Capítulo 216 - O PESADELO COMEÇA AGORA.
Não consegui falar nada. Fiquei quieta.
- Você tem até cinco horas pra tirar ele de lá ou...Já sabe.
- Já sei o que? -perguntei com os olhos cheios de lágrimas.
Ele abriu um sorriso irônico.
- Tu já foi mina de bandido, sabe do que eu falando.
- Não! Eu n-não posso, não tem mais fiança e...e...
- Dá um jeito. Tô nem aí.
- C-como?
- Para de gaguejar, mulher. Eu não tenho paciência pra isso. Eles só querem ganhar dinheiro.
- Por que você não paga?
- Porque eu não tenho dinheiro, vagabunda! -ele levantou a mão pra me dar um tapa mas lembrou do local onde se encontrava, apenas apertou meu rosto.
- Eu não posso! Vou voltar pra aula. -me controlei.
- Hoje. 17 horas. Passa em frente da casa dele.
Ele me deixou sair e eu corri pra chorar no banheiro. Chorei. Soltei tudo, não só o momento de agora mas todas as coisas, encostei na parede e sentei no chão. No chão do banheiro, passei a mão no cabelo. A porta abriu e eu só fui reparar quando Abby me olhou e logo perguntou como se fosse uma amiga:
- O que aconteceu? -ela perguntou se abaixando.
- ...
- Levanta. -ela me deu a mão.
- Eu não consigo. -disse entre soluços- Eu quero morrer, a vida não vale à pena, eu não sei o que tô falando. Eu não sei. -balancei a cabeça.
- Nunca mais fala isso, tá ouvindo? Você é uma garota incrível, eu tenho raiva de você mas nem eu te odeio. Eu tô aqui. -ela dizia com voz calma e foi nessa hora que olhei em seus olhos- Eu não saí pra vir ao banheiro ou qualquer coisa, eu percebi que você tava demorando.
- Sério? -me acalmei.
- Sim. Claro, você voltou com Cody?
- Foi a coisa mais errada que eu fiz. -encostei a cabeça na parede chorando mais. Senti uma lágrima escorrer devagar molhando meu rosto lentamente.
- Então...?
- Eu me sinto viciada. Não dá pra ficar sem ele.
- Não é só nele. Posso te ajudar?
- Fazendo o que?
- O necessário.
- Sem querer ser grossa, não, por favor, eu tô bem, não fala pra ninguém.
- Levanta. Se olha no espelho. -ela me ajudou.
Vi um ser humano horrível, minha maquiagem escorreu e estava com olheiras profundas. Engoli a saliva e meu pescoço fez isso lentamente, havia acostumado com as dificuldades para respirar.
- Eu vou morrer. -virei pra ela- Logo.
- Depende de você pra mudar isso.
- Não quero. -lavei o rosto e sequei- Obrigada.
- Me dá um abraço?
- Tá brincando.
- Não.
A abracei. Sem problemas. Voltamos pra sala e Cody me olhou no rosto até eu sentar. Math encarou nós duas.
Voltamos pra casa. Estava o maior tédio. 13:25.
- Vamos fazer uma tatuagem todo mundo? -Math deu a ideia do nada.
- Qual? -Soph perguntou.
- Uma que todo mundo tenha.
- Um coração! -a Alli disse- Só o contorno.
- Não. -os meninos falaram.
- Escondido dos nossos pais. -Cody sorriu.
- Vamos?! -Ruby levantou.
- Vocês tão pirando? -levantei.
- Não. -meu irmão levantou.
Acabamos indo naquele tatuador que nossa mãe sugeriu.
Alli estava desesperada mas acabou fazendo porque todo mundo já tinha feito. A ideia? Josh e Math. Saímos de lá, cada um com um a folha de maconha no pulso esquerdo. A cor era preta pra ficar mais bonitinha.
Voltamos pra casa quase 17 horas. Meu coração pulou e eu disse que tinha que ir.
- Aonde você vai, amor? -Cody perguntou.
- Eu volto logo. P-prometo.
- Posso ir?
- Não. É uma coisa séria. Rápido.
Sai e fui. Fui a pé porque sabia que coisa boa não ia acontecer.
- E aí?
- Eu não tenho dinheiro pra tirar ele da cadeia!
- Magina! Vai ser assim?
- Não tem como.
Ele disse que eu teria que entrar no carro com ele e também para não gritar porque seria pior. Ele me segurou forte mas de forma discreta e eu entrei. Foi andando muito tempo por uma estrada reta.
~POV Narradora~
- Gente, a (SeuApelido). -disse Ruby levantando, respirou fundo e segurou pras lágrimas não cair.
- O que?! -Cody perguntou.
- Ela vai...morrer. Ela só consegue pensar nisso e tá desesperada. Tem alguma coisa a ver com Mike.
- O QUE?! -Math gritou.
- FALA DIREITO! FALA TUDO! -Cody segurou nos braços dela.
- Eu não sei. -ela começou a chorar.
~Seu POV~
Comecei a segurar o choro e nunca, NUNCA o desespero foi maior do que agora. Eu olhava pela janela, estrada sem fim e mato. Passou por um outdoor de uma fazenda. O QUE?!
~POV Narradora~
- Olha pra cara dele, olha... -disse Ruby.
~Seu POV~
Olhei pro rosto dele. Ele olhou pra mim e sorriu, logo fechou. Foi assustador.
~POV Narradora~
- TÁ MACHUCANDO ELA! -Josh fez Cody a soltar.
- Não consigo mais! -Ruby gritou.
~Seu POV~
Ele parou. Parou o carro. Me obrigou a descer. Tampou minha visão e eu só lembro de ter me amarrado e eu só conseguia chorar. Me vi sentada em uma cadeira com pulsos e tornozelos amarrados. Pude ver. Ele me olhou.
- Tem a última chance. -ele disse me olhando de perto. Eu não me preocupei em olhar o lugar onde estava.
- Eu não vou voltar pra trás. Ele vai morrer lá dentro.
- Que bom. Sabe o que é isso? -ele me mostrou uns fios com coisas nas pontas.
Não respondi. Eu pretendia não me render tão rápido.
- Vai ser assim? -ele segurou meu rosto de novo, polegar em uma bochecha e o resto na outra. Apertou.
- Vai! -olhei nos olhos dele. Nessa hora parei de chorar.
- Que menina forte. Vamos lá. Uns 7 minutos? Sim, só 7 pra você chorar, agonizar e gritar. Ah, mas pena que se fizer isso, vai ser pior.
(...) Logo já estava com dois caras, me bateram e perguntaram porquê eu demorei pra sentir dor. Eu tentava aguentar, obrigada pelas experiências, Cody.
Eu nunca passei por isso.
- 5. -o que havia me trazido para cá disse e eu levei um choque com esse miliampére.
- Não! Não, não, não, não, não, não!! -o desespero maior começou agora, tá bom que eles iam ficar só no 5.
- 9.
Eu comecei a agonizar, se não estivesse tão desesperada, talvez doesse menos. Dei um grito a cada choque.
- Vai mesmo deixar seu ex namorado lá?
- Eu. Não. Ligo pra ele. Dane-se. -eu disse.
- 20. -eles davam risada. Depois desse eu não conseguia mais chorar. Senti parte do meu corpo parar. Eles perceberam e pararam- E agora?
- Cala a boca. Olha eu me importando. -eu disse. Um deles, o mais alto chegou perto de mim.
- Vai resistir? Tu não tem medo de morrer, não?
- Não.
Eles começaram a rir, inconformados.
- Solta ela. -o que havia me trazido pra cá disse.
Soltaram meus pulsos.
- A princesinha não vai se importar. Tão mimada e toda frescurenta. Ah, meu Deus, ela se corta. -ele tinha aquele tipo de canivete igual ao Mike.
EU COMECEI A GRITAR, GRITAVA TANTO QUE FIQUEI SEM AR! IMPLORAVA, PEDIA, SUPLICAVA PRA PARAR MAS AQUELE HOMEM NÃO TINHA PIEDADE! AS LÁGRIMAS AGORA ARDIAM COMO FOGO DO INFERNO! COMO SE EU ESTIVESSE PAGANDO POR TUDO DE RUIM QUE JÁ FIZ! Comigo mesma. É horrível. Sosseguei um pouco, fiquei tonta ao ver aquele sangue.
Ele começou a escrever alguma coisa como se quisesse perfurar até chegar do outro lado. "Drugs". Ele sabe bem, qualquer um acreditaria mesmo que fui eu. NÃO TINHA MAIS FORÇAS PARA GRITAR. TUDO GIROU. BATI A CABEÇA. APAGUEI.
Eles foram embora, percebi que anoiteceu e tudo estava escuro. Acordei um tempo depois e comecei a pensar. Pensar forte até Ruby perceber. Onde estava, o caminho, os caras...
~POV Cody~
O desespero tomou conta de mim, eu ia bater o carro, juro que ia, Ruby disse sobre o outdoor e eu sabia onde era. Ia bater, queria bater mas algo não deixou.
~Seu POV~
Ouvi um barulho na porta forte. Gritei.
- Para... -pedi chorando.
- Amor, sou eu. -ouvi a voz de Cody, ele me pegou no colo e me levou. Desmaiei em seu colo. Ele me colocou no carro e colocou o cinto.
- Não me leva pro hospital. Eles vão vir atrás de mim de novo. -dizia com a voz fraca. Ouvi ele fungar várias vezes mas meus olhos não conseguiam mais enxergar. Ele poderia estar chorando. Dirigia em alta velocidade e com cuidado, era isso que sentia.
- Estamos na sua casa, seus pais não estão aqui. -ele me carregava no colo, eu estava mole- Shhhh. -ele disse quando ouvi a porta abrir. Meus olhos se abriram e eu vi todos lá. Cody me levou para meu quarto. Me vi apenas com ele e Math no quarto.
- Eu tô bem? -perguntava sem parar.
Eu nunca vi uma cena daquelas, os dois estavam com lágrimas nos olhos e limpavam os meus ferimentos.
Estava com manchas pretas pelo corpo e sangue, muito sangue e me sentia fraca. Muito fraca. Sério.
- Eu vou morrer.
- Cala a boca. -disse Math.
Troquei de roupa e tudo mais.
- Eu quero dormir. -reclamei.
- Dorme. -Cody passou a mão na minha cabeça.
Fiquei apenas com Math no quarto. Cody desceu.
~POV Cody~
- Ela tá bem? -Alli me perguntou.
- Ela...não quis ir pro hospital e é, muita gente saberia e Mike não é pessoa com quem se brinque. Ela...tá tão fraca. -eu disse e chorei. Chorei sem me preocupar com quem visse. Não aguentei, não tinha forças nem pra segurar.
- Tem mais alguma coisa além disso? -Cambo perguntou. Ruby tentou me acalmar ficando ao meu lado e me abraçando.
- O braço dela, eu não reparei que...e a gente precisa, precisa fazer ela comer. É sério, eu vou pedir pra minha mãe me colocar numa clínica.
Todos me olharam de boca mais que aberta.
- Clínica? De que? -Josh perguntou.
- Dependentes químicos. -respondi.
- Você pirou! -Josh riu.
- Ele tá certo. -disse Ruby.
- Vai você também então! E não fala que não precisa porque você de santa só se faz! -disse Josh.
- Eu te perguntei alguma coisa? -ela ficou calma, demonstrando não se importar com a revolta dele.
Ele ficou quieto.
- Quando ela vai descer? -perguntou Soph.
- Daqui a pouco. Math não vai deixar ela dormir e acordar de noite pra cheirar alguma coisa e não comer. Isso que tira a fome dela. O bom é que pra engolir alguma coisa ela bebe água.
- Ainda fala que é bom?! -perguntou Alli.
- Se ela não bebesse nada, nem sei onde ela taria agora. -eu disse.
~Seu POV~
Mais tarde meu irmão me acordou. Me levou no colo até lá embaixo. Deitei no sofá. Ele perguntou o que eu queria comer. Eu realmente não sentia fome.
- Meu estômago tá doendo muito. Eu não quero nada. -me encolhi.
- Não tá doendo nada. -disse meu irmão.
- Math. -disse Alli.
- Eu quero ficar no meu quarto. Sozinha. -pedi.
~POV Cody~
Tava sério mesmo. Ela tem namorado, antes passava o maior tempão comigo e agora quer ficar sozinha só pra usar droga. Eu não vou chorar na frente dela porque se ela realmente ainda se importa vai ferí-la ainda mais.
~POV Alli~
Math estava puto. Ela resistia e ele queria obrigá-la e ninguém podia fazer nada. Que falta uma Nicole não faz.
- Eu juro que eu não consigo. -ela falava. Falou até cansar, desistir e ele trouxe algo pra ela comer. Ela mastigou devagar a cada mordida, foram três. Se alguém aqui não ficou chocado com a cena...
~Seu POV~
Vomitei em cima do meu próprio peito. A comida simplesmente voltou. O desespero veio da mente e tomou meu corpo, não foi forçado, não foi por vontade própria, foi a verdade. Eu senti. Senti que o pesadelo começa agora.
Math disse ao Cody para não se preocupar e voltar pra casa. Tomei banho e ele dormiu comigo. Acordei no meio da noite. Na verdade, não consegui dormir. Eu precisava de alguma coisa pra me acalmar. Levantei. Tentei. Meu irmão me puxou de volta pra cama pelo braço machucado e eu chorei. Machucou.
- Me solta.
- Aonde você vai? -ele perguntou.
- Por que você tá falando assim comigo? Grosso.
- Eu não vou ver você se matar.
- Cuida. Da sua. Vida. Já tá vendo. Falta só um pouco.
- NUNCA MAIS FALA ISSO! -ele gritou e me bateu. Me deu um tapa na cara. M-E B-A-T-E-U. Math, meu irmão me bateu.
Eu não ia me fazer mais de coitada ou o que parecesse. Acertei o saco dele. Ele me puxou. Quase me bateu de novo. Se controlou. Se comoveu ao ver minhas lágrimas.
Quando ele me soltou eu corri pro banheiro e me tranquei. Foi muito rápido, sério. Amiguinha. Amiguinho. Cocaína, pózinho. Não me importei com Math. Cheirei. Engoli. Fiz careta. Guardei. Abri a porta.
- Você não fez isso. Foram os 5 minutos mais agonizantes da minha vida! Já chega, eu vou contar.
- Só não esquece que tem coisa sua pra contar também.
~POV Math~
Voltamos a nos deitar. Eu chorei em silêncio. Segundos depois ela estava inquieta e agressiva. Eu sabia porque estava tentando acalmá-la.
- Me solta! -ela levantou- Sai do meu quarto.
- Eu. Não. Vou. Sair.
Ela me olhou com a única cara que tinha agora. Os olhos inchados e a boca semi aberta. Ela respirava forte como se tivesse feito exercício ou algo assim.
Eu cansei. Sai do quarto. Deixei ela lá. Não vou dizer que não quero mais saber. Me tranquei no meu canto e eu quis fumar tudo. Maconha pra esquecer, cigarro por fumar e tudo que desse. Fiz isso.
~Seu POV~
Não dormi. Levantei 6:30 e não fui pra escola. Entrei no carro e fiquei andando por aí. Acabei parando na praia mais longe, sentei na areia ouvindo as ondas, sentindo a brisa e pedindo pra maré me levar.
Meus pensamentos vagavam por aí e em poucos minutos tive a visão do mundo real, são aquelas horas que você olha e fala "Deus existe". A praia estava deserta e o sol saía lentamente tímido de trás das nuvens. Mundo real, visão real, percepção do real. Até que era bonito. Era bonito, era lindo. Olhei para o meu celular ao lado e vi que eram 10:35. Não sei bem onde estou e não tem sinal. Melhor assim, devo estar cheia de mensagens e ligações perdidas. O que é isso? Preferi esquecer e observar a paisagem. Acompanhei a dança das nuvens, o som do vento, a "sincronia" imperfeita das ondas que era o que as tornavam admiráveis, o barulho das aves e do oceano conversando.
"Feche os seus olhos e deixe a mente bem aberta". Preferi abri-los. Quem conseguiria ficar de olhos fechados diante desta vista? Só não consegui acompanhar o brilho do sol, era forte demais pra mim. Pobre humana. Um nada. Por um momento quis deixar tudo e ficar aqui. Aqui pra sempre. Eu e eu pra sempre. Eu e Deus, Ele estava aqui, não tem como duvidar. Quem mais criaria isso? Impossível.
Comecei a sentir um vazio no estômago. Grudei minhas coxas à barriga. Abracei as pernas e apoiei a testa nos joelhos. Não que eu ligasse para as horas mas olhei e eram 13:45. Eles saíram da aula das 45 minutos. Ninguém vai me achar aqui. Nem eu me acharia. Chegou uma hora em que levantei e Cody me abraçou.
- O que você está fazendo aqui? -perguntei assustada enquanto ele parecia triste. Deve ter me procurado por toda parte.
- Eu te procurei em todo canto. -ele me disse, me soltou.
- Desculpa. -pedi meio sentida.
- O que você fez?
- Nada. Fiquei a manhã inteira sentada, olhando.
- A verdade.
- Cody! Por que você não acredita?
- Por que será?
- Se é assim, eu também não preciso acreditar em você e suave.
- Não, (SeuApelido), não é assim. -ele passou a mão em meus braços.
- Então me explica como é. -disse calma mas com um pouco de raiva.
- Você não tá nervosa.
- Eu falei. Disse a verdade. Você sabe que eu fico grossa e agressiva quando...
- É.
- Como foi a aula hoje?
- O Math foi colocado pra fora duas vezes.
- Eu sinto muito. -bati a mão na testa- Foi culpa minha, eu tratei ele muito mal de noite e ele perdeu a paciência.
- O que aconteceu?
- Deixa pra lá.
- Deixa não. -ele colocou o dedo em meu queixo e levantou minha cabeça- Eu sou seu namorado.
Ele disse muito...muito ele, muito sedutor e sério com a voz grossa "I'm your boyfriend".
- Ele tava cuidando de mim, tava até sem dormir, a gente tratos, eu não conseguia dormir, entrei no banheiro e usei cocaína aí a gente brigou, eu expulsei ele do meu quarto, e...foi isso.
- Quem vai ficar assim 24 horas em cima de você agora sou eu.
- Não. Eu preciso do meu espaço. Do meu tempo.
- Tempo pra quê?
- Shhh. -o beijei pra mudar de assunto e ele "esqueceu". Vi em sua expressão que não.
Voltamos pro carro, pro carro dele, eu sentei no banco do passageiro e ele no do motorista.
- Olha... -ele chegou mais perto e disse: - Eu preciso de você.
- Eu também. -disse séria, a verdade enquanto ele disse em desespero.
Cody se aproximou lentamente e nos beijamos. Ele veio mais pra cima de mim, passou a mão e foi rolando aquela coisa.
Quando percebi que ele tiraria a minha blusa, coloquei as mãos no peito dele pra impedir.
- Cody, Cody, não. -falei baixo.
- Por que? -ele sussurrou em meu ouvido antes de me dar um beijo na bochecha.
Não respondi e parei "de fazer as vontades dele". Ele se ajeitou no lugar dele e eu no meu. Eu sabia o quanto ele ficava bravo quando eu recusava, muito bravo.
- Eu vou voltar no meu carro. -eu disse abrindo a porta. Ele veio de novo pra cima de mim e fechou com tudo.
- Não. Você vai ficar aqui.
- Eu não posso deixar meu carro aqui!
- Você pode.
- O que tá acontecendo com você?!?!
- TÁ PERGUNTANDO PRA MIM?! -perguntou indignado.
- Tchau. -sai do carro e entrei no meu. Saí dirigindo e ele foi vindo atrás de mim. Fui a maior parte do tempo com a mão na testa. Com a cabeça cheia, com a barriga roncando, nervosa, sentia falta.
Chegamos na minha casa, tomamos banho e meus pais e nem meus irmãos se incomodaram. Já estávamos de boa, ele esqueceu ou sei lá.
Cody ficou em casa comigo. 20:00. Tínhamos acabado de jantar, eu ainda estava estranha, a comida não descia direito, mas isso à parte. Tô aqui deitada com ele, é bom, o calor do corpo dele tocando o meu, deitar em seu peito e ele está com fones de ouvido batucando meu ombro, eu não ouvia a música.
- Para com isso! -tirei os fones dele.
- Grossa, bruta, impaciente, fria! -ele largou os fones e o celular no criado mudo e virou em cima de mim- Me dá um beijo.
Fiz graça e não lhe "quis". Cody me beijou à força.
- Mais ou menos. -eu disse segurando a risada quando ele saiu de cima de mim.
- Como é que é? -ele voltou e me deu o MAIOR beijão.
- Melhorou. -olhei seu rosto, ele fazia o mesmo.
- Folgada. Machucou. -ele fez uma cara fofa. Com bico.
- Tô zoando! -dei um tapa na bunda dele e mordi aquele beicinho.
- E eu não sabia... -ele disse irônico. Riu e me deu vários beijos.
Tirei sua camiseta devagar. Gente. Como. Ele. Tá. Forte. Que braços. Sinceramente, ele parecia um deus grego, estava apenas de cueca enquanto eu estava nas mesmas condições bagunçando seu cabelo. Beijos, mãos bobas... Ele tava com uma pegada muito boa.
Meus peitos sofriam mas ao mesmo tempo eu desfrutava de um prazer incrível, Cody chupava, lambia e dava mordidas. Mas as mordidas eram tipo: ele passava a língua e depois mordia de leve, nem prendia a pele.Arranhei suas costas forte porém rápido, ele percebeu e me tirou a calcinha. Eu não conseguia parar de olhar para sua parte de baixo, tirei sua cueca e agora que não consigo mesmo. Ele me beijou e nesse momento se preparou. Penetrou. Parou o beijo. Foi ao pescoço. Quer me fazer enlouquecer. Me deu chupões. Eu aguentei até certo ponto mas depois arranhei forte suas costas até ele se contorcer, isso só ajudou para ele "ir mais fundo".
- Cody, que droga.
- Fica quietinha aí, moça. -ele disse no meu ouvido e as coisas pioraram. Ficamos nisso um bom tempo.
- Ô casal aí. -Math bateu na porta.
Cody me olhou a gente riu. Ele parou.
- Math, eu vou tomar banho agora. -eu segurei a risada. Levantei e Cody veio atrás de mim, me parou para um beijo e depois me pegou no colo e penetrou de novo.
- Eu não vou nem falar nada. -ele disse e não ouvimos mais sua voz quando entramos no banheiro. As coisas continuaram em baixo do chuveiro.
~POV Cody~
Coloquei ela contra a parede e fiz movimentos...
~Seu POV~
Caralho, Simpson! Ou você vai ou você fica.
- Porra, Cody...
- É só o começo. -ele disse em meu ouvido mais uma vez.
~POV Cody~
Vi que ela ficou arrepiada. Tirei seu cabelo do rosto para que eu pudesse beijá-la devagar. Segurei em sua cintura que agora estava mais fina do que antes e percebi ela estava consideravelmente mais leve do que antes. Coloquei-a no chão e preferi não pensar nisso agora. Tomamos outro banho.
- Pêlo de menino fica nojento molhado. -ela disse olhando pras minhas pernas.
- De menina também. -disse à ela fazendo o mesmo.
- MAS ONTEM EU... -ela ficou revoltadinha, eu puxei sua cabeça para meu peito e disse:
- Eu tô brincando! -dei muita risada e dei um beijo na sua cabeça.
- Idiota!
Ela ficou brava, tomamos banho em silêncio. Depois que saímos e estávamos só de toalha eu a abracei.
~Seu POV~
- Só solto quando me perdoar. Mulher, eu tô vendo que você não tem pêlo nenhum! -quis rir.
- Palhaço! Tenho que perdoar né.
Nos deitamos e ele me abraçou por trás. Eu tentava achar uma posição boa pra ficar.
- Cody, você tá de...
- Claro, você fica se mexendo e rebolando essa bunda!
- Parei. Quero dormir. Sério.
- Tá bom, não precisa ficar nervosinha. -ele me deu um beijo no pescoço.
- Boa noite.
- Eu tô do seu lado. -ele respondeu- Te amo.
- Eu também. -falei baixinho.
No outro dia acordei, ele ainda dormia. Deitei em cima dele, que logo acordou.
- Bom dia, amorzinho.
Ele segurou em minha cintura.
- Bom dia. -lhe dei um selinho- O que aconteceu? Cê tá fofa.
- Acordei com você! -falei algo fofo num tom de grosseria.
- Mais ou menos. -ele riu.
Nos beijamos várias vezes. Um beijo demorado e mil selinhos.
Tomamos banho, nos vestimos, comemos e fomos para a escola com o carro dele. Todos chegamos juntos mais uma vez, sempre estacionávamos um ao lado do outro.
- Você acordou tarde mas a mamãe disse que a gente vai daqui 3 dias pra lá. -disse Math.
- Pra onde? -perguntei.
- PRA TUA ORIGEM, MULHER!
- Ah, verdade. E vocês têm que dar um jeito de ir.
- Sério mesmo? -Jake perguntou.
- Sim!! -respondi enquanto Cody segurou minha mão.
Tívemos aula normal.
~POV Cody~
A (SeuApelido) tá tão feliz hoje que se ficar mais, estraga.
Entramos na sala e até pra Abby ela sorriu. Depois da aula ela dormiu a tarde toda e eu fiquei acordado em seu quarto observando. Ia dar 06:15. Sai em silêncio e fui pra minha casa, peguei meu violão. Voltei, espero que ela não fique brava por eu acordá-la assim.
Comecei a tocar e cantar "Awake All Night" da melhor forma que conseguisse. Até o primeiro refrão ela dormia da mesma forma.
Se mexeu apenas depois disso e foi acordando. Eu estava vendo de longe, sentado na cadeira da mesa do computador e todas coisas dela. Me olhou sorrindo e se espreguiçando. No final da música ela veio até mim e me beijou.
CONTINUA?
PQP TA MUITO PERFEITO CARA, VC N TEM IDEIA, ACHO QUE DEVERIA ESCREVER UM LIVRO DESSA FANFIC PQ JESUS VC N TEM IDEIA COMO EU TO AMANDO
EU TO VICIADA MAS DO DROGA CARA CONTINUA POR AMOR DE DEUS EU TE AMO MAY, AGRADEO A DEUS POR VC EXISTIR PQ PQP
CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA bjão