Capítulo 203 - Unicorns Are Real ~ Sobrenatural
{...} Eu não sei em que mundo vivo, hora estou consciente hora não...Ainda não tirei da cabeça a ideia de que estou dentro de um sonho. Qual é a chance de existirem vampiros, uma pessoa tão cruel como Cody?
Por falar nisso ainda nem sei se sou sua namorada, mas tenho em mente, penso consciente de que não quero ser. Não há outra saída, eu quero fugir, eu não quero mais ser modelo ou qualquer coisa do tipo. É ruim. Não quero ser uma adolescente de apenas 16 anos que é viciada (não quero imaginar que tenha chegado à esse ponto) em drogas e que não vê problema em beber. É ruim. Não quero pensar que com essa idade já dormi com mais de cinco caras diferentes.
Não podemos ter tudo que queremos mas apenas queria que meus pais não fossem donos de uma empresa de carros de luxo e ganhassem tanto dinheiro -eu sei que é muito mas acredito que pra mim é inimaginável a fortuna que ganham-, queria um namorado que não fosse rico, poderia ser Cody no começo, pobre e carinhoso. QUERIA TANTA COISA!
Hoje é domingo. Vesti - me e deitei na cama com dores. Até que peguei no sono rápido. Eu sou tão inútil que no dia seguinte acordei com dores mais fortes pelo fato de ter dormido de mal jeito.
A primeira coisa que fiz foi lavar o rosto e passar maquiagem. Ficou bom, não dava pra ver nenhuma marca. Coloquei o uniforme com a calça dele e a blusa de frio, a sorte é que hoje faz 17 graus.
O que eu não consegui foi colocar um sorriso no rosto, desci e tomei café, Math parecia com raiva então nem falei nada.
(...) Na escola ao ver "o povo" principalmente com Cody ali no meio senti AQUELA vibe negativa. Preferi passar longe mas ele puxou meu braço, o qual eu olhei e depois lhe lancei um olhar de fúria.
- Quantos ainda sobram? -perguntou Sophie.
- Como assim? -perguntei.
- Ruby e Josh terminaram, Jake e Alli vão começar a brigar daqui dois segundos e... -Joel foi interrompido:
- Você não tem provas! -Alli disse e Jake retrucou:
- Você tava com cheiro de perfume de macho!
- E você de mulher! Você saiu do quarto da (SeuNome) sem roupa!
- Eu tava com roupa.
- Pera, pera, eu tenho provas. - Math disse e virou a tela do celular para Jake. Todos dissemos "quero ver" e as cenas eram fortes.
- Math, eu te odeio! -disse Alli.
- Você sabe a minha resposta. -ele disse.
- Eu não ligo, nunca liguei e não vou ligar. Se você morresse eu só ia perceber se me contassem! -ela disse. Achei incrível como os Simpsons conseguem demonstrar a raiva no olhar.
Meu irmão ficou queito e se afastou dela guardando o celular, guardando o coração. Avisei Cody e fui atrás dele.
- Que você quer?
- Math, desencana e desencanta. Ela só quer te magoar.
- Mas custa?! Eu nunca gostei de alguém e quando gosto ela ignora. -ele bateu no armário- Mas ela vai ver, eu vou amarrar e abusar dela até ela chorar e implorar pra parar! Já imaginou que legal? Ela chorando e eu metendo até machucar?!
- Matthew! Cala a boca agora.
Eu não sei o que me deu, mas disse de uma maneira que o fez ficar sério e procurar nos meus olhos o porquê da minha seriedade.
- Math. -ele disse.
- Eu não tô brincando. Se algum dia ousar encostas numa garota pra machucá - lá...Você pode esquecer que eu nasci.
- Desculpa. -ele cuspiu a palavra com ódio.
~POV Math~
Eu nunca vou esquecer como foi dito aquele "Matthew, shut up now". Mas realmente Alli me provocou agora. Nunca se deve deixar um moleque que é galinha de coração partido -coisa de gay-. Só agora vi o quanto dói, o quanto arde, o quanto machuca, o quanto queima.
Olhar pro Cody me dava medo, o sinal tocou e eu não consegui entrar na sala sabendo que ele estaria lá. Escorreguei até sentar no chão com as costas arranhando os armários, cai em prantos.
Cheguei atrasado. As coisas andam à mil. Eu tenho raiva do meu irmão, aqueles ferimentos pareciam que não iam cicatrizar nunca. Estou numa agonia tão grande, vão fazer duas semanas que ele partiu na McLaren P1 sem falar nada. Não ligou, o jornal não deu notícias, nada...
Tudo perturbava a cabeça. E pra quê o quero de volta? Pra apanhar de novo? Sentei no chão encostando as costas nos armários, olhei pra cima pois as lágrimas queriam descer. Mas não adiantou. De tudo que acumulou, de toda raiva e tristeza comecei a chorar.
~POV Narradora~
É provável que em partes estejam chorando pelo mesmo motivo. Separados pela parede e os armários nela encostados desfrutam de uma das piores coisas que este mundo oferece: a solidão, a tortura e o coração partido. Sentem - se inúteis por amarem pessoas que nos atos os odeiam. O que falta descobrirem é que eles mesmo podem ajudar um ao outro.
~POV Lucas~
Levantei e fui tomar água no outro corredor. Já com lágrimas enxugadas e mordendo o lábio com a cabeça erguida. Sim, tipo tudo uma mentira. Algo superficial. Abaixei - me para beber quando vi que havia alguém chorando como eu segundos atrás. Fechei a boca e tirei o dedo do botão que fazia a água gelada sair.
Fui até a garota e parei à sua frente, na hora que ela levantou o rosto para enxugar as lágrimas com a mão direita perto do olho direito vi que era (SeuNome).
- Não, não, por favor. Não me machuca agora, eu imploro, eu faço o que você quiser depois mas... -ela começou a dizer é dessa vez quis chorar por ver o tamanho do desespero daquela...menininha.
- Calma, eu não vou te machucar, eu prometo. -estendi a mão.
- Eu cansei de acreditar em você.
Sentei ao seu lado e ela se encolheu mais.
- O que tá acontecendo?
Sei que perguntar isso ao invés de "o que houve?" ou "que foi?" é algo que passa muito mais confiança.
- Nada.
- Nada não.
- Só o seu irmão sabe.
- Eu nem sei onde ele tá agora. O seu choro me é familiar. Eu choro assim quando...
- O que?
- Nada. -respondi.
- Conta.
- Só o meu irmão sabe.
Vi que ela ficou confusa. Puxei a manga da camiseta que apertava com a mão, mostrei a palma e o braço.
- Meu irmão me bate sem motivo nenhum e a dor é tão agonizante que eu começo a chorar, e o pior é que a única pessoa que amo e tenho no mundo é ele. Me dói saber que ele não...Não sente o mesmo.
- Tem Deus. -ela disse ainda tentando parecer forte.
- Eu sei que Ele está comigo mas...eu não tô com Ele. -fiz uma longa pausa- Nem você...
Ela começou a chorar mais ainda. Eu ainda não entendia o motivo de seu choro.
- A gente pode conversar? -ela perguntou entre soluços.
- Claro.
- Agora...
- Fala.
- Não aqui...
A minha ideia foi ir pra casa. Perguntei se na dela tinha alguém e ela disse que sim. Então fomos pra minha. Estava me agonizando o jeito que ela chorava. Que motivos essa menina tem para em algum momento da vida estar infeliz? Peguei um copo de água e fomos para meu quarto, ela sentou na cama.
- Por favor, você pode pode contar isso nem pra você mesmo.
- Eu prometo. -ajoelhei - me tomando o copo de suas mãos e olhando em seus olhos.
- Você falou do Mike...
- Por favor, não toca no nome dele...
- O Cody s-sempre...
- Sempre..?
Eu tinha toda paciência do mundo. E com ela principalmente.
- Ele...
- Escuta, eu tô aqui pra te ajudar. A gente fez uma fuga da escola até aqui. -tentei rir e vi que ela foi se acalmando-, eu não vou gritar com você, te machucar... -ela me interrompeu:
- Porque esse é papel dele.
- O que? De quem?
- Cody. Ele... -ela voltou a chorar- me bate sem motivo nenhum também.
Levantei de boca aberta e a fitei tentando imaginar a cena. Não sei quanto tempo fiquei ali parado. Sem palavras.
- Eu não acredito. -foi o que consegui dizer.
Ela levantou e me abraçou, nem fazer o mesmo no primeiro momento. Olhei pra baixo e vi o alto de sua cabeça, senti que abraçou - me tão forte porque suas pernas estavam bambas. Retribui o abraço.
- Quer lavar o rosto? -a soltei e ela olhou pra mim, assim como eu olhei pra ela- Eu vou ficar com você e se precisar eu faço ele nem pensar em você.
- Eu vou parar de chorar.
- Eu não me importo em te ver sem maquiagem.
- Você vai.
- Eu prometo, você vai melhorar.
- Já ouviu a frase "não faça promessas que você não possa cumprir"?
- Já, mas...e que que tem? Não vou retirar o que disse. -a levei para o banheiro e segurei seu cabelo enquanto ela lavava, mas com todo respeito que agora tenho por ela, fiquei ao seu lado e não atrás.
- É por isso. -ao enxugar o rosto ela virou e eu soltei seus cabelos com um movimento involuntário da minha mão boa.
- ...
Ela me olhou, fechou os olhos por contados 2 segundos enquanto mordeu o lábio e eu só conseguia ver marcas e uma expressão triste.
- É só no rosto?
- Não. -ela respondeu tão baixinho...
- Ele é um monstro. É legar que você pode mostrar?
- Sim, mas sabe, eu não tenho do que reclamar, eu choro porque dói, ele é fofo as vezes e pelo menos Josh não é o meu namorado.
- Cala a boca. Isso não tem...NÃO TEM LADO BOM! SE FOSSE O JOSH NEM AQUI VOCÊ NEM AQUI ESTARIA PRA CONTAR HISTÓRIA!
- Você...prometeu que não ia gritar. -vi que ela queria chorar outra vez.
- Desculpa, desculpa. -a puxei para um abraço.
Ela me soltou devagar e tirou a blusa. Sem problema nenhum, eu não sentia nada e não sou gay, aquilo não tinha "graça" alguma. Observei inconformado, olhei os braços,a barriga...
- Foi ele também nos seus peitos e...pescoço?
- Foi Jake. -ela já dizia novamente com voz de choro.
- Gente...o que eles fazem com você?
Comecei a imaginar cenas horríveis imaginando o que faziam com ela, até porque ela é "diferente" de todos.
- Eu nem sei como ele fez isso comigo, eu nem lembro, mas arde tanto. Só que...Cody, eu lembro de cada vez. Lucas, ele me bate como se eu fosse um nada, como se...eu não fosse alguma coisa viva.
- Eu não posso mais ver isso. -a puxei pela cabeça e mais um abraço- Mas pra mim você é um tudo.
Não sei se disse muito baixo ou ela fingiu que não ouviu. Eu sempre gostei dela mas por decepções amorosas antes dela descontei toda raiva nela. Foi errado e nem eu mesmo quero me perdoar, será que ela esqueceu? Não sei se importa mas quero...fazer tudo diferente.
A fiz colocar a blusa novamente por mais que doa e a deixei em minha cama.
~Seu POV~
Ele me arrumou em sua cama com todo carinho possível. Deitou - se ao meu lado, me embrulhou em cobertas e disse que colocou o ar condicionado em 10 graus. O quarto não era tão grande então ficou bem frio.
- Eu me sinto inútil por não saber o que fazer nem dizer. Se você deixasse que alguém soubesse eu acabaria com ele de um jeito pior do que já fez comigo.
- E eu cansada terminei com ele, então ontem ele me bateu...me bateu muito. -as lágrimas começavam a descer de novo.
Senti calafrios.
- Não tá com frio? -perguntei à ele.
- Você nunca vai ver eu,ele e seus amigos sentir frio, muito mesmo seu irmão. -ele riu. Passava os dedos da forma mais confortante que alguém já fez em meu cabelo. Comecei a ficar com sono.
~POV Lucas~
Era engraçado, eu sabia que ela queria dormir porque ficava abrindo e fechando os olhos lentamente várias vezes.
- Pode dormir. -dei risada e ela me fitou- Eu ainda vou estar aqui e acordado quando você acordar.
- Já ouvi isso...
- Eu prometo.
~Seu POV~
Eu já confiava nele por algum motivo. Um estranho motivo, fechei os olhos por mais tempo agora mesmo sabendo que ele não continuaria ali.
~POV Lucas~
Esperei 30 minutos e levantei.
Já perdia o controle, queria chorar e pensava "não com ela aqui". Mas não deu.
Peguei uma boa quantidade de -odeio esse nome- cocaína, coloquei na boca e engoli com whisky -aquilo que desce ardendo como fogo- também...bom, qual a graça se não colocar dentro do nariz e dar aquele pequeno tremor no corpo?
Lavei o rosto, voltei a apoiar as mãos e vi no reflexo do espelho a coisa horrível e nojenta que sou. Um Bentler.
Voltei a me deitar ao seu lado, as drogas me fizeram ficar acordado, ela dormiu durante 5 horas.
- Oi... -disse.
~Seu POV~
Era incrível, ele continuava lá, nunca fiquei tão feliz na vida. Eu acho. Aquilo foi temporário.
- Lucas... -continuei.
- O que?
- Você não ficou aí.
- Prova.
- Se eu pudesse fazer qualquer teste de sangue, essas coisas assim... Eu não sei se eu tô viciada, acabei de acor...
- Eu usei. -ele confessou.
~POV Lucas~
A reação dela foi a mais horrível, a sensação de agonia que ela sentia me assustou, me fez sentir mais inútil ainda. Virou-se para o outro lado e sentou abraçando os joelhos. Logo depois cobriu as orelhas, fechou os olhos e ficou balançando a cabeça.
- Desculpa. -fiquei ao seu lado.
- Não quero te ver.
Entendi aquilo como "sai do meu lado, mas quero que continue assim".
- Entenda que estou assim com você numa forma de amizade. -abri as pernas e sentei atrás dela.
- Desculpa. -ela apoiou a cabeça no meu peito.
- Shhh... -passei a mão em seu cabelo.
Depois de longos minutos fazendo isso ela virou-se e me abraçou com o rosto em meu pescoço.
- Eu quero...morrer. -e começou a chorar de novo.
Cruzei os braços nas suas costas a abraçando. Apertei sua cintura.
- Jamais. diga isso. de novo. -falei tão sério que me lembrava Mike quando ameaçava alguém que sequestrava.
- Você pode fazer isso, ninguém vai saber.
- Eu amo você e não faria isso nem por...
Não terminei mas responderia: dez sessões de torturas de Mike Bentler.
~Seu POV~
Finalmente ele demonstrou isso da forma certa.
- EU ESTOU COM DORES EM TODO MEU CORPO! -disse chorando obviamente de dor.
- Vai passar.
- Como se fosse. Você sabe disso.
- Não que seja pra aumentar sua dor mas meu irmão me queimava com cigarro desde os 7 anos. E eu não sei porque...ele é uma das pessoas que mais amo.
- Cody também me bate e eu também amo ele...
Doeu ouvir isso, apertei os olhos com força mas antes que ela visse tentei ficar normal.
- Batia.
- A qualquer momento, se ele me ver e principalmente souber que fiquei aqui com você...Pode ter certeza.
- Não vai. -a abracei mais forte.
Ela estava inquieta. Muito, muito inquieta. Resolvi perguntar com o coração acelerado:
- O que você quer?
- Ele.
- Não... -sussurrei.
~Seu POV~
- Sim, eu quero ir pra casa.
Eu queria ir mesmo sabendo que lá talvez ele me encontraria.
- Pra que?
Era pra aliviar toda aquela dor. Era pra usar drogas.
- Entendi. -ele disse como se tivesse lido meu pensamento- Vem, vamos comer.
- Não quero!
- Por que?
- Porque não.
- Mas você tá aqui...
- E daí? Comer não.
- Mas (SeuApelido), a gente...
Não me incomodei por ele chamar-me assim.
- Eu não quero, não quero. -belisquei suas costas.
- Ai, tá.
Depois de um tempo.
- Posso te perguntar uma coisa? -ele disse com o queixo apoiado no alto de minha cabeça.
Fiquei em silêncio, silêncio que indicava "sim".
- Você tem algum problema de bulimia ou...anorexia?
- NÃO! -gritei e me afastei. Eu não sei porque do nada estou agindo dessa forma- Anorexia. -Abaixei a cabeça falando baixo. Lembrando da Kylie.
~POV Lucas~
Ela gritou, não me incomodei, -falar drogado é feio- porque sei que quando um dependente químico fica sem usar por algumas horas fica desse jeito. Mas eu não vou deixar ela usar nada. Mas é a última reação?
- Vem. -levantei da cama e virei.
- Que?
- Conhece cavalinho?
- Conheço, não sou tão desenformada assim.
- Tão burguesa assim. -não resisti e dei risada.
- Se pegar na minha bunda vai ver.
- Não tô com essas intenções.
- Abaixa um pouco.
Não controlei a GARGALHADA.
- Mas você tá na cama e eu no chão.
- Sua cama que é muito baixa.
Realmente não era.
- Acho que baixa é você, hein.
- Cala a boca.
Abaixei e ela subiu, sai do quarto e sai correndo, perto da escada "pisei no freio" e ela deu um grito. Adoro quando menina grita em situações assim. Dei risada.
- Que é engraçado?! Palhaço! -ela me bateu.
- Desculpa. Burguesa. -a última palavra falei baixo.
A coloquei na cadeira da mesa da cozinha.
- Você gosta de waffle?
- Sim, com morango. -ela respondeu exigente.
- Tá. -virei pra pegar as coisas.
- Você sabe fazer? -duvidou.
- Olha, -virei- só não sou casado por falta de idade. -cruzei os braços.
- Tá bom então. -ela sorriu. Sabe, fiz. ela. sorrir.
Depois de um tempinho terminei e a servi. Ela comeu duas garfadas. Sentei ao seu lado.
- Sei que não cozinho mal, então, que foi?
- Comer é coisa de depressivo. Eu sei que estou triste e me faz lembrar.
- Não colou. Pode me contar...tudo. Aquilo que te perguntei, você foi sincera?
- Fui. Eu não tenho nada disso.
- Tem gente que não assume.
- Eu não sou anoréxica nem bulemica, com toda sinceridade que possuo digo isso.
- Ok, mas só isso mesmo?
- É, eu começo a comer e ficar triste de lembrar.
- Já passou por isso?
- Não. Mas tenho medo de acontecer. Comi só uma vez desde antes de ontem. Tô bem.
Bufei e bati na mesa.
- Aviãozinho com gente dessa idade. -Eu disse e comecei a dar na boca dela enquanto ela ria.
~Seu POV~
Tá que Cody ia fazer essas brincadeiras comigo! E mano, ele cozinhava muito bem. Sim,só por aquele waffle cheguei a esta conclusão.
- Vamos fazer o que agora? -perguntei sem sono, quando terminei de comer.
- O que você quer fazer?
- Não sei. Dormir.
- PAROU!
- Tá...
- Tirando que você não tomou banho.
- Eu precisaria de roupas.
- É mesmo...Eu poderia...
- Ir na minha casa nem pensar. Minha família ia desconfiar, pensar MIL coisas!
- Ah, então...
- E eu também não vou voltar lá.
- Calma.
- ...
- ...
- LUCAS! CERTEZA QUE TENHO ROUPAS AQUI! NO QUARTO DO SEU IRMÃO!
- Bora.
Subimos.
- Eita, não tenho pijama aqui.
- Motivos óbvios. Que nojo.
- Falo nada.
- Não se arrepende?
- De que? -Fui irônica.
- Ele é bandido.
- Vocês têm o mesmo sangue. -Eu disse mas a intenção não era ser tão dura. Ele ficou queito- Desculpa. -soltei as roupas na cama e o abracei. Ele retribuiu mas não do jeito protetor que até agora estava fazendo. Foi "retribuindo por obrigação"- Por favor.
- Tá. -ele fez normal.
- Você tá morando sozinho?
- É.
- Faz quanto tempo? -o soltei.
- Não sei. Parecem milênios pra mim. Eu nem sei onde ele tá.
~POV Mike~
- O batalhão? Da polícia militar?
- Que que foi? Não aguenta? -debochei sorrindo e cruzei os braços.
- Por que não vai sozinho?
- Porque tu prometeu tá nessa e agora cumpre. -Já disse tirando a arma e encostando na cabeça dele. Tyler e os outros caras nos afastaram- Estamos em 8. -fiz uma pausa- Na jogada?
Todos levantaram a mão.
- Bom mesmo. -disse e olhei para todos com aquele ar de superioridade- No comando?
- Você. -todos falaram.
- Recompensa? Eu respondo: 800.
...
~Seu POV~
Fui tomar banho no banheiro do quarto de Lucas. Peguei um shorts que tinha e uma blusa.
Tomei banho e me vesti. Sai. Estranhei que ele tirou os fones e olhou pras minhas pernas. AAAAAAAAAAI QUE DROGA! Não me acostumei ainda com esse negócio de tatuagem.
- Você tem...uma tatuagem?
- A...ham.
- De verdade.
- Nem é. -sorri disfarçando.
- É colorida.
- Desculpa.
Foi a única coisa que consegui dizer. Me senti culpada do jeito que ele disse e me olhou.
- Vou tomar banho. -ele disse e isso me magoou, ele pareceu decepcionado comigo.
- Posso ficar aqui vendo que músicas você tem?
- Pode. -ele soltou seu celular em minhas mãos e foi saindo.
- Quer deixar o dedo aqui ou vai desbloquear pra mim?
- Ah, desculpa. -ele voltou.
Fiquei na cama vendo todas. É, ele fica o dia todo ouvindo eletrônica. "Posso ver suas músicas?" Tá,comecei a ver fotos, vídeos e tudo mais.
Continua? O que acharam?
BjSimpson— Lyli
- Continua :3