No capítulo anterior: (SeuNome) passou o dia com Lucas e Math os seguiu, então ela acabou voltando pra casa com o irmão. Todos juntos novamente; teve treta forte entre ela e Cody. Ele até que pediu desculpas na frente de todo mundo mas ela não sentiu firmeza.

- Você vai ficar com ele? 

  Meus braços pararam de envolvê-lo, ele segurava minha cintura e eu estava com as mãos em sua nuca enquanto ia me afastando e olhando sua expressão triste.

- Desculpa. Dessa vez vou me magoou tanto que eu não sou capaz de perdoar.

Minhas mãos já estavam livres mas as dele ainda estavam em minha cintura. Ele não soltava por nada. 
  Coloquei minhas mãos sobre as dele e o fiz soltar me afastando lentamente.



{...} Depois disso o silêncio reinou, Math não fez nenhuma piadinha. Mas ele foi o único a levantar; deram um beijo na bochecha e se abraçaram. Eu disse baixinho que ia subir e as meninas vieram comigo.
   Arrumei a cama e o quarto com a ajuda delas. Todas nos deitamos e Soph apagou a luz. Deitou do meu lado me abraçando. Senti ela respirar fundo.

  Comecei a pensar em Lucas. Não fazia tanta falta assim mas eu queria estar deitada na sua cama com ele. Fico pensando se ele sente o mesmo, até porque está morando sozinho e a solidão é a pior coisa a se sentir. Pior ainda, eu acho que ele não tem amigos. Ninguém pra falar, pra conversar, pra desabafar ou apoiar.
  Uma coisa horrível atrapalhou meus pensamentos. De uma forma brusca vinham imagens de mim e Cody juntos. Mas ele faria uma besteira, chorava. Percebi que havia adormecido e a consciência de pensar em Lucas sumiu pois o sono veio e meu inconsciente começou a "lembrar" de Cody. Eu não sei explicar como foi mas tinha uma estrada perto de um deserto, nossas mãos se soltaram e mais nada. Mais nada. Foi o bastante pra se preocupar e perder o sono. Se os meninos não estivessem lá eu correria pro quarto do Math. Fiquei assustada. Pensativa.

- (SeuApelido), foi só um pesadelo. -disse Ruby, levei um susto pois ela estava com voz rouca de quem não fala muito ou acaba de acordar.

- Eu sei. -respondi, mas na verdade, não sabia.

- Vão dormir. -disse Soph.

- Você não pode ir pra casa dele agora, (SeuApelido). -disse Alli.

- Você não pode depender de um menino pra viver.  -disse Soph.

- Ele é diferente. -respondi.

- Todos iguais. Com o tempo você descobriu quem meu irmão era. -disse Alli.

- O que quer dizer?

- O que tá te garantindo que ele não tá com outra?

- Alli, chega.

- Só não fala que não te avisei.

- Se você perder?

- Não vou.

  Fiquei quieta e pensando se ele estava ou não fazendo uma besteira. Quem garante?
 Eu não sei se Cody se faz de coitado ou... Bom, na real eu não sei quem ele é. Trinta anos indo e voltando e não sei. Já Lucas em poucos segundos descobri.

  É claro que no outro dia acordamos às 16:30. Descemos pra tomar "café".

- Que vamos fazer hoje? -perguntou Alli.

- Não sei. Cadê meu celular? -perguntei.

- Vocês inverteram as frases. -disse Math.

- Tipo isso. -Josh riu.

- Tá lá na instante da sala. - Cambo respondeu. Fui até lá e voltei. Sentei na cadeira em frente ao balcão, desbloqueei e haviam mensagens. Mensagens do Lucas. "O que aconteceu pra você não vir hoje? O que me conforta é que eles também não vieram, mas me deixa aflito também. O que estava fazendo?" "(SeuApelido)?" "Desculpa se estou te irritando".

- Abre o jogo, filha. Pode ir contando tudo. -disse Ruby quando percebi que alongava os olhos à tela do meu celular.

- Também acho. -Soph concordou dando um gole com o canudo na vitamina.

- Depois. -olhei rapidamente pro Cody.

- Pode falar, uma hora eu vou saber. Ainda mais se não for pela tua boca, vai ser pior. -disse Cody.

- Espera só mais um tempinho que eu conto. Pra mim é papo de menina. -respondi. Não me controlei, não percebi e peguei chocolate no armário e comecei a comer mexendo no celular.

- Por isso que tá desse jeito. Sedentária ainda. -disse Cody.

 Eu quis parar de comer na hora mas não daria o gostinho de vitória pra ele. Me fiz de tonta.

- Desse jeito?

- Gorda.

- Agora tenta me atingir.

  Voltei a mexer no twitter, algo gelado caiu em mim.

- ATINGI! FOI CERTINHO! -ele disse, atingiu foi é vitamina em mim.

- Você vai limpar. -eu disse.

- Com prazer.

- Nem nos seus sonhos. -levantei e fui pro quarto. Me limpei e me vesti.

~POV Cody~

  Naquela tarde resolvemos ir pra piscina. As meninas sentaram nas cadeiras pra tomar sol. O resto, os meninos pulamos com toda força para molhá - las. Já ficaram todas irritadinhas.
  Começamos a brincar lá dentro, quase afogamos o Math.

 Combinamos de jogá-las à força, elas estavam de olhos fechados, menos (SeuApelido) e Ruby que não dava pra saber pois estavam de óculos escuros. Estavam de olhos fechados?  Err, talvez num transe profundo, saímos da piscina devagar mas mesmo assim fez barulho e a qualquer momento Math estragaria tudo. Pode ir vendo.
  Como sabia que Alli ia ficar irritada e mais ainda se eu a jogasse, peguei ela. Cambo pegou a (SeuNome), Ruby tentou fugir então Joel e Math a pegaram e por fim Josh pegou a Sophie.
 Se elas ficaram irritadas ao chegar à superfície? Irritada é pouco. Ficou divido as meninas dos meninos e era como se cada grupo fosse uma Coréia. Elas queriam nos matar mas no final acabaram ficando lá até de noite conosco. A parte boa é que por acidente em algum momento o biquíni da Ruby que era tomara que caia soltou. (SeuApelido) "correu" para ajudá-la.
  Os pais deles chegaram. Passaram pela rampa quase ao lado da piscina, haviam trocado de carros e Cambo não pode deixar de babar. Os irmãos, claro, nem ligaram. Ignoraram os pais como se fosse algo normal, os pais também nem se preocuparam em olhar pro lado, falavam ao celular e estavam com o olhar fixo para frente.
  Quando os carros passaram, os gêmeos saíram da piscina e sentaram na borda. (SeuApelido) pegou o celular e tiraram uma foto. Ao que pareceu ela postou. Mas quem deixou ela postar foto de biquíni?

- Tá ficando frio. - disse Ruby.

- Nem tá, é só esse vento gelado. -disse Joel.

~Seu POV~

- Acreditem, eu tô sentindo mais que vocês. -disse lembrando do que Lucas me disse. Levantei, peguei meu celular, óculos e toalha e corri lá pra dentro.

  Tomei banho, me vesti e fui ver Lucas. Tinha que ser rápido. Prometi que não ia demorar mais que duas horas. Outra que eu nem comi porque sai às pressas.
  Ele me atendeu e logo me abraçou de um jeito que tinha certeza de quem era porque só eu vinha aqui. Eu acho. Eu espero.

- Oi. Desculpa, não falamos o dia inteiro. -Eu disse.

- Eu senti sua falta.

  O soltei, vi em seus olhos que era verdade e disse:

- Eu também.

  Sentamos no sofá, sentei entre suas pernas e começamos a ver TV.

- O que você fez hoje? -ele perguntou.

- Fiquei com meus amigos. Você também é meu amigo, claro, mas...é, você entendeu.

- Sim, ele tava lá?

- Tava. -falei baixinho mexendo na calça dele.

- (SeuApelido)...conta.

  Contei tudo que Cody havia dito e ainda na frente de todo mundo.

- E você perdoou?

- Não, eu não consigo.

  Ele me abraçou e me beijou na cabeça.

  Estava com os olhos fixos na televisão mas meus pensamentos distantes e eu nem prestava atenção no que passava. Minhas mãos estavam pousadas em minhas pernas. Lucas pegou uma delas -a direita- e entrelaçou nossos dedos com a mesma dele. Me senti bem, senti que assim nenhum mal poderia me atacar. E esse mal era Cody. Cody não me atacaria.
  Me movi e sentei ao seu lado. Larguei sua mão direita e peguei a esquerda. Olhei para ele e quando percebeu virou. Meu coração bateu mais forte, eu estava com medo, me aproximei e o beijei.
  Tinha algo estranho, ele parecia diferente. Mais sozinho, mais frio, mais Lucas.

- E você, o que fez hoje? -perguntei.

- Nada.

- Nada não!

- Nada! Que saco! -ele levantou e foi em direção da cozinha. Levantei rapidamente e fui atrás dele.

- Lucas!

-Que que foi?! -ele virou.

- Você...o que você fez hoje?  -Já queria chorar.

- Desculpa. -ele se aproximou e me abraçou do mesmo jeito de sempre.

- Tá, só...me conta.

- Dá pra esquecer? -me soltou.

- Não. Não dá.

  Ele ficou observando meu rosto por um longo momento.

- Não mente...pra mim. -Eu disse.

  Ele levantou a manga da camiseta. Furos na veia.

- Lucas, eu não... -Agora realmente queria chorar- usei nada o dia inteiro.

- Eu não consegui! Acredita em mim, eu tentei...

  Fiquei olhando pra cara dele, bem que eu queria acreditar.

- (SeuApelido), não fica brava... -seus olhos pediam socorro, estavam em desespero pedindo perdão.

  Mas eu não conseguia, queria ir embora e deixá-lo. Ele quase se matou esses dias combinando uma dessas coisas com bebida. Eu não tenho moral, mas ele é sozinho, no último caso não vai ter ninguém para socorrê-lo, eu não posso morar aqui.

- Eu te amo... -ele disse num murmúrio de sussurro, como se pedisse amor de volta. Então percebi que ele estava arrependido.

  Dei um soco fraco na sua barriga e o abracei, ele me apertou.

- Hoje...eles fizeram algum mal à você?

- Hã? N-não.

- Então por que gaguejou?

- Porque a pergunta foi estranha.

- Olha...

- Não acredita em mim?!

- Acredito!

- O que vamos fazer? Eu prometi que não demoraria mais que 2 horas.

- Ele tá lá? -me soltou.

- Tá!

- Calma.

- Não me pede calma enquanto você fica desconfiando de mim.

  Por alguma razão estranha por um longo momento ficamos nos encarando. Começamos a rir. O motivo era que queríamos cuidar e sentíamos ciúmes um do outro como...Como talvez não deveríamos sentir.

- Já que só temos 2 horas... -ele começou. 

  Na verdade agora só uma hora e meia.

- O que vamos fazer? -Fingi mexer nas unhas.

- A gente podia... -senti suas mãos em minha cintura. Ele me beijou no instante em que fiquei na ponta dos pés, nem havia dado tempo de colocar as mãos em sua nuca. E agora? O que Lucas iria dizer? Fiquei nervosa porque pensei em...é, aquilo- jogar baralho.

  Mas...O QUE?!

- Tá. Pronto pra perder?

  Ele me soltou, pegou as cartas na gaveta da instante.

- O que? Acha mesmo que vou dar o gostinho pra uma garota?

- Machista. 

- Burguesa.

- Argh! Você pode sabe o quanto me dá nos nervos quando você fala isso!!

- Se eu não soubesse que te irrita, acha que ia te chamar assim? -ele deu uma risadinha e sentou metade da bunda na instante, só encostando.

- Você sabe? -sorri.

- Sei muita coisa e acredite, da forma mais honesta. Eu prometo.

- Bobo. -eu ri.

  Sentamos no chão da sala, um de frente para o outro. Gastamos 45 minutos com o jogo. Foi divertido, demos muita risada, ele ria das minhas crises quando eu pensava que ia perder.

- A última carta e... -joguei em cima das outras sobre o chão- eu ganhei. -sorri olhando pra ele.

- Vem aqui! -ele deu outro daqueles botes em cima de mim, seus lábios acertaram em cheio os meus.

  Caímos deitados no chão. 

- Me solta! -eu ria feito criança enquanto ele me dava beijos no pescoço fazendo-me cócegas. 

- Não! -ele sorriu, olhou nos meus olhos e me deu um beijo muito gostoso na bochecha. 

  Infelizmente chegou a parte ruim. Eu precisava ir embora. Jamais queria sair de seu lado, era incrível como Lucas, ainda mais um Bentler conseguia me fazer feliz com as coisas mais simples em pouco tempo.

- Eu preciso ir. -pousei a mão em um lado de seu rosto.

- Eu sei. Queria que você não percebesse que já era hora.

- Eu volto.

- Amanhã vai pra escola? 

- Vou, eu prometo. 

- Tá, até lá então. 

- ...

- É...

  Ele parecia não saber como se despedir, mostrei como devia e lhe dei um selinho.

Lucas me guiou até a porta. Fui andando para casa, davam 15 minutos. Cheguei e todos brigaram comigo por estar exatos 5 minutos atrasados.

- Desculpa! -disse.

- Seu pescoço tá vermelho. -avisou-me Alli. Parece que só pra ver Cody puto. 

- Tá?! -coloquei a mão. 

- Tá. -Ruby confirmou. 

- Enfim, -mudei de assunto- vamos fazer o que?

- Falar com o povo! -disse Math.

- Que povo, menino? -perguntei ainda parada em frente à porta.

- Do twitter, ustream. Se é que isso ainda existe.

- Existe. -Todos demos risada. TODOS. 

- Boa ideia. -disse Alli.

- Ela concordou com uma ideia minha. Tô sonhando? 

- Queria que fosse. -suspirei e sentei no sofá. 

   Fizemos a ustream, fiquei com receio ou não sei o tal do sentimento mas aposto que depois dessa muitos vão achar super estranho a amizade do meu irmão com Cody, eles exageraram. Jake e Alli como de costume ficaram a maior parte do tempo no celular. Tenso foi quando perguntaram sobre festas, a carreira e drogas. A gente tava cagando pra isso, principalmente carreira artística. 
  Ficamos uma hora fazendo, era quase noite e então subi para o quarto com as meninas e os meninos foram para o quarto com Math.
  Sophie espalhou todo corpo pela cama, sentei na cadeira giratória mexendo no celular, Alli num puff lendo revista e Ruby no chão pintando as unhas num tom de pink muito forte.
  Alli parecia apreensiva ou algo do gênero. Cheguei por trás para dar uma espiadinha no que ela lia. "Como conquistar o menino galinha"

- AWWWWWWWW! MATH, VEM AQUI! -gritei.

  Ela levantou quase mais rápida que o Cambo.

- SAI! NÃO! CALA A BOCA!

- HMMM, QUE FOI? -perguntou Ruby. 

- OLHA ISSO! -tomei a revista da mão da Alli e mostrei para Soph também. 

- EU SÓ TAVA LENDO POR LER! E QUEM DISSE QUE É O MATH?!

- QUEM É O MENINO MAIS GALINHA QUE VOCÊ CONHECE? -Soph perguntou. 

  A porta abriu.

- Me chamaram? -Math disse sem camisa e deu uma rápida arrumada no cabelo. Digamos que me sinto seduzida quando um menino que não é ele faz isso.

- Não! Com certeza não. Tchau. -Alli deu uma risadinha e acenou.

- Tá, sei. -ele disse e ia fechando a porta.

- Não, pera! -eu disse, ele voltou.

- Tá. -ele riu e Alli já babou um pouco- O que a Alli fez? -Math quase mordeu o lábio e a olhou de baixo à cima.

- Olha isso aqui. -virei para ele e como não enxergava, chegou mais perto.

  Fiz um sinal pras meninas, elas saíram no quarto, mas antes disso Sophie pegou a chave que estava na fechadura só que na parte de dentro. Sai correndo, fechei a porta e Soph trancou.

- Sacanagem. -disse Math lá de dentro.

- Eu odeio vocês. -disse Alli.

- Ama. -dissemos todas juntas.

  Descemos e os meninos estavam lá. Liguei a TV e entrei no YouTube, até agora não tinha visto o KCA desse ano. Atrapalhei mesmo tudo que estavam fazendo. Mas tudo bem, todos quiseram ver comigo.
  Eu não sei porque mas eu comecei a dar muita risada do Cody.  Não era pra zoar, sérião. 

- Qual a graça? -ele perguntou arqueando uma sobrancelha.

- A voz de homem sua e a de bixa do Austin. Ainda mais sua cara de idiota. 

- Cê já pegou o moleque e fala que ele é bixa. -disse Soph.

- Desnecessário. -Cody disse.

  Eu sou boba ou o que? Fiquei voltando mil vezes.

- Chega! -disse Josh me roubando o controle- GTA tava mais legal.

- Calado. -dissemos juntas Ruby, Soph e eu. 

- Você não fala comigo. -lembrou Josh à Ruby.

- Me obriga, palhaço. 

  Quase que ele partiu pra cima para beijá-la. 

- Cadê a Alli e...wow. -perguntou Joel.

- Trancamos eles no quarto! -eu disse empolgada.

- Oxe, por que? -Cody perguntou. 

- Porque ela tava vendo numa revista uma matéria sobre meninos galinhas. -disse Ruby.

- Então associamos que... -eu disse, Cody interrompeu:

- Entendi.

- Grosso! -revidei.

- Já chega de falar disso, né? -Jake pediu.

- Eu queria saber o que que tem nessas revistas de menina. -disse Cambo.

- Fala sobre meninos, roupa, moda, sexo... -fui falando.

- Prefiro livro de posições. -disse Cody lembrando de quando foi flagrado lendo um. Os meninos riram, claro. 

- Inútil. -eu disse.


- Ah, posso falar quantas vezes você gritou? -ele disse.

Friday, 4 April 2014 @ postado Friday, April 04, 2014

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