CAPÍTULO 260 - CHICAGO
(...)
~SEU POV~
Voltei pra casa com muita raiva. Math estava no sofá e disse alguma coisa que nem me importei.
- (SeuNome), volta aqui! -ele disse.
Não falei nada e bati a porta do meu quarto mas ele entrou.
- Sai. Daqui. -virei.
- O que aconteceu? Eu te fiz alguma coisa?
- Fez, sim. Nasceu!
- Como?
- Matthew, por que você fez isso com a Ruby?
- Não acredito que você tá assim só por causa disso.
- SÓ? Eu nem sei como ela está mas aposto que muito mal e aposto certo que você não tá nem aí.
- A culpa é dela que mandou a foto pro Josh.
- E o Josh que te mandou isso e aí você mandou pro Cody?
- Não, estávamos mexendo no celular dele e vimos.
- Você não presta.
- Eu sei.
- Não, eu não tô brincando. Você não presta mesmo.
- Desculpa.
- Você não tem que pedir desculpa pra mim. -virei indo para o banheiro.
- Tá, eu vou falar com a Ruby e...
- Não, Math. -virei-me para ele- Você tem que pedir desculpas pra você mesmo, você é a pior que eu conheci em toda minha vida. -entrei no banheiro batendo a porta sem ligar se ele ficou triste ou o que seja ou não.
Mas eu sei que ele ficou, eu conheço meu irmão, mas ele mereceu. Liguei o chuveiro e tomei um banho demorado. Sai e ele não estava mais ali. Meu celular começou a tocar, era Ruby.
- Alô?! -perguntei desesperada- Tudo bem?
- Não, não tá tudo bem. -ela disse chorando- A Alli gritou tanto comigo, jogou tanta coisa na minha cara e eu ainda não acredito que o Math e o seu namorado fizeram isso.
- Ruby, o Josh também tem culpa. Não tô defendendo meu irmão e muito menos o Cody, acabei de brigar feio com os dois, mas a culpa não é só deles.
- É que...que eu continuo amando o Josh.
- Josh não é flor que se cheire e eu descobri que nenhum dos meninos são.
- Eu já sabia, mas isso?! Amiga, eu vou morrer.
- Não, não, não, não. -eu disse jogando a toalha em qualquer canto e entrei no closet- Aonde você tá? Ruby, o que você fez?
- Eu tô em casa.
Coloquei a lingerie.
- Tudo bem e o que você fez? -perguntei.
- Eu não quero te falar, você vai me achar louca. -ela disse chorando mais ainda.
- Ruby, eu sou sua amiga.
- Eu me cortei. Eu não consigo mais segurar o celular, eu tô tremendo.
- Ruby, calma. Eu tô indo aí.
Agora fui eu quem comecei a tremer, me vesti com a primeira roupa que achei e fui correndo para a casa dela.
Abri a porta do quarto e ela estava com um moletom cinza encostada na parede abraçando os joelhos.
- Ruby? -perguntei.
- Oi? -ela perguntou sem levantar a cabeça.
- Desculpa não ter te atendido ontem à noite.
- Tudo bem.
- Eu tô vendo que não tá tudo bem. -me aproximei.
- Eu me sinto horrível.
- Horrível foi o que eles fizeram, não é culpa sua.
- O pior de tudo é que eu me sinto suja por ter ficado com o Math. Eu traí minha melhor amiga.
- Eu não tô contando pontos pra mim, mas se ela fosse sua amiga estaria aqui. A Alli não entende que a culpa não é sua, é do meu irmão. O Math é um galinha e todo mundo sabe disso.
- Eu disse que não queria, mas ele me agarrou.
- Mas e depois?
- Não. Não foi contra a minha vontade, isso que é o pior.
- O Math tem isso de conseguir... Olha, não importa.
Ruby não respondeu e deslizou os braços pela canela, vi o sangue manchando sua calça.
- Ruby, sua mãe sabe disso? Você quer ir no médico?
- Não! Não conta pra ela! -ela levantou o rosto para me olhar- Me abraça. -ela disse.
Não questionei e a abracei sem se importar se a minha roupa também ficaria manchada ou não.
- Quer que eu ligue pro Josh? -perguntei.
- Pra quê?!
- Eu sei que no fundo ele também gosta de você do jeito que você ama ele.
- Ele não gosta mais de mim.
Peguei meu celular sem parar o abraço e o liguei.
- O que você quer? -ele perguntou.
- A Ruby tá morrendo. Ela precisa de você aqui, se você ainda ama el... -ele desligou.
- O que ele disse? Ele desligou, né? -Ruby perguntou.
- Esquece ele. Foi a última tentativa, o Josh não vale à pena.
Ela começou a chorar mais, me deu tanta pena que quase chorei junto, só não o fiz porque pensei que ela ficaria mais fraca desse jeito.
- Eu não quero esquecer! -ela disse- Eu amo o Josh e se ele não me ama, eu não quero viver assim, não quero viver se ele.
- Ruby, antes de falar que eu te amo também, eu quero te pedir desculpas. -ouvi uma voz masculina atrás de mim, parei o abraço e me virei. Era Josh.
Levantei e sentei na cama de Ruby. Josh aproximou-se dela e eu presenciei uma das cenas mais fofas da minha vida. Eles conversavam em sussurros.
- Eu te amo. -ele disse colocando o cabelo dela que caía sobre o rosto atrás da orelha- Eu sinto muito muito muito muito mesmo. Eu não sei o que aconteceu comigo quando disse todas aquelas coisas horríveis pra você, mas nenhuma delas era verdade.
- Você disse como se fosse.
- Mas não eram, me perdoa. -ele fez uma pausa e segurou os braços dela- O que foi que eu fiz? -Josh pareceu perguntar a si mesmo.
- Não foi você. -ela puxou os braços e ele a beijou sem mais nem menos. Não demoraram muito, foi só um selinho. Josh a abraçou e levantou- Desculpa.
- Tudo bem. -respondi.
- Você se importa? -ele virou-se para Ruby.
- Não -Ruby respondeu.
Levantei e ele me abraçou. Fiquei na ponta dos pés para isso.
Ficamos a tarde e metade da noite tentando animá-la. Até que deu certo, estava sentando falta desse Josh palhaço de dois anos atrás.
Cheguei em casa às 22. Meus pais já haviam chegado e estavam comemorando alguma coisa na sala de jantar. Sentei.
- O que foi? -perguntei. Todos meus irmãos estavam por lá também.
- Filha! -minha mãe disse animada, quase que respondi "falsidade!"- Nós compramos a Ferrari.
- Que? -sussurrei para Peter ao meu lado- Eles não têm uma empresa de carros, precisam comprar, como assim?
- Idiota! -ele riu- Eles compraram a montadora.
- Ah, mudou minha vida. -bufei.
- E semana que vem vai ter um evento de inauguração em Berlim e você -minha mãe apontou pra mim- e você -pro Math- vão também.
- Pra quê?! Essas coisas são chatas demais. -disse Math.
- E nosso aniversário é semana que vem! -eu disse.
- Vai ser na sexta-feira. -nosso pai disse.
- E NOSSO ANIVERSÁRIO É NO SÁBADO! -dissemos juntos.
- Vai dar tempo. -nossa mãe disse dando um gole em champanhe- Não gastamos milhões à toa.
- Mas foi à toa. -disse Jeremy- Provavelmente eles vão ficar bêbados, não vão lembrar da festa depois e muito menos agradecer vocês.
- Igual todos os seus filhos fazem. -disse Peter enfiando comida na boca.
- Já acostumamos. -disse nosso pai.
- Eu não quero ir. -disse Math reclamando- Aliás, vão inaugurar o que?
- Um carro, seu otário. -disse Justin.
- Espera aí, como é que é? -perguntou Math.
- Eu sou mais inteligente que você e só tenho 6 anos! -disse Justin batendo na mesa.
- Mesmo se tivesse menos que isso ainda seria mais inteligente. -disse Peter.
- Enfim, vão mostrar que carro? -perguntei.
- Uma Bugatti que vão usar no próximo filme do Transformers. -disse nosso pai.
Mudou minha vida de novo, terminei de comer e subi. Math fez o mesmo.
- Quer dormir junto hoje? -ele perguntou.
- Por acaso você esqueceu do que fez hoje? -fiz uma pausa- Não, não quero! Hoje eu vou dormir sozinha.
- Eu já falei com a Ruby. Eu já falei com a Alli, eu já falei com todo mundo. A Ruby me desculpou e uma hora dessas eu deveria estar com a Alli que é a minha namorada por ter feito uma coisa dessas com ela, mas não, eu só quero passar um tempo com a minha irmã mas dessa vez ela não quer. Saiba que quando você reclamar e vir chorar que eu não fico com você, eu não vou ouvir.
- Tá bom. -deitei e ele deitou comigo- O que você disse pras duas?
- Pra Ruby eu pedi desculpas sinceras porque de verdade eu não sabia que ela ia ficar desse jeito e pra Alli eu menti só um pouquinho.
Revirei os olhos, ainda bem que ele não viu, porque a luz estava apagada.
- Um pouquinho? Sei. Eu não perdoaria, mas ela gosta muito de você.
- Ah, não perdoaria? Quantas traições do Cody você já perdoou?
- Não se mete na minha vida quando o assunto é ele. Não quero falar daquele ser.
- Tudo bem. -ele me abraçou- Então vamos falar mal dos nossos pais e o quanto não gostamos deles.
- Mano, eu tô com tanta raiva disso, eles só nos chamaram pra esse evento pra gente passar vergonha.
- Eu acho que eu deveria pedir a nova Bugatti como recompensa.
- Só tem duas no mundo, acha que eles vão dar uma delas pra você? A pessoa mais irresponsável no volante? Ah tá! -ri.
- Só tem duas no mundo e eles têm as duas, ué.
- Math, não sonha muito, não. -fiz uma pausa- Deixa eu só te perguntar uma coisa: você chamou o Justin pro nosso aniversário?
- Qual Justin?
- O Bieber.
- Sim, seria falta de educação não chamar.
- Não vai prestar.
- Por que?
- Ele gosta de se intrometer na vida dos outros e quando ele tava quase me agarrando porque estava muito bêbado...
- Espera, ele fez o que? É por isso que o Cody não gosta dele?
- É. -respondi.
- Que coisa, amiga. -ele fez uma voz fina.
- Depois fala do Jeremy. -comecei a rir.
- EU OUVI! -disse Jeremy batendo na porta e depois riu- E PAREM DE FALAR DE MIM SENÃO EU VOU BEIJAR O MATH!
- SAI DAQUI, SUA BIX... -coloquei a mão na boca do Math.
- Deixa pra lá. -eu disse.
- Eu tô com tanta raiva do papai e da mamãe que vou deixar quieto mesmo. "Ai, a gente comprou a empresa da Ferrari". -ele disse fazendo uma voz fina- Que bom, né. Eles tiraram dois mil da minha mesada mas têm dinheiro pra comprar uma empresa inteira, isso não fica assim.
- Mas irmãozinho, vamos combinar que nem mesada você merece. -disse rindo.
- Dorme! -ele disse.
(...)
No outro dia, no caminho da escola Math não parou de reclamar, até que eu reclamei junto com ele. Chegamos na escola, entramos na sala de aula e jogamos a mochila em nossa carteira.
- Opa, calma aí! -disse Cody- Os gêmeos estão estressados hoje por que?!
- Porque nossos pais fazem de tudo pra estragar a nossa vida. -disse Math um pouco mais calmo.
- ELES COMPRARAM A FERRARI, EU NÃO SEI PRA QUE!!! -disse batendo na carteira em que Cody estava sentado.
- Pera, pera, pera, pera. -disse Jake- O QUE?!
- Eu tava assistindo tv ontem com a minha mãe e vi. -disse Josh.
- Como assim? No ano passado a empresa tava avaliada em mais de 3 bilhões de dólares. -disse Ruby de boca aberta.
- ENTÃO! Me fala pra que?! -disse Math, reparei que metade da sala estava vendo nosso escândalo- Eles podem comprar as coisas pra eles mas quando se trata de tirar 2 mil dólares da minha mesada é tudo numa boa, né?!
- Math, espera. Quanto é que você ganha de mesada? -perguntou Cambo- Fala sério, eu acho que nunca vou ver 100 mil dólares na minha vida, imagine 3 BI-LHÕ-ES.
- Você tá vendo 100 mil agora. -eu disse.
- Aonde? -ele perguntou.
- A minha aliança e do Cody foi 25 mil cada e o Math comprou a dela e a da Alli no mesmo lugar. -respondi.
- O QUE?! -perguntaram Cody e Alli juntos- TÁ QUERENDO DIZER QUE VOCÊ PAGOU 25 MIL DÓLARES EM CADA UMA?!
- Sim. -Math e eu sorrimos com aquela cara de "ferrou".
- Por que você não falou antes?! -perguntaram os dois- É sério, eu não posso ficar com isso. -eles disseram ameaçando tirar as alianças dos dedos.
- POR QUE VOCÊ NÃO FALOU ANTES QUANDO CUSTAVA? -perguntou Cody para mim.
- Você não perguntou. -respondi.
- Nem você. -disse Math à Alli.
- Eu achava que tinha amigos ricos mas nem tanto assim. -disse Josh.
- E sabe o que é o pior? Sexta-feira que vem vai ter um evento de inauguração de um carro novo da Bugatti que vai ser usada no próximo Transformers que a empresa dos nossos pais vão patrocinar em Berlim e nós dois fomos obrigados a ir. NOSSO ANIVERSÁRIO É NO SÁBADO! -eu disse.
- Deve ser legal. -disse Cody.
- A gente falou da parte que nossos pais vão estar lá? -perguntou Math.
- Se os convites não tivessem esgotado há 7 meses daríamos um jeito de levar vocês. -eu disse.
- SETE MESES?! -perguntou Joel e soltou um palavrão, até então ele estava quieto.
- Sim, ainda tem pessoas que por algum motivo comprar um convite que custa 67 mil dólares pra ver um carro. -disse Math sentando quando a professora chegou.
- POR PESSOA? -Cody perguntou.
- É. -respondi- E não tinha um lugar melhor? Berlim?!
- A Alemanha é o país mais rico da Europa. -disse Cody.
- Pois é. Pelo menos não é aqui nos Estados Unidos, eu odeio esse país, só tem gente fumada se achando o dono do mundo. -disse Math.
- Como é que é, (SeuSobrenome)? -perguntou a professora. A maioria dos alunos da sala eram americanos e também olharam com fúria para o meu irmão.
- Eu disse que receio esse país porque ontem a minha casa quase foi assaltada quando estava todo mundo. -respondeu Math.
- Ah tá. -a professora disse e virou-se para a lousa.
Cody, Alli, Ruby, Jake, Josh, Cambo, Joel, Math e eu começamos a rir.
- Eu quero arrancar aquela bandeira dali. -disse Math apontando pra bandeira dos Estados Unidos no canto da sala. Novamente a professora se virou- Eu queria ter nascido americano daqui.
Ela virou de novo, quanto tempo vai demorar pra ele sair da sala?
Depois da aula fui para o meu ensaio das líderes de torcida e Math para o treino de futebol, estamos odiando isso.
Voltei pra casa exausta, tomei banho e me vesti:
Desci e fui ficar com ele e meus amigos na sala. Pra melhorar quem aparece? Minha mãe.
- O que você tá fazendo em casa essa hora? -perguntou Math.
- Oi, Diana. -eu disse à secretária dela.
- Oi. -ela respondeu com algumas coisas nas mãos.
- Filha, eu trouxe alguns vestidos pra você escolher pra semana que vem. Odeio levar você na loja. -disse minha mãe.
- Eu sei, mãe. Também odeio sair com você. -disse sem tirar os olhos do celular- Tem que ser agora? Não...reparou que meus amigos estão aqui?
~POV ALLI SIMPSON~
A mãe deles parece uma barbie, tá sempre elegante em cima de um salto que nunca vou ter na minha vida e os vestidos e saias nem se fala.
Ela não tirou os óculos escuros nem pra olhar para os filhos.
- Sim, tem que ser agora. -a mãe dela respondeu.
A secretária colocou os vestidos no outro sofá, coitadinha, já não estava mais aguentando segurar tudo aquilo. Só tinha vestido da Dior, Gucci, Jimmy Choo e Lanvin. Calma, Alli, não pira por mais que sejam da Lanvin.
A secretária foi mostrando mas a (SeuApelido) nem tirou os olhos do celular.
- Não. -(SeuNome) respondeu.
- E esse? -a secretária perguntou.
- Não.
- Esse?
- Não!
- Esse?
- Muito brilho.
- E esse?
- Nunca!
- Esse?
- Não.
- Esse?
- Mãe! Foi você que escolheu tudo isso? -(SeuApelido) perguntou.
- Foi a incompetente da Diana, filha. -a mãe dela respondeu- Acha que eu tenho tempo pra ficar perdendo com você?
- Não sei, sua vida não me interessa. -(SeuApelido) continuou mexendo no celular.
- Como é que você não gostou de nenhum se não parou pra olhar? -perguntou a mãe dela tirando o celular de suas mãos, ela ficou brava.
- Visão periférica. -(SeuApelido) respondeu.
Eu ainda não acredito que a mãe dela comprou todos esses vestidos sendo que a (SeuApelido) só vai usar um!
~SEU POV~
- Tem mais algum, Diana? -perguntou minha mãe.
- Tem esse que foi desenhado pelo Valentino Garavani. -disse Diana levantando um vestido vermelho.
- Eca! -eu disse- Foi o que eu menos gostei.
- (SeuNome), ele é um dos maiores estilistas da atualidade. -disse minha mãe demonstrando impaciência. Ótimo, consegui o que queria.
- Atualidade? Fala sério, ele tá na casa dos 80! -ri- E já que ele é tão bom assim, vai lá colocar uma estrelinha na testa dele.
- Eu não vou deixar você fazer eu perder a paciência. -disse minha mãe- Eu volto à noite com estes vestidos e mais uns três. Passar bem, filha. -ela disse e saiu com a Diana levando os vestidos.
Math começou a rir.
- Eu te amo muito. -ele me disse estendendo a mão e eu bati- Mas ela levou seu celular, esperta.
- Pra falar a verdade eu gostei de todos os vestidos mas tirar uma com a cara dela faz eu ganhar o dia! -disse ainda rindo.
- O que vocês estão olhando? -perguntou Math para todos que nos olhavam com uma cara de...chocados?
- Se eu tratar a minha mãe desse jeito, ela me vira do avesso. -disse Cody.
- Fala sério, (SeuApelido), os vestidos eram lindos e ela não deve ter pagado barato neles. -disse Ruby.
- É, se você gostou de todos pelo menos escolhesse um. -disse Alli.
Controlei a risada, fechando a cara.
- Ela tá me obrigando a fazer uma coisa que eu não quero. -eu disse.
- Ela é a sua mãe! -disse Jake.
- Quem sabe? Ela foi contar pro Peter depois de 18 anos que ele é adotado. -respondeu Math.
- Vocês têm a cara dela, tenho certeza de que nasceram da barriga dela. -disse Josh.
- Tenho nojo só de pensar que fiquei tão perto assim dela. -disse junto com Math e começamos a rir.
- E na sexta-feira vamos ter que tirar foto com ela e o papai fingindo ser uma família feliz. -disse Math.
- Fizemos isso a vida toda. -respondi.
Eles continuaram nos olhando.
- Fala sério, não acredito que estão contra nós. -eu disse- Vocês ouviram o que ela me disse também! Que não tem tempo pra gastar comigo.
- É, e ela tá com essa secretária nova faz uma semana e vive xingando a mulher. -disse Math.
- Quando eu precisar fazer as unhas você tem que perguntar "quer elas redondas ou quadradas?". -disse imitando a minha mãe.
- Mentira que a sua mãe disse pra Diana falar isso! -disse Joel rindo.
- É verdade. -disse Math.
- Posso conversar com você? -Cody perguntou olhando pra mim.
Fiquei com vergonha, ele pergunta bem no meio da conversa, na frente de todo mundo!
- Sobre? -perguntei.
- Nós. -ele respondeu.
- Aww, que meigos. -disse Alli.
- Aí vai ver ele quer terminar o namoro. -disse Joel.
- Relaxa, seu sonho não se realiza tão cedo. -disse Cody para ele vindo até mim e me pegou pela mão.
Subimos para o meu quarto.
- Fala. -eu disse cruzando os braços. Com tudo que aconteceu com os meus pais até tinha esquecido que estava brava com ele.
- Desculpa. Eu já pedi desculpas pra Ruby também.
- Tá. -respondi- Você sabe que...
- Ela quase se matou, eu sei. -ele respondeu- Eu não vou brincar mais com isso de novo, não sabia que poderia chegar a esse ponto.
- É bom que você saiba mesmo. Mais alguma coisa?
- Eu agi com infantilidade fazendo isso.
- E que mais? -sorri.
- E eu te amo.
- Eu sei. Vem cá. -abri os braços e ele se aproximou me abraçando.
- Palhaça. -ele disse- Dá parabéns para os seus pais e boa sorte no evento de semana que vem.
- Meus pais já não gostam de você, se eu falar que você disse alguma coisa...
- Tava brincando. -ele riu- Posso te perguntar e dizer uma coisa? -ele parou o abraço.
- Pode.
- Eu não posso andar por aí com uma aliança de 25 mil dólares no dedo.
- Cody, para com isso, é sério.
- E nem a Alli vai ficar. Meus pais nem sabem que ela tá namorando com o Math e quando descobrirem vão trancar ela em casa. Imagine se eles descobrem sobre a aliança.
- Não tem problema nenhum. Eu vou ficar magoada se você me devolver a aliança. Cody, eu não tô sendo arrogante mas...não faz a mínima diferença pra mim.
- Você nem sabe o que eu faria com 25 mil dólares. -ele disse olhando pra cima pensativo.
Dei um tapa no braço dele.
- Se você tá pensando em mulheres pode parar.
- Ai, parei. -ele passou a mão no braço e começou a rir.
- ENTÃO VOCÊ TAVA MESMO PENSANDO?!
- Claro que não, amor. -ele me beijou colocando a mão em minha nuca- Eu só quero você.
- Eu acho é bom. E qual a pergunta?
- Eu não vou te roubar nem nada, mas a fortuna da sua família tá avaliada em quantos exorbitantes bilhões?
- Eu não faço ideia. -olhei bem pra cara dele.
- Que foi? Eu disse que não vou te roubar, só quero saber.
- Ah, mas é sério, eu não sei. Só sei que meus pais não conseguiram bilhões fácil e que não foram bilionários sempre, o dinheiro só tá aumentando, antes éramos milionários e só.
- "E só". -disse Cody fazendo aspas no ar me imitando.
- E que a empresa era dos meus avós só que agora eles já estão muito velhos pra liderar, sabe? Então meus pais ficaram no lugar deles, investiram e criaram multinacionais nos países mais desenvolvidos e todas essas coisas.
- Entendi.
- Mas sério que não tem um motivo de você estar perguntando isso? Quer saber a senha do cofre onde eles guardam dinheiro e jóias? -ri.
- Não acredito que você tá desconfiando de mim.
- Desculpa, mas é que depois do Joel... Bom, ainda não engoli isso muito bem.
- Verdade. Tudo bem, não pergunto mais, eu só queria saber mesmo.
- Você me dá medo as vezes.
- Que? -ele perguntou me jogando na cama e começou a me fazer cócegas.
Ouvimos alguém bater na porta.
- Eu espero que vocês não estejam fazendo o que eu tô pensando que estão fazendo. -disse Math- Se não você vai ficar ruivo, Simpson!
- Não...Math...não....é...Cody! -comecei a rir.
- CODY! -disse Math entrando- Ah tá, cócegas.
- É que não sou igual você, pervertido. -disse Cody levantando.
- AMIGAAAAAAAAAAA, VOCÊ NÃO ACREDITAAAAAAAAAAAAAAAAAA! -disse Alli atropelando Math e entrando no meu quarto.
- QUE FOOOI?! -perguntei ficando em pé na cama.
- VOCÊ NÃO SAAAAABE QUEM ME SEGUIU NO TWITTER AGORAAAAAAAAAAA! -ela pulou várias vezes no chão toda feliz e depois pulou na minha cama.
- QUEM? QUEM? QUEEEEM?!?!?!?!
- O JACOB LATIMOREEEE! AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!
- TÁ BRINCANDOOOOOOOOO! AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!
- Avisem quando vocês pararem de grit... -começou Math.
Demos mais alguns gritos até que senti alguém colocar a mão na minha boca e me tirar de cima da cama. Era Math e Cody fez o mesmo com a Alli.
- Chega de grito. -disse Math.
- Com certeza. -Cody concordou.
Alli e eu tentamos falar alguma coisa, ficou aquele barulho estranho, eles tiraram as mãos da nossa boca.
- ME PÕE NO CHÃO! -gritamos e eles assentiram.
(...)
Uma semana depois fizemos um vôo pra Chicago só porque a minha mãe é tão enjoada que queria comer em um restaurante daqui. Viemos eu, ela, papai e Math.
- É sério mesmo que eu vou ter que ficar ouvindo essa música? -perguntou Math.
- É música clássica. -nosso pai respondeu- Melhor do que o barulho que você ouve.
- Fica quieto. -disse nossa mãe- Você já tá me fazendo passar vergonha com esse monte de tatuagens no corpo.
- Se você tivesse responsabilidade não deixaria eu fazer. -Math respondeu.
- E você também, não poderia vir com um vestido mais longo que cobrisse a sua na perna? -ela me perguntou.
- O seu também poderia ser mais longo, parece que você não sabe se portar como uma mulher da sua idade. -respondi e ela me olhou com fúria.
Math estendeu a mão e eu bati.
- Eu não queria estar fazendo isso, eu prometo que se você ficar quieta, eu não atiro em você. -ouvi uma voz sussurrar em meu ouvido atrás de mim e senti uma arma em minha cintura.
- J-Joel, o que você tá fazendo aqui? -perguntei baixo ao reconhecer sua voz e ouvi outras vozes anunciando o assalto.
GENTE, EU TÔ MUITO FELIZ E TENHO QUE AGRADECER VOCÊS POR ISSO:
OBRIGADAAAAA MESMO! ❤
ALIÁS, CONTINUA?