Capítulo 240 - CALMARIA
{...} A noite é fria, escura e silenciosa. Exceto pelo fogo que faz ficar quente, clara e suas chamas gritam enquanto vão correndo cada vez mais rápido...

  ~POV Math~

- Faaaala, moleque. -disse ao atender o telefone.

- Cadê a sua irmã que não atende faz umas 3 horas? -perguntou Cody.

- Ela saiu de tarde e ainda não voltou.

- E você sabe pra onde ela foi?

- Não, mas ela tava meio mal e saiu por aí. Pra onde ela poderia ter ido?

- Boa pergunta.

- Você é o namorado dela!

- VOCÊ É O IRMÃO!

- Tá, tá bom, quando eu vi ela já tinha saído, ela não pode ter saído, ela tava...

- É, com vontade, mas tá, vamos pensar.

- Pensar? Eu não faço tanto esforço assim, to ligando pra Ruby, aguenta aí.

  Liguei e pedi pra ver se ela conseguia encontrar os pensamentos da minha irmã em algum lugar.

- MATTHEW, POR QUE VOCÊ DEIXOU ELA SAIR? ELA TÁ PENSANDO QUE VAI MORRER!

- AONDE ELA TÁ AONDE?

- NÃO SEI! Calma, calma, ela tá no letreiro!

- QUE?!

- AQUELE NEGÓCIO ESCRITO "HOLLYWOOD" BEM GRANDE.

- ISSO! NÃO SEI QUAL A NECESSIDADE DE FALAR PALAVRAS DIFÍCEIS PRA MIM!

~POV Cody~

  Ruby, Math e eu fomos até o letreiro.

- (SEUAPELIDO)?! -Math já foi gritando.

  Chegamos lá e havia muito fogo, não que fogo seja algo contável mas enfim, ficamos em desespero e Ruby logo chamou os bombeiros.

- ALI! -eu disse a vendo em cima de umas pedras.

- Segura meu celular. -disse Math.

- TÁ DOIDO?! VOCÊ NÃO VAI LÁ!! -eu disse.

- Fogo pra mim não é problema.  -ele disse e foi.

~Seu POV~

  Eu pensei que ia morrer. Sério. Sem celular, sem ninguém por perto (o que é raro por aqui) e cada segundo que passei aqui antes do meu irmão aparecer eu só pensava o quanto odiava Abby ainda mais por isso.

- (SeuApelido), por que você não saiu daqui? -Math perguntou.

- Meu pé tá preso.

- Como?

- A Abby!

- Por favor, não faz essa voz fraca.

- Essa fumaça tá me sufocando! Me ajuda, rápido, rápido!

- Você não conseguiu tirar?

- TENTA VOCÊ ENTÃO MEXER ESSA PEDRA!

  Ele segurou minha perna.

- No três você puxa. -ele disse.

- Tá. -eu disse respirando fundo mesmo no meio desse cheiro forte.

- Um...dois...três! -puxei e ele ajudou com as mãos.

  Até comemoraria se tivesse fôlego. Segurei em sua mão e passamos por onde dava, ele quase não se irritou por eu ter ido devagar pelo fato de estar mancando.
  Entramos no carro de Math e ele saiu dirigindo muito rápido. Cody foi atrás comigo.

- Tudo bem? -ele perguntou- Não quer passar no hospital?

- Não. -respondi- Eu to bem, acho que tá doendo porque ficou muito tempo parado, já já passa.

- Certeza? -Math perguntou.

- Sim. -eu disse com a cara pra fora- Tomar esse ar já tá melhorando.

- Teimosa sempre. -disse Ruby- Mas tenho certeza de que você está bem.

- Viram? -eu disse- Então pronto. Vocês vão se irritar se até chegar em casa eu dizer que odeio a Keep com todas as forças?

- O que ela tem a ver com isso? -Cody perguntou.

- Foi ela quem acendeu um cigarro, jogou por ali e foi embora.

- Não acredito. -Cody respondeu.

- Claro, você só ama ela agora. -respondi- Se bem que o que você disse sobre ela é verdade. Eu cheguei lá e ela queria se jogar lá do alto.

- Não sei por quê não se jogou. -disse Ruby.

- Isso mesmo, parça. -disse e estendi a mão, ela bateu.

- Pode ser a pior pessoa do mundo mas ninguém merece a morte, sério, não falem assim. -disse Math.

  Ruby e eu ficamos quietas o resto do caminho. Meu irmão parou na frente da casa de Cody.

- Oxe, não é aqui que eu vou parar não, moço. -disse Cody.

- É sim, tá pensando que vai se aproveitar da minha irmã só por  causa da situação? Desce.

- Eu te odeio. -disse Cody saindo do carro, rindo e olhando pro Math.

- Viu?! Sei bem das suas intenções.

- Tchau, amor. -eu disse.

- Tchau. -ele respondeu. Ruby aproveitou e desceu já que morava ao lado.

  Voltei pra casa com Math, ao chegar lá ele estacionou, abriu a porta pra mim, me pegou no colo e me levou assim até meu quarto.

- O que aconteceu? -ouvi a voz de Jeremy enquanto estava com a cabeça deitada no peito de Math ouvindo seu coração bater.

- Nada que seja da conta do gay.

  Abri os olhos e disse:

- Pede desculpa pra ele, senão eu vou ir ficar com ele e não com você.

- Desculpa. -disse Math- É uma longa história, depois te conto.

- Melhorou. -sussurrei e ele subiu as escadas.

  Entramos no quarto e com delicadeza ele me colocou na cama.

- Eu só quero dormir, minha cabeça tá explodindo. -reclamei, claro, eu tinha que reclamar.

- E o banho?

- Amanhã.

- Já.

- Não enche.

- Agora.

Acabei levantando e fui pro banheiro. Liguei o chuveiro rapidamente e me vesti.

- Tudo bem? -Math perguntou quando eu sai.

- Sim, a água quente até fez melhorar. -sorri me deitando.

- Não tá com fome? Você chegou da escola e nem comeu, e agora já é de noite.

- Eu to com tanta raiva que nem consigo comer. -levantei novamente- Carona. -segurei em sua nuca.

- Mas você disse que o tornozelo já tinha melhorado.

- Carona!

- Calma, to indo. -ele voltou a me segurar nos braços.

  Descemos e uma nova empregada me fez um negócio muito bom pra comer que eu nem sabia o nome. Math não pode evitar de comer também é disse à ela rindo:

- Finge que eu não comi à uma hora atrás.

- Tem que ser ele! -comentei.

- Ah, to nem aí, a mamãe me obrigou a entrar em aulas de jiu jitsu.

- Começou essas lutas que você nunca termina.

  No outro dia na escola chegamos todos atrasados e quando entramos na sala era aula do professor lá de literatura. Ele estava falando sobre coisas da vida.

- Meninas, quem aqui sonha em casar, ter filhos, ter um bom emprego...?

  Quase todas levantaram a mão, eu estava com o queixo apoiado nos braços que estavam sobre a mesa.

- Você não, (SeuNome)? -o professor perguntou.

- Não, é que eu só ainda não pensei nisso. -respondi- E pensei que não ia passar da adolescência. -disse baixo.

- E os meninos? -o professor perguntou e quase nenhum levantou a mão.

- Que menino quer casar? -perguntou Math. 

- Ai, começou... -disse à mim mesma baixinho.

- Tá todo mundo interessado na lua de mel. -ele terminou e eu ouvi gritos de macho pela sala.

- QUE ABSURDO! -mirei a borracha nas partes do Cody porque ele gritou também. 

- Ai, foi mal! -ele riu.

- Que idiotas. -Ruby sussurrou atrás de mim.

- Né, ai, até o Cody.

- E o Josh. Olha a cara da Alli! Coitada. 

- Se liga na Blair olhando pro Math. -ri.

- Foi mancada dele.

- É, até que eu tenho um pouco de dó.

- Cadê a Abby? 

- Nem me fale!

  Não reparei que já estava quase tudo quieto. 

- (SeuNome). -o professor disse.

- Oi! Desculpa. Não sou só eu que estou falando, por que implica comigo?!

- Você sabe o motivo. -ele disse sério- E eu não chamaria de implicar. 

  A aula continuou e como meu irmão não sossega, não consegue ficar sentado por 50 minutos foi umas duas vezes até o lixo apontar o lápis. 

- Math. -o professor o chamou, DEU PRA IMPLICAR COM TODO MUNDO, FOI, HOMEM?

- Que?

- Por que você tem uma tatuagem com o nome da sua irmã?

  Math passou a mão na nuca e respondeu ainda em pé batendo na borda do lixo o apontador:

- Porque eu só amo ela e ela e ela é a única mulher da minha vida. 

  Eu coloquei a mão no rosto, morri de vergonha e senti minhas bochechas queimarem. O pior é que ele disse numa naturalidade.

- Calma, Alli, eles são só irmãos! -zoou Cambo e Ruby foi na dele.

- Que engraçado vocês! -disse Alli e a sala voltou a ficar a maior bagunça.

  Na hora do intervalo eu não pude deixar de reclamar daquele professor. 

- Eu to começando a pegar raiva daquele homem.

- Eu não consigo prestar atenção na aula, ele é muito gato. -disse Ruby. 

- Tava demorando... -disse Josh e Cambo concordou.

- É verdade. -disse Alli. 

- Se ele é ou não é, o que importa é que é muito chato! Viram que ele só implica comigo?! -perguntei.

- E comigo. -disse Math. 

- Você provoca, é diferente. -disse Cody rindo.


- Ainda bem que o resto da semana não tem aula com ele. -disse.

- Mas ainda tem a próxima. -disse Joel.

- Só mais um ano de escola, ainda bem! -falei.

- Vocês já sabem o que vão fazer de faculdade? -perguntou Alli. 

- Nada. -respondeu meu irmão. 

- Já era de se esperar. -respondeu Cody. 

  Voltamos para a sala e eu abaixei a cabeça pra dormir. O homem começou a dar aula normalmente até eu escutar "Wiggle".

- Desculpem, é o meu celular. -ele disse.

- Tá zoando?! -disse Math. 

- A diretora não pode saber disso nem... -o professor disse.

- Espero que saiba. -falei até perceber que foi alto demais, levantei a cabeça- Desculpa. -disse na cara dura.

- Depois da aula quero falar com você. 

  Alli riu da minha cara e eu quase explodi. O lápis da Blair caiu do lado fechado da carteira, ela deu toda volta e pegou.

- Pedir pra alguém pegar pra quê, né? -perguntou Math e a caneta dele caiu, eu ri. Não que ele a usasse pra alguma coisa mas tudo bem- Pega pra mim?

- Não. -ela sorriu e voltou pro lugar.

  Eu ri da cara dele, mereceu. Ao fim da aula tive que ir lá fora com o professor. Quase que dormi de tanto que ele falava.

- Vou ter que falar com os seus pais?

- Fala. -dei de ombros.

- Como? Menina, vê se me respeita!

- Você é um professor que super merece respeito, né? Pelo menos meu toque não é "Wiggle".

  Ele ficou bravo e começou a rodar a aliança na mão esquerda. 

- Já é casado? -perguntei.

- Sou. Você e seu irmão precisam de um pouco mais de respeito.

- E por que também não chamou ele aqui? -cruzei os braços- E se vai chamar meus pais pra reclamar disso, chama à vontade, eles nunca estiveram em casa mesmo pra nos dar respeito. Com licença, eu tenho outras aulas pra assistir e você pra dar. -entrei e meus amigos começaram a me olhar até eu sentar.

  Fiz um sinal até me sentar dizendo que ele fala muito.

- Acho que vou começar a zoar só pra ele me chamar toda hora. -disse Ruby colocando a mão no peito e afundando na carteira.

- Ela nem zoa, isso é perseguição. -disse Cody.

  Depois da aula fui andar de bicicleta com as meninas.

- Aonde os meninos estão? -perguntou Ruby.

- O Joel tinha dito que ia não sei aonde, né? -perguntei e Alli concordou- E os outros foram andar de skate, sei lá. 

- Essa é a boa namorada que não sabe nem o que o mino dela tá fazendo. -disse Ruby e riu.

- CLARE! 

- Calma! Eu só tava zoando, ele está com os meninos sim e aposto que não estão fazendo nada de mais.

  Meu celular começou a tocar no meu bolso.

- Nem eu trouxe o celular! -disse Alli- Achei alguém mais viciada.

  Tirei o celular e parei a bicicleta. Disse à elas que podiam ir. 

- Mike! O que você quer? -disse quando reparei que elas não foram e ficaram aqui também paradas me olhando de boca aberta.

- Te ver.

- Não! Não, não, não! Eu não posso. Pra quê? 

- Preciso te ver. Sério. 

- Eu não vou! -disse isso apenas porque sabia que ele não faria nada comigo. 

- Ok. 

- Só isso?

- O que? Quer que eu implore?

- Não, deixa pra lá. -ele desligou e e eu fechei os olhos antes de ouvir a maior bronca.

- Você tá brincando, né? -perguntou Alli.

- Não era o Bentler. 

- Era sim! -disse Ruby num bom tom de voz.

- Ele não vai fazer nada, eu hein. 
- Não? Vamos esperar ou o que? -perguntou Alli.

- Deixa ele. Ele quase morreu dentro daquela...

- Tinha que ter morrido. -disse Alli.

- Não, não fala isso. -disse Ruby, acredito que lembrando do que meu irmão havia dito uma vez- Mas você não pode falar com ele!

- Tá, tá bom, tchau pra vocês. -disse e desci a rua sem pedalar.

  Voltamos pra casa, eu tomei banho e dormi até a hora de meus pais chegarem. Era umas 22.

  23:30 minha mãe já começa a ficar pendurada no celular. Ela parecia desesperada e saiu junto com meu pai.

- O que será que aconteceu? -perguntou Peter que estava sentado no sofá junto à mim e Math.

- Sei lá. -respondi. 

- Pois eu vou ficar acordado até eles voltarem. Quero saber. -disse Math. 


- Curioso desde sempre, credo. -eu disse.

  Pois é, a notícia chegou às 2 da manhã da pior forma possível:

- Você vai terminar com o Cody e eu não quero ninguém aqui junto com aquela família. -disse nossa mãe. 

- Não vou não. -respondi- O que aconteceu?

- Voltamos mais cedo e Brad e Angie ficaram lá...

- Eu nem sabia que eles ainda trabalhavam com vocês... -disse Math. 

- Nem eu. -disse Peter.

- Vão dormir. -disse nosso pai. Eu fui batendo o pé. Meu celular tocou e eu atendi na hora vendo que era Alli.

- (SeuNome)! O que foi isso? Por favor, fala com seus pais, os meus não fizeram nada! -ela disse chorando.

- Alli, eu não sei o que aconteceu! Meus pais chegaram estranhos e disse que não queria mais que ficássemos perto de vocês!

- Eu sei lá quantos carros lá de luxo foram roubados e como meus pais estavam lá até a empresa fechar seus pais estão culpando os meus e eles estão presos!

- QUE?! Alli, seus pais jamais fariam isso!

- Eu sei! E foi depois de eles terem fechado que roubaram! E seus pais estão bravos porque perderam 57 milhões com isso!

- ...

- (SeuApelido)?

- Espera um pouco, depois te ligo.

  Desliguei com a raiva já entrando dentro de mim. Sai do meu quarto e fui até uma piscina fechada da casa onde ninguém poderia me ouvir. Liguei pro Mike. 

- Oiii. -ele respondeu todo animado.

- COMO FOI QUE VOCÊ FEZ ISSO?

- Isso o que? -ele disse segurando a risada. 

- NÃO TEM GRAÇA! OS PAIS DA MINHA MELHOR AMIGA E DO MEU NAMORADO ESTÃO PRESOS E VOCÊ ACHA ENGRAÇADO? ELES TÊM UM FILHO PEQUENO!

- Se fosse uma pessoa normal, seria como perder um dólar. 

- Eu acho que você não entendeu que o dinheiro não é o problema. -disse entre dentes. 

- Da próxima eu roubo mais, pode deixar.

- DA PRÓXIMA? MIKE, ME FALA ONDE ESTÃO...

- Os carros? Poxa, nem existem mais, mas se existissem, ia fazer o que? Contar pra eles? E não iam duvidar de você? 


- Ah, olha a minha cara de quem ia roubar os meus pais. Pra quê? Ia falar que foi você! 

- Ia? Eu só mexi com carros mas se você contasse mexeria com algo de muito mais valor. 

- Para de ser infantil, isso é por causa que eu não quis te ver? Me poupe.

- Sim, é.

- Você é inacreditável. Como você conseguiu tirar uns 20 carros sem quebrar nada, sem fazer nada?!

- Foram 16, eu acho. 

- QUE SE DANE!

- Se você não quiser que as coisas piorem, você vai me ver hoje à noite. 

- Aonde?

- Sabe onde tem um circo abandonado à anos?

- Eu te odeio. 

- Espera. Não fala isso porque machuca. -ele disse rindo e eu desliguei.

  Liguei pra Alli de novo e ela não atendeu. Voltei pra cama e claro, não consegui dormir. No outro dia minha mãe veio me acordar. 

- Já to acordada. -eu disse. 

- Levanta.

- Pra quê? Eu não vou pra escola, sem papo.

- Vai sim, e vai agir como se nada tivesse acontecido.

- Mãe, os pais do meu namorado estão presos por sua culpa e você quer que eu vá lá como se nada tivesse acontecido? 

- Ainda não terminou?

- Não e nem vou. Mãe, você sabe que não foram eles!

- É o mais provável. 

- Pensa, o Mike fugiu da cadeia, caso você tenha esquecido, eu já namorei com ele e você acha que ele não faria nada pra se vingar? Eu que denunciei ele pra ele ser preso!

- Não. Faz tempo que Los Angeles tava calma. Foram os pais desse seu namorado aí. 

- Você tem provas? A Alli me ligou falando que os pais dela já estavam em casa antes desse roubo acontecer!

- Levanta, se troca que eu vou te levar pra escola. -ela saiu e eu me arrumei. Que raiva.


  Chegamos na escola e Math estava...eu não consigo nem descrever, mas com raiva sei que também estava. Desci do carro já preparada pra ouvir pessoa cochichando e lançando aqueles olhares.
  É, pensei certo, foi assim mesmo que aconteceu, quando vi Cody e Alli, fui me aproximando e meu coração batia mais rápido.

- Oi. -eu disse.

- Que é? -Cody perguntou.

- Não me culpa, eu não fiz nada!

- Nasceu daquela mulher e daquele homem. -ele disse e bateu o armário com força. 

- Eu sei que não foram os seus pais!

- Não brinca.

  Eu realmente não sabia o que falar, o sinal tocou e entramos na sala em silêncio. Cody não falou comigo o dia todo e as vezes que Alli tentava eu não sabia o que responder. Pedi pra conversar com Cody depois da aula e fomos até a casa dele.

- Não fica assim, eu não fiz nada! Eu até falei com a minha mãe. Ela disse pra mim terminar com você mas eu não vou. 

- Você só tá pensado em você mesma!

- Não to! Eu gosto demais dos seus pais e quando eu disse pra minha mãe que não foram eles, ela me ignorou. 

- É, e até quando vou ter que esconder do Tom?

- Vai dar tudo certo.

- Desculpa ter ficado com raiva de você. 

- Eu prometo que vou fazer alguma coisa. 

- Se comprovarem que foram mesmo meus pais, eu vou ser expulso da escola.

- Você não vai.

- Acontece que se os seus pais quiserem eles até me prendem!

- Não. -olhei pra ele que estava super triste. 

- Deita aqui. -ele disse batendo na cama e eu deitei.

  Deu 19:00 e eu disse que tinha que ir. Claro que tinha, antes que Mike desse a louca de novo.
  Cheguei em casa, coloquei o celular pra carregar e fui tomar banho. Não sei porque meu coração estava à mil. Será que está começando a crescer medo dele dentro de mim? Duvido muito, mas vai saber. Desliguei o chuveiro e me vesti. Coloquei uma meia calça preta, uma saia de couro, um salto alto fechado, uma blusa branca escrito "LA" em preto e uma jaqueta preta. Bom, tudo preto. Deixei o cabelo solto, peguei meu celular e fui andando pelos becos até chegar no tal circo abandonado. Era horrível, haviam lonas caídas pelo chão, madeiras com palhaços assustadores pintados, coisas de acrobatas espalhadas, fotos dos principais personagens sorrindo... Não estava frio, mas o vento gelado me fazia tremer. Estranho.

- Não acredito que você veio. -ouvi uma voz grossa atrás de mim, pulei de susto discretamente e virei.


- É, eu não deveria ter vindo.

  Ele estava com uma calça jeans escura, uma camiseta preta e um vans da mesma cor.

~POV Cody~

  Depois que a (SeuApelido) disse que tinha um compromisso, todos nossos amigos vieram dar apoio à mim e à Alli. 

- Você perguntou aonde a sua namorada foi? -perguntou Joel.

- Não. -respondi- Eu deveria?

- E como! O Bentler obrigou ela a ir vê-lo.

- O QUE?! -perguntamos todos juntos. 

- Qual? Fala que é o Lucas... -disse Ruby. 

- O Mike. Se eu não conhecesse o lugar jamais saberia onde é. Eles estão naquele circo que pegou fogo há anos. -disse Joel. 
  Math e eu nos olhamos e fomos os primeiros a sair. Chegando lá estávamos atrás de umas árvores tomando certa distância deles. Alli e Ruby não deixou ninguém ir pra cima porque disseram que não ia adiantar nada. O pior que é verdade mas eles estão próximos demais!

~Seu POV~

- Tá, fala logo. -eu disse.

- O que?

- O que você quer, ou vai falar que quis me ver porque estava com saudade? -disse irônica. 

  Ele não respondeu e eu esperei pacientemente pela resposta.

- Estava. 

- Eu não. -respondi. 

- Eu imagino, você tem o Cody, né.

- Você parece um menino falando.

- Você que faz isso comigo.

- Tem tanta mulher pra você gostar, solteira e que não seja dez anos mais nova que você. 

- Ah, fácil. Só você foi doida o suficiente pra passar um tempo comigo.

- Era só isso? Se é que é onde você quer chegar, doa o que doer que eu vou continuar com o Cody. 

- NÃO VAI!

- Não grita comigo. 

~POV Cody~

  Ela disse na maior tranquilidade, não sei como não tem medo desse cara.

- Desculpa. -ele respondeu com o rabo entre as pernas.

- Por que você tá ligando pra isso agora? Você mesmo disse uma vez que a gente não podia ficar junto porque eu ia sofrer por causa da sua certeza que um dia morreria da pior forma possível. E outra, você prometeu que nunca me machucaria. Você matou tanta gente, fez tanta besteira mas...


- Eu só fiz isso...

- Pra conseguir o que queria, ótimo, aqui estou eu. E agora? Como faz pra tirar os pais do Cody da prisão? 

- Eu não vou me entregar de novo.

- Como assim foi ele?! -sussurrei. 

- Cala a boca! -disse Ruby mas eu não conseguia, a raiva era grande.

- Vai fazer o que? -ela perguntou.

- Aquele cara que te sequestrou vai se entregar. -disse Mike.

~Seu POV~

- É bom mesmo. -respondi.

- Você gosta de provocar, né?

- Você gosta de fumar, né? -perguntei ao vê-lo tirar um e começar a fumar.

- Eu fiquei meses dentro daquele lugar sem poder fazer nada. Quase que morro de abstinência, e você também gostava. Até agora estava tentando não fazer isso na sua frente.

- Ah, vai falar que é por que se importa?!

- Sim, você quase morreu. 

- Eu vou embora.

- Não vai.

  Cruzei os braços. 

- Mike, eu não quero ficar com você em nenhum dos sentidos e muito menos estar aqui. 

- Você não tem medo mesmo, né? -ele se aproximou- Os pais do seu namorado estão presos e se eu quiser eles vão continuar lá, eu disse que ia começar a atingir as pessoas que você ama e isso não foi nem o começo, imagine se o seu irmãozinho fresco é sequestrado e tratado da pior forma possível? -ele disse se referindo ao Math- Ele não aguenta um dia, e imagine o Justin, coitadinho, tão pequeno...espero que você não esqueça que de quase trezentos assassinatos, uns cinquenta foram de crianças. 

- Isso tudo pelo motivo de você não ter ninguém pra ficar com você? Tenho dó.

- ...

  Ele estava tão perto, o pior que junto com aquela fumaça com aquele cheiro que...

- É exatamente por isso.

~POV Cody~

  Bentler soltou a fumaça dentro da boca dela por breves 2 segundos e a puxou para um beijo. Nessa hora todos me olharam eu não aguentei, Alli me segurou e antes de eu conseguir me soltar, (SeuApelido) parou. Não sei o que foi pior, talvez tenha sido ele ficar fumando perto dela, tive medo de ele levar ela pro mau caminho de novo.

- Eu não vou fazer isso, nem que eu quisesse. -ela disse.

- Vai por bem ou mal. -ele puxou a arma e colocou na cintura dela. Meu coração pulou quando ouvi o barulho do gatilho.

- Você disse que... -ela tentou.

CONTINUA? FAZ TEMPO QUE EU NÃO POSTO E POR ISSO POSTEI ESSE ASSIM MESMO, TÁ RUIM MAS ACHO QUE TUDO BEM. MENINAS, OBRIGADA PELOS COMENTÁRIOS DO 239 :')
Saturday 16 August 2014 @ postado Saturday, August 16, 2014
3 Comments:
At 16 August 2014 at 14:50 , Blogger Unknown said...
Sua gata, perfeita, maravilhosa, continua porque ta perfeito! 

At 16 August 2014 at 20:01 , Anonymous Anonymous said...
Continuaaaaaaa jovemmmmm, tá ótimo!!! 

At 17 August 2014 at 09:00 , Anonymous Anonymous said...
TA BOM SIM CONTINUA LOGO