No capítulo anterior: A personagem principal acabou desmaiando na escola talvez por causa da briga entre o irmão e a diretora. Mas só talvez. 
(...) Passou-se um tempo, um rápido tempo e eu, assim como todo mundo estávamos preocupados em dirigir. Deu certo. Todos conseguimos e eles (tirando Math e eu) convenceram os pais de comprar um carro. E eu estava estudando. Cody estava tão quieto esses dias mas TÃO quieto que cheguei a ficar com dó mas depois acabei ignorando e tento ignorar até agora. Tá tudo tão estranho, todo mundo tão distante, tudo tão ruim...

(Sophie - Ferrari 458)

(Cody - Giugiaro Namir)

(Josh - Camaro)

(Joel - Koenigsegg Ccxr)

(Alli - Audi R8)

(Math - Ferrari 2014)

(Ruby - Lamborghini Aventador)

(Cambo - Lamborghini Gallardo)

(Jake - Bugatti Veyron)

{...} Mas por fim, Soph ganhou uma Ferrari 458 branca, Jake um Bugatti Veyron preto, Cambo uma Lamborghini Gallardo amarela, Cody um Giugiaro Namir alaranjado, Josh um Camaro branco, Joel um Koenigsegg Ccxr preto, Alli um Audi R8 branco, Math uma Ferrari 2014 vermelha e Ruby uma Lamborghini Aventador branca. Tudo clichêzão mas todos eram bonitos.

Estava na sala com Math, enquanto ele mexia no celular, eu assistia tv.

- Ei, lembra da Juliana? -ele perguntou. 

- Lembro.

  Era uma amiga de infância lá do Brasil e ela havia parado de falar conosco quando tínhamos 13 anos porque a gente ia se mudar.

- Ela vai fazer 15 anos e chamou a gente pra ser um dos casais. Tipo, eu e você juntos.

- Ah, eu quero. 

- Eu também. 

  Ele ligou pra ela e ela pediu desculpas por tudo, a gente também e tudo mais. Apenas precisávamos falar com nossos pais.

- Vocês foram os primeiros que eu pensei mas depois falei "não, eles vão roubar a cena toda" mas eu tô nem aí. Quero vocês aqui daqui um mês. E o quanto antes pra ensaiar.

  Talvez não desse o quanto antes, mas vou falar com nossos pais. Ela desligou.

- Ela nem pra me chamar pra ser o príncipe. -disse Math.

- Talvez você não seja tão bonito assim. -eu ri com a cabeça encostada em seu ombro.

- É, e você é lindona, né?

- Eu sou.

- Ah tá. 

  Depois acabamos indo na praia só nós dois. Fiz ele me levar de cavalinho na maior parte do passeio.

- Eu quero sorvete, você quer? -ele perguntou.

- Quero. 

  Ele comprou e a gente sentou na areia, vi a presença de indivíduos, vulgo paparazzis e Math também, ele tinha ódio depois daquela vez com Justin mas ignorou e disse que todos queriam ter uma foto da beleza dele e eu ri.

  Depois disso voltamos pra casa e chamamos o povo.

- Vou perguntar pra Ju se pode deixar eles irem. -disse Math. 

- Quem é Ju? -Alli perguntou. Mas não perguntou normal, já tava meio estressadinha.

- Nossa amiga, ela vai fazer 15.

- E daí? -Ruby perguntou.

- Que enquanto comemoram 16 aqui, lá é 15. -Math disse- E que a gente foi chamado pra ser um dos casais.

- Casal? -Alli perguntou. 

- Aaai! Ela disse que vocês podem ir, se forem vocês vão ver.

- No Brasil? Qual a chance?! -Soph perguntou. 

- Toda. -respondi.


  Nossos pais chegaram e perguntamos à eles, eles deixaram de boa.


Foi ficando tarde e todos foram embora. Fiquei na sala mexendo no celular enquanto Math, Peter e Jeremy viam tv. Estava com os pés no sofá, Jeremy do nada me deu um tapa na perna.

- Ei! 

- Tava com saudades. -ele riu e eu fiquei séria. 

- Não vi graça.

- Eu vi. -disse Peter.

- Para, tadinha. -disse Math.

  Levantei e mudei de sofá. 

- AI, ELA TÁ ESTRESSADA! -disse Jeremy.

- E você não é zoero assim, então para. -eu disse sem tirar os olhos do instagram. 

  Ele riu e depois todos ficaram quietos. Nossa mãe desceu e disse rapidamente que iam reformar a casa.

- Com isso não quer dizer "mudar",né? -Math perguntou mas ela ignorou e foi para a cozinha.

  Subi porque sabia que ela ia voltar e ia sair alguma briga. Meus irmãos também. O pior é que eles vieram comigo pro meu quarto. Coloquei os fones de ouvido e deitei de bruços com os olhos fechados. Nem vi o que eles faziam. Meu celular vibrou e eu peguei, era uma mensagem de Alli respondendo "Ok". Continuei no instagram, estava stalkeando a Ruby, cliquei em fotos e fotos e em algumas pessoas das fotos, as que ela marcava. Cody - Alli - Soph - Math. 

- VAGABUNDO! -virei e disse pra ele. Ele postou uma foto desse momento e minha bunda linda virada pra cima. Jeremy e Peter saíram, mas também não perceberam.


  Ele começou a rir, eu comentei "TOMARA MESMO QUE A ALLI NUNCA GOSTE DE VOCÊ, SOFRA COM ISSO". Peter comentou "Te odeio" e Jeremy não ficou de fora "Nem me estresso, me paga" e os comentários de risada foram vários. 

Mais tarde eles saíram e eu fui dormir. Tomei banho e estava com preguiça de me vestir e ainda estava calor então dormi só de lingerie. Acordei no meio da noite com sede e fome. Desci e bebi água, levei um copo lá pra cima e tomei alguns comprimidos.

  Voltei a deitar. Minha cabeça girava e doía, sentia fortes dores no estômago e ainda mal estar. Eu não aguento mais. No começo quando me mudei pra cá, os problemas da minha família eu deixava passar. Eu tinha Cody, ele cuidava de mim e eu não me preocupava. Me fazia bem. Tá. Por que eu tô pensando nele? Eu tenho consciência das coisas erradas que fiz e ando fazendo, será que uma delas é sentir falta ou ignorá-lo? 
  Senti uma pontada no estômago e coloquei o rosto no travesseiro. Peguei meu celular para ver as horas. 5:15. Fui nos contatos e pensei em ligar "Cody". Não deu. Dava mas achei melhor não. Deixei o celular ao lado e voltei com o rosto no travesseiro.

- Alô? -ouvi baixinho. Olhei pro celular. TINHA LIGADO, E AGORA? 

- A-ah, tá acordado?

- Sim. O que aconteceu? 

- N-nada.

- Me ligou de madrugada e tá gaguejando, tem 3 segundos pra falar.

- Desculpa. Foi sem querer.

- Eu não vou desligar e se você o fizer, vou ficar te ligando.

- Foi mesmo sem querer! Eu pensei em ligar e abri seu contato, joguei o celular e virei, de repente sua voz pergunta "alô?".

- Sei.

- Vai se ferrar!

- Tá, tá bom, eu acredito. Pode aparecer na janela?

- Tô deitada.

- Sério? Fiquei a noite acordado olhando praí e a luz acendeu duas vezes, numa delas eu acho que vi sua sombra pela cortina.

- Acha que era eu?

- É. Sei lá. 

  Levantei e fui até lá. Ele estava segurando o celular da mesma forma que eu e de óculos. Com o mesmo cabelo que não desarruma nunca.

- Não é você. -ele disse depois de me olhar de cima à baixo. Então lembrei com que trajes estava.

  Quis sair dali na hora mas algo me fez permanecer parada.

- Por que? -perguntei.

- O que aconteceu? -ele perguntou de novo.

- Por que, Cody?

- Você...eu não consigo falar isso.

- Ok, vou voltar a deitar.

- Não! 

- ...

- Você emagreceu.

- Eu vou morrer logo e a gente não acha um culpado por tudo isso, quem começou a usar tudo? Ninguém sabe mas todo mundo já tá fudido. 

- Tem como eu entrar na sua casa agora?

- Eu não sei. Acho que tem. Mas pra quê? 

- Eu preciso.

- Por que? 

  A cortina dele fechou e ele sumiu, mas a chamada ainda estava ativada.

- Cody? 

- Espera.

  Eu que desliguei depois de um tempo de raiva e vesti uma camiseta larga. Ele entrou justo na hora em que procurava um shorts ou algo pra parte de baixo.

- Ei. -ele disse fechando a porta lentamente.

- Oi. -fiquei parada, ele ficou também só que na frente da porta, de frente pra mim. Haviam 3 metros de distância entre nós. 

- Para. -ele disse num tom de dor.

- É fácil falar quando você também faz e sabe que não dá. 

  Ele veio até mim e me abraçou. Eu apertei de uma forma tão não esperada pelos dois. Senti o perfume dele de novo e não quis largar. Ele me abraçou no normal dele que já era forte. 

- Eu te amo. Te amo de verdade.

- Cala a boca. -falei mais baixinho do que ele disse.

  Ele me soltou.

- Por que você faz isso? -ele me olhou agora com olhar de dor.


- Me beija.

  Ele se aproximou rapidamente e me beijou lentamente. Confesso, como da primeira vez que ignoramos todos à nossa volta no verdade ou desafio. Ele segurava apenas no meu queixo me puxando com a outra mão pela cintura. Deslizou as mãos delicadamente pelo meu rosto e depois de meio minuto paramos.

- Obrigada. -eu disse.

- Obrigado por me ter feito levantar da cama e vir até aqui só de bermuda.

  Ele estava sem camisa e até descalço.

- Eu vou dormir com você. -ele foi até a cama e já foi deitando, deitei ao lado dele virando de costas e ele nos cobriu.

- Tava com saudades da minha segunda cama. -ele fez carinho no meu braço. 

  Não falei nada. 2 minutos depois ele disse de novo.

- Nós voltamos?

- Não. -respondi. 

  Ele veio mais perto e estávamos colados.

- Eu queria mas vai ser a mesma droga.

- Mas eu te amo. -ele disse com a voz baixa e de seduzir qualquer uma. Como ele fazia, né?

- ...

- Me dá mais uma noite.

  Lembrei da música e virei.

- Tô disposta. -eu disse- Eu devo estar horrível e você tá aqui.

- Apesar de tudo eu amo você. 

- Talvez.

- Eu provo.

  Dei um beijo nele. A última forma que ia imaginar a gente voltando era assim. Sim, eu sabia que íamos voltar. Vício. Meu pior vício. 

- Você é a pior coisa pelo que alguém pode se viciar. -ele disse.

- O mesmo pra você. 

- Cala a boca. -ele riu e passou o braço em volta da minha cabeça puxando meu rosto para seu peito e me deu um beijo na testa. Passei o braço por ele, apoiando na cintura e com a mão em suas costas.

- Palhaço.

  Meu despertador tocou. 06:00 horas.

- Tá zoando. -ele disse.

- Vou tomar banho. -eu disse levantando.

- Deixa a porta aberta.

- Para?

- Caso eu queira dar umas olhadas.

- Idiota. -joguei o travesseiro na cara dele.

- Namorada. -ele riu. Eu virei e ele estava sorrindo abraçando o travesseiro deitado.

- Namorado. Bleh. -fiz careta mostrando a língua.


  Tomei banho, me vesti e depois ele foi e fez o mesmo. Sim, ele tinha uniforme na minha casa ainda.


   Descemos e apenas Math estava lá. Tomando café da manhã sozinho. A cara dele foi a melhor. Ele soltou o garfo e olhou pra nossa cara.

- Não, pera aí, pera aí. Que palhaçada é essa?

- Não tem palhaçada. Cody, meu irmão, babaca, Cody.

- A gente é cunhado de novo, velho. -Math havia levantado e quando Cody disse isso eles fizeram o toque e se abraçaram. Meu irmão me deu um beijo na cabeça me dando bom dia.

- Eu vou indo. -eu disse.

- Não. -Math disse sério- Aquilo é uma mesa.


- Me diz em que parte essa informação mudou minha vida. -respondi saindo.

- Dá um jeito na sua mina. -disse Math.

  Cody me segurou pelo braço. 

- Eu não tenho fome essa hora.

- Se não tem, vamos fazer ter. -ele disse.

- E eu sou seu irmão e pelo que tô vendo você não tá sentindo em hora alguma.

- Problema meu!

- PROBLEMA NOSSO! -ele gritou. A voz dele estremeceu minha cabeça, fazia TEMPO que não gritava assim comigo. Bravo, bravo mesmo.

- Só porque...

- E NÃO VEM COM A DESCULPA DE "SÓ PORQUE SOMOS GÊMEOS NÃO SIGNIFICA..." PORQUE NÃO VAI ROLAR, EU SOU O TEU IRMÃO E POSSO OBRIGAR A FAZER A PORRA QUE É CERTO PRA VOCÊ... -ele foi dizendo e eu cheguei perto do Cody com medo. Cody. Nem ele gritava assim comigo. Me agarrei nele e ele me abraçou- E NEM QUE EU FIQUE 3 HORAS AQUI ESPERANDO VOCÊ! SENTA AGORA.

  Depois disso eu ainda tive coragem de dizer:

- Não. 

  Ele mordeu o lábio recuperando a paciência ou evitando pra não me bater e disse:

- Eu não tô pedindo. Eu tô mandando. -ele disse com mais baixo tom.

- Eu. Não. Vou. -disse pausadamente.

- Me faz mesmo perder a paciência. -ele saiu puto como eu nunca vi antes. Passou rápido e saiu.

  Acabei sentando e comendo com Cody pensando em como a vida é uma merda. 


Fomos pra escola, ele foi dirigindo meu carro. Por incrível que pareça todos chegamos na mesma hora e estacionamos um ao lado do outro, um de cada vez. Math estacionou igual um desesperado e pisou no freio com tudo, o carro foi até pra frente e ele saiu revoltado, bateu a porta quando saiu. Entramos na escola, em silêncio e rápido. Atrasados.

- Eu vi certo? -Josh perguntou.

- O que? -perguntei.

- Você é Cody de mãos dadas.

- Voltamos. E daí? -eu disse.

- Não falo nada. -disse Alli. 

- Incrível. -disse Ruby. 

- Não dou 3 dias. -disse Cambo. 
- Cuidem da vida de vocês. -disse Cody roubando as palavras da minha boca.

  Entramos na sala de aula, eu abaixei a cabeça pra dormir. Era aula de história.
  O professor bateu na mesa dela e disse:

- Simpson e (SeuSobrenome)! -levantei. Vi Cody levantar a cabeça também, Alli e Math olharam.

- Eu tô quieto! -meu irmão disse.

- Cody e (SeuNome), a aula tá chata mas pelo menos finjam que não. -o professor disse.

- Posso beber água? -perguntei.

- Claro. -ele respondeu e virou de novo para a lousa explicando. Andei lentamente até a porta e saí. Topei com um moleque gigante. 

- Desculpa. -eu disse e ia andando.

- É você mesma que eu quero. -ele disse me colocando na parede.

- O que? 

- Prazer, terceiro ano, repetente e amigo do cara que você colocou na cadeia.  

CONTINUAAAAAAA? O QUE ACHARAM?

Friday, 9 May 2014 @ postado Friday, May 09, 2014

4 Comments

older posts to top newer posts atualizar