Capítulo 221 - DE VOLTA À QUASE ORIGEM
{...} Ele colou nossos corpos e me beijou. Como ele nunca perde tempo já foi passando a mão em mim. 
As palavras de Jaden batucavam na minha cabeça e eu o afastei devagar. 

- Que foi? 

- Nada. Eu tô cansada e...a gente tem pouco tempo, prefiro descansar. 

- Eu não acredito!

  Tirei a roupa e tomei banho, ele saiu do banheiro e bateu a porta. Tomei banho com o coração na mão, olhei pra baixo e tava normal. Sai e me vesti com roupas largas e deitei na cama enquanto Cody foi tomar banho. Comecei a pensar em todas coisas ruins possíveis. Os problemas da minha família, meus problemas e tudo mais. Austin, Jaden, Lucas e Mike. Drogas e até mesmo o fato de eu saber que ainda não como direito. Meu braço cortado, todas vezes que meu namorado me bateu...
Ele voltou ainda bravo. Deitou. Me abraçou. 

- O que...está acontecendo? -ele estava calmo.

- Tudo.

- Pode...me contar? 

- Não. 

- Eu sou seu namorado, vamos...tentar ser mais...assim. 

- Ok. Jaden me perguntou, na brincadeira o que eu e você fazíamos aqui sozinhos e tudo mais. Eu contei a parte boa, que você sabe qual é, aí ele zoou perguntando "usaram camisinha, você tá tomando a pílula certinho?" -ele interrompeu:

- E?

- Me deixa terminar, não, não estou tomando e você sabe que a gente faz e tá nem aí. E...eu tô atrasada desde que a gente voltou. 

  Ele tirou sua mão de mim, o braço estava apoiado na cintura e a mão na barriga.

- Não! -puxei de novo, na minha barriga de novo sua mão começou a tremer.

  Virei de frente para ele.

- Se for...

- Não! Não é, pensa positivo. 

- Vamos parar de agir como crianças? Não tem essa de pensar negativo ou positivo, não vai mudar em nada.

- Uma vez você teve e foi psicológica.

- Eu não sei, não deveria ter atrasado tanto assim.

- Eu... -ele colocou a mão no rosto- vou tomar um ar. -levantou e abriu a varanda. Saiu.

- Cody...

- Que? -ele nem virou.

- E agora?

- Vamos esperar.

- O que? 

- Se for, sua barriga vai crescer. 
- Que horror. -sussurrei e levantei a blusa, minha barriga estava normal.

  Cody estava nervoso, passou a mão no cabelo, voltou para a cama e tudo mais em um completo silêncio. A primeira vez que não houve gritos, nem carinhos, nada.

  Alguém bateu na porta, era Matt e entrou.

- Que foi? Que caras são essas? -ele perguntou.

  Cody bufou. 

- Não tô pra falar disso agora. -ele respondeu.

- É coisa séria, bom, talvez. -eu disse. 

- Se vocês não falarem, eu descubro. -disse Matt.

- A menstruação dela não vem faz tempo. -disse Cody.

  O celular de Matt quase caiu escorregando das mãos dele, mas ele pegou no ar. Ficou sério. Sem palavras. Nos olhou.

- Como? E ela tá...?

- Eu não sei! Mas tá tudo tão estranho! E esses dias quando Cody e eu brigávamos... -Cody me interrompeu:

- Sim, ela passava mal e corria pro banheiro.

  Matt ficou branco e passou a mão na cabeça. 

- Vocês não vão ficar mais no mesmo quarto. 

- A merda já tá feita, que adianta agora? -perguntou Cody. 

- Eu não acredito. -disse Matt, Leonardo e Keisha passaram no corredor bem na hora.

   Não preciso nem contar a repercussão que deu. O show foi cancelado, ninguém tava no clima.

Ouvimos os outros zoando nos outros quartos e eles fecharam a porta.

- Ligamos pros seus pais primeiro ou... -Matt olhou para nós dois- você quer fazer o teste? -me olhou.

- NÃO! Meus pais?! -Cody perguntou.

- Teste? Não, não, não. Parem! Deixa isso pra lá. -respondi.

 (...) No final acabei indo pro médico. Ele disse que não era gravidez, quando eu passava mal não era enjôo, era apenas mal estar por não comer, meu estômago estava recusando e a menstruação pelo mesmo motivo, só precisava voltar a comer direito. Me livrei de ser internada de novo, por mim eu nem estava nessa turnê, usava drogas sem ninguém precisar saber. Ai, que saco, quero minha casa (nunca pensei que diria isso). Preciso de festa, de zoera, de luz apagada, luzes de balada me cegando, preciso encher a cara, cheirar e fumar até não aguentar mais.

  Voltamos para o hotel. Cody continuou comigo no quarto. Ele gritou, esperneou, chorou comemorando minha "não gravidez".

- O que a gente pode fazer pra comemorar? -ele perguntou. Eu estava na cama e ele veio pra cima me beijando. 


  Coloquei a mão em seu peito e o empurrei.

- Não, Cody. 

- Para disso. -ele apertou minhas bochechas com uma mão. 

- Não. Poderia ter sido.

- Quer ir numa farmácia comprar?

- Não. Vai você. 

- Você que quer!

- Você que quer transar, eu não. -falei na cara dele.

Nem falou mais comigo, ai, como isso me irrita. 
 Na noite do dia seguinte, Austin cantava "Mmm Yeah" enquanto eu dançava obrigada com ele. Não foi porque era com ele que eu fiz de má vontade. Devo ter feito desse jeito quando Cody cantou "Surfboard". No palco eu me sentia mais à vontade ao lado de Becky. 

  Acredito que Justin está com raiva de Cody, agora só o olha com cara feia. 
  Agora, sem ser na brincadeira (porque tudo nessa turnê parece ser) Cody cantou "Sorry, Blame It On Me" do Akon, mas com violão e no ritmo dele dizendo que queria cantar isso pra alguém. Eu só de raiva, esse sentimento que tá explodindo em mim desde ontem disse o mesmo e vim com "Apologize". "It's too late to apologize, it's too laaate". E realmente era, não adianta mais pedir desculpas e nós combinamos isso. Ele sentiu a indireta. 

  Depois desse show fomos direito para o avião, Itália. ele sentou ao meu lado -eu não queria. Eu senti uma vontade incontrolável de me perder pra sair daqui, mas se eu usar alguma coisa assim, mas discretamente que seja, vão perceber. Ele estava inquieto e eu queria falar com ele nem que fosse pro tempo passar.

- O que você tem? -perguntei.

- Não sei. Você sabe que não dá pra gente continuar mais assim.

- Você sabe que o problema é você. 

- Mas não só eu.

- Claro que é.

- Viu? Não dá pra conversar contigo, só eu sou culpado.

- Desculpa mas não sou eu que...! -ele cobriu minha boca com a mão. 

- Menos.

- Tá bom. Você sabe. 

~POV Becky G~

  Justin estava ao meu lado com fones, eu ouvia daqui. Ele ouvia rap, um que não reconheci. Estava incomodada ao ouvir a discussão de Cody e (SeuApelido) à minha frente.

- E você quer que eu faça o que? -ele perguntou.

- Para de ser assim! Se interna!

- ...

- Nem fala! Não quero ouvir, estamos falando de você, não de mim.

~POV Math~

  Sinto falta da minha irmã. A única menina da casa agora é a Heather. Tem as empregadas e minha mãe mas sem (SeuNome) eu tô pirando. Tudo me faz pirar. Alli e eu ficamos de novo mas ela mentiu pra mim e pegou o Jake na minha frente, me sinto um lixo. Essa escola tá entendiante demais. Estou do lado de fora indo embora sozinho. Sozinho igual sempre nesses últimos tempos.

- Ei, Math. -Laura, a quinta mais gostosa do terceiro ano apareceu na minha frente e eu tomei um susto daqueles.

- Oi... -falei com aquela voz, nunca tínhamos nos falado antes.

- Fiquei sabendo o que a Alli fez com você. 

- Que bom. -desviei e fui andando.

- Você não...? -interrompi:

- Não! 

- Cedo demais?

  Virei.

- Sim.

- Eu era ginasta.

- Bom pra você. -entrei no carro e respirei fundo.

  Jake estava estacionando ao meu lado, ele saiu do carro e sorriu, respirei fundo mais uma vez.

- O que você quer? -sussurrei pra mim mesmo. Ele apareceu do lado, abri a janela- O que você quer? -olhei pra ele.

- Dizer que como a Alli disse, eu te acho um lixo.

- Eu não ligo para o que ela fala.

- Ah, é. Tá andando triste esses dias assim por que?

- Eu só tô sentindo falta da minha irmã! Por que você fica reparando no que eu faço também?!

- Porque é legal. -ele sorriu.

- Eu continuo odiando você, tira a pata daí antes que eu feche sua mão. 

- Vai em frente. -ele disse e se afastou com aquela cara de "ganhei, babaca". 

  No caminho pra casa eu quase bati o carro, estava distraído parando no farol, de cabeça cheia, o carro na minha frente tava parado e eu não vi mas continuei andando. Pisei no freio na hora que vi que ia bater.

  Sim, cheguei em casa vivo, entrei no meu quarto e me joguei. Eu não ando fazendo nada, nada que eu gostava. Nenhum tipo de luta, não toco bateria e nem academia. Quando a situação ficar crítica eu volto. Não sinto vontade nem de transar, de comer e  muito menos sair de casa. Dormi até o final da tarde. Quando acordei, tomei banho, coloquei uma bermuda e uma camiseta. Desci e fui pra rua, sentei na calçada e fiquei olhando aquela rua calma. Arranquei o mato que ficava do lado em algumas partes e fiquei cortando.

- Ei, o que tá fazendo aí? -era a voz de Cambo, olhei para cima, era ele mesmo.

- Nada. Só pensando. 

- Em que? -ele sentou ao meu lado- Ou deveria perguntar: em quem?

  Respirei fundo e respondi olhando para a casa dos Simpson:

- Alli.

- É, não deveria. 

- Talvez.

- Ela te faz de bobo e você ainda gosta dela? Você não tem chance, assuma isso e viva.

- Wow. -engoli seco- Obrigado.

- Olha, eu pelo menos tô falando a verdade. Eu gosto da sua irmã mas sei que também não tenho chance.

  Olhei bem pra cara dele.

- VOCÊ O QUE?

- Eu só tô brincando, queria te ajudar.

- Aham. Agora me força a fingir que não ouvi isso.

- Calma. Não conta pra ninguém, eu disse que tava brincando!

  Fiquei sério de novo, voltei a olhar para a planta na minha mão. 

- Ah, sei lá, esse sentimento não passa, já tentei gostar de outra ou até mesmo de nenhuma. Isso tá me matando e EU NÃO ACREDITO QUE TÔ FALANDO ISSO! -joguei o mato aos ventos. Vento de calor da Califórnia porque tá calor aqui!

- Um dia passa. 

- Passa, ah, passa. -fui irônico. 

- Relaxa.

- Hoje a Laura apareceu falando "ME COME" e eu disse que não. 

- QUE LAURA? A DO TERCEIRO ANO? 

- Essa.

- Vou fingir que você disse que não falou "não".

- Pois é. 

- E aí, o que vai fazer? 

- Deixa eu ver, peguei umas 6 pra tentar esquecer, bebi, fui em festa, zoei, NADA ADIANTOU! Me mato?

- Sua bicha! -ele me empurrou-  Tá doido?! Nunca mais fala isso.

- A pessoa tem que estar num estado podre da alma pra querer de matar.

- Isso foi muito inteligente pra você. 

- Eu sei.

- Se precisar, eu tô aqui, só não sei o que te falar agora.

- Quer uma partida de basquete? Preciso ganhar de alguém pra me animar.

- Como? Só se for agora e quem vai perder vai ser você. -Cambo levantou e me estendeu a mão, bati e ele me levantou.

Fomos para a quadra. Ganhei.

- Esfrego na sua cara ou não? -perguntei. 

- Eu deixei você ganhar. -ele estendeu a mão e eu bati. Entramos e fomos comer alguma coisa- E aí? Pensei que você gostasse de todo tipo de comida.

- Eu gosto, só tô sem fome.

- Não começa. Alli nem é tudo isso. 

- Me deixa. -me joguei no sofá- Pra mim ela é.

- Pelo menos ela sabe que você existe.

- O que? -eu ri.

- Esquece.

- O que? Sobre a Megan Fox nunca olhar pra você. 

- Ela também. -ele se jogou no outro sofá. 

- Só você. -dei risada.

~Seu POV~

  Cody deu um grito no avião e Matt deu uma bronca nele. Ele calou a boca.

- Eu não posso mais te suportar. -falei baixo.

- Ei. -Matt agora me chamou atenção. 

- Igualmente.

- Se eu falar pra gente...

- Cala a boca. -disse Cody.

- PARA DE ME MANDAR CALAR A BOCA.

- Concordo. -disse Justin.

- Ninguém falou com você. A namorada é minha e eu falo e trato ela como quero. -Cody retrucou.

- Não é bem assim não, mano. -disse Roc. 

(...) Essa turnê terminou, antes do previsto por minha causa de do Cody. Nós brigávamos e ficávamos tentando nos atingir pra mostrar pros outros. Ridículo? Sim. 
 Eu peguei uma amizade muito forte com Justin enquanto Cody e ele se afastaram. Ele não é essa pessoa ruim que o mundo todo fala, ele é controlado.

  Cheguei em casa, no dia do penúltimo show recebi uma mensagem de Math falando "Volta. Papai e mamãe só brigam, eu odeio minha vida e tudo tá dando errado. Te amo muito muito muito, mulher da minha vida." "Eu vou demorar um pouco pra chegar, o que contas pra mim?" -menti sobre o "vou demorar pra chegar", eu já estava chegando. "Eles mandaram reformar seu quarto enquanto estava fora" "COMO FICOU?" "Não sei, não deixaram ninguém entrar" "E você nem pra dar uma espiadinha?" "Nem." 
Parei de responder. Ele foi seco.

  Cheguei em casa, ele abriu a porta, eu pulei em cima dele, cheguei de surpresa. Ele me abraçou muito forte. Muito mesmo, ele estava de regata e aqueles braços que dão cinco dos meus me apertaram até eu ficar sem ar.

- Que saudadeeeeeee! -ele disse.

- Te amo, te amo, te amo, te amo. -falei mil vezes. Dei mil beijos em sua bochecha também. 

  Ele fez o mesmo. Ficamos longos minutos abraçados. 

- Quero ver meu quarto!

- Pera, mamãe também mudou seu guarda roupa. 

- O QUE?!

- Calma, ela teve ajuda das meninas.

- Ufa! Menos mal, vou ver se elas são minhas amigas de verdade.

- Posso ir? -ele me apertou novamente.

- Pode!

  Ele me levou até lá e abriu a porta me colocando no chão. Acendi a luz.


  Eu nem imagino a cara que fiz antes de gritar. O ar sumiu e as palavras...o que são palavras? Só conheço essas: eu não acredito. 

CONTINUA? DESCULPAS PELA DEMORA.
Tuesday, 10 June 2014 @ postado Tuesday, June 10, 2014
5 Comments:
At 11 June 2014 at 12:47 , Anonymous Anonymous said...
GRAÇAS A DEUS ELA NÃO TA GRÁVIDA, CODY E ELA TEM QUE TERMINAR LOGO, ROC DELICIA, CADÊ LUCAS ?, CONTINUA 

At 11 June 2014 at 17:46 , Anonymous Anonymous said...
Cambito vida <3 Continua logo 

At 11 June 2014 at 19:14 , Anonymous Anonymous said...
QUE TERMINAR OQUE SUA MORFETICA! FAZ ELE MELHORAR COM ELA LOGOOO CONTINUA, BJOKAS  

At 12 June 2014 at 14:00 , Anonymous Anonymous said...
eles não podem terminar . o cody tem que ir para uma clínica e depois de um tempo ele volta e reconquista ela . 

At 12 June 2014 at 14:21 , Anonymous Anonymous said...
tenho uma ideia bem melhor,
tipo assim: ele fala que não pode mais viver com ela, pq ele não faz bem pra ela e tals, e ele vai embora , tipo, some do mundo.
ai ela sofre com isso.
depois de um tempo ele aprece dando um show ou sei lá em alguma lugar, mas não em L.A
e ai você inventa o resto :)