

- BEM FEITO. -Cody gritou.

  Virei. 

- VOCÊ TEM 5 ANOS?! VAI CUIDAR DA SUA VIDA.

- OOOOOORRRRRRRA! - disseram todos que ouviram.

  Voltei - me para Lucas.

- Toma. Vamos arrumar depois da aula.

- Relaxa. - tirei o chip e joguei o resto na primeira lixeira que vi.

- Burguesa. - ele deu risada e DE NOVO passou o braço em volta do meu pescoço rindo e me deu um beijo na cabeça. Também ri.

~Povo~

- Perai, só eu não duvido que ela tava com ele todo esse tempo que sumiu? - disse Ruby.

- Não. -responderam Alli, Ruby e Joel.

  Cambo, Jake, Josh, Cody e Math apenas observaram a cena.

- Só sei que ela não vai mais ficar. -estes mesmos disseram. Exceto Cody.

- Ficam bonitinhos. -disse Soph.

  Todos viraram pra ela.

- Ai, desculpa.

- É verdade. -disse Alli.

- Cala a boca.  -Cody virou na moralzona e disse a ela.

- Ela não chega nem no joelho dele. - disse Josh. 

- Na cama é o mesmo tamanho. -disse Math.

- Desnecessário. -disse Ruby. 

- Total. - disse Alli e ele olhou pra ela por um longo momento.

- Que foi?! -ela disse num grito de sussurro.

  Jake percebeu e deu um soco no braço dele, não se aguentou. Math foi revidar. 

- Ow, ow! - disse Josh separando.

- Se tem duas que gostam de causar, são (SeuNome) e Alli. -disse Ruby. 

- A (SeuNome) gosta mais. -disse Cody.

- Porque (SeuSobrenome) é o brilho. -disse Math. 

- Desnecessário 2. -Ruby disse novamente. 

- Gostosa. -Math virou pra ela e disse.

- 3. -respondeu. 

- Já peguei a loira. -referindo - se ao Cody.

- Desnecessário 4.

- Agora eu tô solteiro, vamos fazer do nosso lance um romance. -Cody disse e eles se abraçaram. 

- Aliás, falando sério agora, ela concordou em terminar?

- Não. -Cody mentiu e Math deu um soco na cara do amigo. Na hora a diretora passou e o chamou com o dedo.

- Ah, não... -ele disse e a seguiu. 

  Cody foi com Josh no banheiro lavar o sangue. 

- E eu tava zoando. 

- Inútil. Bem feito. -disse Josh.

- O idiota do Lucas contou pra (SeuNome) que eu traía ela.

- Conta isso pro Math que ele te arranca o saco. E mais uma vez você é um inútil. 

- Eu? Quando você sai pra ficar bêbado com Math você não sabia se traia Ruby, né?


- Com certeza não.

- Magina, bêbado, como é que vai saber?

- Se fecha. 

~Seu POV~

  Entramos na sala. No meio da primeira aula, que era de sociologia a diretora e Math entraram.

- Licença. - ela disse e abriu a porta para ele entrar. Após a entrada ela saiu e fechou. Meu irmão dirigiu - se até a carteira atrás de mim com um papel nas mãos. 

- Tomei outra advertência. -ele sussurrou.

- Por que? 

- Dei um soco de leve na cara da loira.

  Virei pra lo...pro Cody e não devia ter sido nada de leve.

- Motivo?

- Ele terminou com você. 

- Eu quis terminar primeiro.

- Ele mentiu, problema dele.

- Entendi. Presta atenção. 

- No que?

- Na aula, idiota.

- Que página? -ouvi ele batendo livros na mesa.

- 62.

- Que é individualismo?

- Ela tá explicando.

- Ai, calma.

   Na hora do intervalo não vi problema em ficar conversando com o Lucas.

- Me sinto nua. 

- Por que?

- Sem meu celular. 

- Entendi. Vamos arrumar, eu prometo.

- Me deixa ficar na sua casa hoje também. 

- Tá bom. Pode ficar quanto quiser, o problema são seus pais.

- Vou esperar eles chamarem a polícia, o batalhão da polícia militar, a polícia da cidade, a polícia do estado, a polícia dos Estados Unidos, o FBI, tudo.

- Essa gosta de ousadia.

- Sempre.

- ...

- ...

  Percebi que...ele olhou pra baixo.

- Que foi?

- Quando você...namorava com Mike...Como era? -ele olhou pra mim.

- Normal.

- Não me responde isso.

- Era...não lembro tudo, a gente saía por aí, ele me levava em festas, lugares que eu nunca havia ido, eu sabia que era encrenca mais...eu gosto de ousadia. -ri- Ficava a maioria do tempo na sua casa porque meus pais não apoiavam, Cody e os outros queriam esganar ele, uma parte da influência de...você sabe foi dele e...a gente transava o tempo todo.

- A última parte foi desnecessária. 

- Você que perguntou.

- Tá.

- Mas...por que a pergunta? 

- Nada. Por que ficou com ele?

- Queria um homem na minha vida, não um menino. Besteira, né?

- Sim.


- Que foi? Tá seco.

- Sei lá, lembrei dele.

- Ele tá bem.

- Não é isso. 

- É o que?

- Se ele descobrir que eu tô falando com você...

- Eu vou ficar do seu lado. Eu prometo. Olha pra mim. -disse ao ver que ele havia mais uma vez abaixado a cabeça. 

- Eu também. 

- Eu sei que você já está. 

- Não vou te abraçar aqui.

- Ok, melhor assim.

- É. 

- O Cody tá me encarando daqui, isso tá me deixando incomodado. 

- Esquece ele.

  O sinal tocou, ele logo se levantou e eu o segui só que mais devagar. Subindo as escadas Cody segurou meu braço. 

- Você tá com ele? -perguntou.

- Tira a pata imunda de mim. -respondi em alto e bom som. Na mesma hora Lucas virou.

- Tira a mão dela. -Lucas disse e ele ignorou, me puxando.

  Então Bentler com toda razão -tudo bem que fiquei com dó- acertou Simpson com um soco que nem consigo descrever. Só posso dizer do barulho que fez, Cody quase desequilibrou mas quando paramos num andar ele foi pra cima.

- Cody para!! -Eu disse. Ele me ouviu e virou-se para mim- Se eu tô com ele o problema é meu, você não tem nada com isso.

  Me deu uma encarada que eu sair correndo e chorar. 

- Você tá fudida. - Se aproximou. 

- Como é que é?! -Math apareceu, o fez virar pelo ombro- CODY, O QUE VOCÊ DISSE PRA ELA? -fez uma pausa- Me responde se é homem. Fala de novo! 

  Lucas me puxou.

Não vai sair assim! -Cody puxou Lucas.

- Eu vou contar pra todo mundo se não soltar ele agora. -Eu disse. Ele me olhou e soltou "com todo prazer".

  Voltamos a subir.

- Quer ir pra enfermaria, boletim de ocorrência na direção..? -brinquei. 

- Ele é muito inútil. 

- Eu sei.

(...) Depois da aula comprei um Galaxy S4 e voltei para casa de Lucas. 
  Tomamos banho, dormimos e até lição de casa fizemos. 
  Eram 17 horas então descemos pra ver um filme cujo qual eu nem prestava atenção. Deitei no meio de suas pernas. 

- Eu tô com vontade de fazer xixi. - Fui levantar. Ele apertou as pernas em mim e começamos a rir.

- Lucas!

- Coisinha pequena!

- Achei ofensivo esse apelido.

~POV Lucas~

- Eu te amo! -beijei sua cabeça e a apertei tanto que deve ter parado de respirar, apertei com os braços desta vez.

  Sabe quando a pessoa é tão linda, tão tudo que você tem vontade de bater, morder ou o que quer que seja? Pois é, é ela.

  (SeuNome) levantou e eu não pude deixar de olhar como ela andava. Como a bunda dela rebolava quando fazia tal ato. Como ela tem a perna curtinha e me dá vontade de rir.
  Virei de bruços e coloquei a almofada na cara pra abafar a risada. Minutos depois alguém pulou nas minhas costas dando uma risada gostosa.

- Do que você tá rindo? - ela perguntou.

- De você.

- Por que?

- É bonitinha.

- Só isso?!

- Não. Também é um pouco fofa. Bem pouco.

- Sou um amor de pessoa.

- Ah, é. -deitei a cabeça de lado.

- Tô magoada.

- Cala a boca. -inverti algumas posições e fiz cócegas na "coisinha pequena".

- Eu esqueci de dizer: eu também te amo. -ela disse  quando eu parei.

  Devo ter ficado com cara de idiota e por isso ela me empurrou e eu caí no chão. 

- Tá bem? - ela mostrou a cara pra mim.

- Sim.

- Que bom. - ela voltou a se deitar.

- Eeeei! 

- Shhh! Fica quietinho, tô tentando ouvir.

- Tá nada.

- Tô sim.

- Ninguém te perguntou! -puxei-a. 

- Você tá muito grosso. -ela disse mas eu sabia que era brincadeira. 

~Seu POV~

  Ele me abraçou. 

- A gente vai ficar aqui no chão mesmo?

- Não. Que você quer fazer?

- Dormir.

- Ah, que saco.

- Desculpa se sou adolescente. 

- Desculpada. 

- Qualquer dia vou te acordar com gelo na cueca.

- Torce pra mim acordar de bom humor.

- Tem como alguém acordar assim?

  Ele me olhou e eu senti vergonha porque ele me deu a resposta num olhar e não com palavras.

- Idiota! -sai correndo lá pra cima.

  Ele correu também. Acabamos deitando. Não sabia se ele tinha dormido mas eu pensava, pensava em Cody.
  Eu que realmente sou a inútil da história por ainda gostar dele, sentir dó quando apanha...minha cabeça tá um nó e mais uma vez eu chorei.

- Eu tô ouvindo. -Lucas disse com a voz quase grossa e baixinha.

- Desculpa. 

- Vira aqui.

- Não, esquece.

  Ele passou por cima de mim -por um momento fui esmagada- e me olhou secando minhas lágrimas.

- Conte-me.

- Cody.

- Não é ciúmes ou...enfim. Mas por que não esquece? Ele só te fez mal. Hoje eu vi ele te agarrando.

- Porque...porque sei lá! 

- É?

- É. Uma vez eu...Ouvi que pode não ter isso de amor mas sim de vício ou costume.

- Viciados um no outro, pode ter certeza, o que você fazia quando tava com ele? O que ele queria fazer?

- A gente só...hã, você sabe.

- Entendi. Viu? Cadê o amor nisso? Não me fala que tem porque não tem amor nenhum em fazer isso toda hora.

- Você tá certo. Ele só queria isso! Só me batia, isso também não é amor. A gente tava junto porque tava acostumado um com o outro! Isso mesmo. 

- Finalmente ela entendeu.

  Acabei dormindo e não vi se ele também. 

  Algum tempo depois acordei e ele dormia bonitinho do meu lado, fiquei olhando até que espirrei e ele acordou. 

- Ai. 

- Você tá muito frescurento hoje.

- Tá bom. - ele virou pro outro lado.

- Volta aqui, para. - Eu disse e ele virou.

- Tô brincando. -ele sorriu e me deu um beijo na testa e ficou ali alguns segundos com a boca encostada, eu sentia sua respiração. Me movi um pouco e meus lábios encontraram os dele num ato de agradecimento, pode ser feia a palavra mas realmente era e também, mas que isso eu poderia dizer...que foi num ato de amor. 

- Eu não vou nem perguntar. -ele disse.

~POV Lucas~

  Finalmente ganhei o que esperei tempos e tempos sem precisar forçá - lá. Foi por merecimento, foi inesperado, tá aí a melhor resposta pro bom humor ao acordar.

- Eu gosto de você. -ela disse.

- Eu faço mais que isso.

- Obrigada.

- Mas...

- Por tudo mesmo, tudinho.

- Então se eu fizer tudo de novo, ganho outro?

- Não. Só para quando deixar de gostar de você. 

- E por que isso? Agora.

- Porque você me fez repensar, entender uma verdade sobre o Cody e...

- Sem tocar no nome dele.

- Com certeza. -Ela encostou a cabeça no meu peito e eu fiquei mexendo no seu cabelo.

  (SeuNome) se mexeu e como seus fios estavam enrolados nos meus dedos, puxei sem querer. 

- Tonta! -Eu disse.

- Você tá me tratando muito mal hoje, não tô gostando. -ela me olhou.

- Desculpa, desculpa. - ela me deu liberdade e eu a beijei.

- Não. -ela virou.

 Fiz ela virar.

- Para. 

- Feio!

- Tadinha. 

- Por que?

- Se acha bonita.

- LUCAS!

  CONTINUA?
Wednesday, 26 March 2014 @ postado Wednesday, March 26, 2014
1 Comments:
At 29 March 2014 at 17:03 , Anonymous Anonymous said...
CONTINUA SIM MAY, LUCAS SENDO FOFO É TÃO <33333333333333333 TO ESPERANDO POLO SEXO DELES EHDIUWEHO

-pqpalli