Capítulo 261 - BERLIM
~SEU POV~
- Eu não queria estar fazendo isso, eu prometo que se você ficar quieta, eu não atiro em você. -ouvi uma voz sussurrar em meu ouvido atrás de mim e senti uma arma em minha cintura.
- J-Joel, o que você tá fazendo aqui? -perguntei baixo ao reconhecer sua voz e ouvi outras vozes anunciando o assalto.
- Não pergunte, eu disse que eles queriam você, a gente vai levar tudo mas eu não vou deixar eles atirarem na sua família e muito menos em você. -ele respondeu no mesmo tom.
- Obrigada. -eu disse quase sem conseguir respirar entregando tudo a ele- Mas você sabe que eu nunca vou te perdoar.
- Cala a boca! -ele disse grosso quando um dos comparças dele se aproximou. Tinha muita gente em choque, haviam crianças no restaurante e alguns idosos também.
Depois de fugirem o celular da minha mãe começou a tocar. Ela ficou preocupada depois da ligação. Espera, não levaram o celular dela?
- Quem era? -perguntei.
- Uma das empregadas ligou dizendo que policiais querem falar com você.
- Mãe, eu posso explicar até a gente chegar no avião. -eu disse e Math me olhou.
- Matthew, você tem alguma coisa a ver com isso? -perguntou nosso pai.
- Não sei de nada! -ele mentiu. Olhei pra ele com aquela cara.
Voltamos para o carro e eu fui explicando toda história sobre o Mike e ainda por cima tomei uma bronca! Voltamos para casa e acabamos comendo por lá mesmo.
- Não fiquem acordados até tarde, o evento começa às 17. -disse nossa mãe enquanto levantávamos da mesa.
Subimos e cada um foi pro seu quarto. Coloquei meu pijama e fui deitar. Meu celular começou a tocar.
- Alô? -perguntei.
- Ainda bem que não roubei seu celular, sabia que ia precisar te ligar.
- Ah, é você? Tchau, Joel.
- Não! Não desliga, eu preciso pedir desculpas, preciso falar com você, (SeuApelido).
- Não tem desculpa. Eles tinham razão sobre você parecer o Mike. No fundo é igualzinho! Joel, eu deixo você entrar na minha casa quando quiser assim como todo mundo e você encostou uma arma em mim e disse que atiraria.
- Eu te avisei que eles querem te matar, eu disse que eu cuidava de você senão você nem estaria aqui agora.
- Aqui? Pera, você já tá na Califórnia?
- Você tem o seu jatinho, eu também tenho meus truques. -ele disse.
- O jatinho é dos meus pais e e eu não vou com a cara do piloto.
- Para de reclamar! -ele disse- É sério, precisamos conversar.
- Eu odeio ter conversa séria por telefone.
- Você escolhe, a minha casa ou a sua.
- A sua! -sai de baixo do cobertor. Se ele vem na minha a coisa fica preta, meus pais estão acordados.
Sai discretamente pedindo silêncio aos seguranças.
- Você tá de pijama? -Joel perguntou me olhando quando apareci na porta dele.
- Ignora. -dei um tapa na orelha dele.
Entrei e ficamos conversando sentados no sofá.
- Eu não queria ter matado a Sophie.
- Mas...Por que você fez isso?
- Pra ela não sofrer! Você não entende e pra quem quer que eu explique...
- Não vou entender, ninguém vai entender.
- Então deixa mas é sério. Ela estava doente, ia morrer de qualquer jeito.
- Então por que você fingiu que ficou mal?
- Não foi tudo fingido.
- Por que você não me contou?
- Eu já te contei coisa demais. -ele disse entre dentes olhando pra baixo.
- Você sabe muita coisa de mim.
- Mas aposto que não sei tudo. -ele me olhou.
- Porque não te interessa. -levantei jogando a almofada que estava em meu colo no sofá.
- Digo o mesmo pra você.
- Acontece que eu não ofereço risco pra ninguém.
- Oferece e nem sabe. -ele levantou também.
- Cala a boca.
- Eu não suporto que me mandem calar a boca.
- Você não pode suportar que mandem em você mas eu não tenho medo.
- Você é cheia dessas. Tanto é que tomou um tiro do seu ex namorado.
- Para de ficar lembrando dele.
- POR QUE? POR QUE VOCÊ AINDA LIGA PRA ELE?
- Joel, ele é uma pessoa.
- Ele é só mais uma pessoa.
- Tá bom, tá bom! -eu disse perdendo a paciência.
- Que é?
- Você fala como se fosse normal. -comecei a chorar por algum motivo que agora desconheço.
- E é normal. -ele fez uma pausa- Normal pra mim. Assim como é normal pra você tratar os seus pais como lixo.
- É diferente.
- É a mesma coisa.
- Diferente.
- Não discute.
- Por que você anda sendo tão grosso?
- Eu sou grosso.
- Eu tô reparando em quem você realmente é.
- Então acostuma.
- Joel!
- Que é?
- Eu não vou ficar ouvindo isso. Eu vou embora. -disse caminhando até a porta. Ele se aproximou e impediu.
- Você não tem noção mesmo. Você não deveria nem andar na rua sozinha, são mais de meia noite!
- Por favor. -revirei os olhos.
- Desculpa...de novo.
Respirei fundo.
- Tudo bem. -respondi.
Ficamos olhando um pra cara do outro por alguns longos segundos. Começamos a rir e nos abraçamos.
- Então eu vou embora. -eu disse.
- Não vai, não.
- Eu tenho que ir.
- Então eu te levo.
- Joel. Moramos. Na. Mesma. Rua!!!!
- É isso ou você fica aqui.
Bufei e me cobri com o cobertor até a cabeça.
(...)
~POV CODY SIMPSON~
Liguei pra (SeuNome) umas cem vezes! Nem fui pra escola hoje, feriado é uma maravilha! Ela nem pra atender, qual é? Quero me despedir dela porque foi ficar o dia inteiro sem vê-la. Acordei a Alli, fomos até a casa dela e nada, pegamos o Math e fomos para casa da Ruby.
Espera, ela não tá na casa de uma menina? Eu acho bom que seja, mas quem? Ruby ligou pro Josh e nada.
- E se a gente ligar pro Jake? -perguntou Alli toda animada.
- Ela não perdeu totalmente a noção ainda. -disse junto com Math.
Enfim, ligamos e nada, ele sugeriu a casa do Cambo, Cambo e nada.
- Só sobrou... -disse Ruby com uma cara.
- Joel. -disse Alli batendo o celular na mão.
Senti meu rosto queimar de raiva, ah, mas ela vai se ver comigo se estiver lá. E mesmo se for na frente de todo mundo! E olha que eu nem tô em um daqueles ataques repentino.
Fomos até lá e a porta estava aberta.
- Vocês podem ficar aqui fora? -perguntei e eles assentiram.
Abri a porta e vi ela deitada no sofá com a cabeça no colo dele que estava sentado.
- JOEL! -gritei e os dois acordaram e me olharam.
- C-Cody? -perguntou (SeuApelido) e ficou sentada, o cobertor caiu- Oi. -ela tentou abrir um sorriso que saiu amarelo.
- Você. Tá. De. Pijama? -perguntei entre dentes- Com o Joel?
- Cody, tem uma boa explicação pra isso. -disse Joel.
- Eu não tô falando com você. -respondi.
~SEU POV~
- Cody, olha o nível. -eu disse. Odeio quando ele faz essas coisas na frente dos outros.
- Olha o nível você. -ele apontando para a situação.
- Eu sei o que você tá pensando. -fiz uma pausa- Mas não é o que você tá pensando.
- Ah, não?! Você tá na casa dele, de pijama, deitada no colo dele e com isso já dá pra concluir que você dormiu aqui, (SeuNome). -disse Cody.
- O que tem eu estar de pijama? -perguntei.
~POV JOEL BERECHREE~
AH! Nada, amiga, tirando que seu pijama na parte de baixo é quase uma calcinha.
Se bem que é engraçado ver Cody bravo desse jeito e é bom ele não esquecer que eu posso fazer ele calar a boca rapidinho.
- Eu não sei se te puxo pelos cabelos até a sua casa ou te deixo aqui e termino o namoro pela... -Cody começou a contar nos dedos- Pela...
- Nona vez. -respondi.
- Ainda não estou falando com você. -disse Cody.
- Então experimenta tocar nela do jeito que você disse que ia fazer. -respondi.
- Ele...falou zoando. -disse (SeuApelido) me cutucando e se levantou.
~SEU POV~
Levantei e fui até Cody que estava vermelho, provavelmente de raiva. Com certeza de raiva.
- Cody, escuta...
- Eu não quero escutar nada!
- Joel, eu vou ter que contar. -virei para ele.
- Contar. O. Que? -Cody perguntou.
- Ontem em Chicago o Joel me assaltou quando eu tava com a minha família e...
- Como é que é? -Cody me interrompeu- Como você pode?
- Eu não trabalho sozinho. -disse Joel entre dentes.
- E que mais? -Cody olhou pra mim.
- E m-mais nada. -respondi.
- Você não consegue mais mentir pra mim. -disse Cody.
- E eu apontei a arma pra ela. -disse Joel.
- QUE? -Cody me empurrou e foi se encontrar com Joel.
- Não ouviu direito? E se você não gostar de eu ter feito isso com ela, eu faço contigo. -disse Joel com calma sacando a arma e cumprindo o que disse para Cody.
- JOEL, ABAIXA ISSO! -eu disse desesperada.
- Abre a boca de novo pra falar alguma coisa. -disse Joel.
- Ele tava armado e você passou a noite inteira com ele?! -perguntou Cody e ouvi o temido barulho chamado "destravei a arma".
- Cody, cala a boca. -eu disse.
- Exatamente. -Joel abaixou a arma.
(...)
Fui pra casa com Cody e eu ouvi umas poucas e boas. Aliás, para os meus ouvidos soaram como muitas e ruins.
- Desculpa. -foi o que consegui dizer- O Joel não queria me deixar voltar sozinha.
- PRA FICAR COM VOCÊ!
- Para de gritar! E para de ver coisa onde não tem.
- O Joel tá fazendo de tudo pra me irritar, você sabe disso.
- E você deixa! -respondi.
- Deixo porque...
- Por que? -sorri arqueando uma sobrancelha.
- Porque eu não consigo controlar.
- Não, não é isso.
- Tá, é porque eu tenho ciúmes de você! E toma cuidado lá, você tá muito bonita pra deixar qualquer um te olhar.
- Cody, -revirei os olhos- as pessoas olham pra onde querem e eu não posso fazer nada. -coloquei as mãos na cintura.
- Se ela tá bonita, eu tô o que?! -disse Math entrando no quarto com toda aquela pose e lá vou eu revirar os olhos de novo.
- A mesma coisa de sempre. -Cody respondeu e virou-se de novo para mim.
- Eu disse que sou a mais bonita da família. -joguei o cabelo.
- Escuta... -Math se aproximou e travou olhando para os lados- Eu já esqueci tudo que vou ter que falar lá.
- Você parou pra... -fiz uma pausa- ler?
Ele caiu na gargalhada e depois se recuperou, até eu rio de uma forma falsa mais verdadeiramente do que isso.
- Você tá hilária hoje. -ele me deu um tapa no braço com as costas da mão.
- É sério, Math. Não temos mais 10 anos pra arruinar com as coisas do trabalho dos nossos pais como antes.
- Poderíamos ter. -ele sorriu.
- Plano em 2 minutos? -sorri.
- Plano em 2 minutos. -Math estendeu a mão e eu bati.
- Que mancada, vocês deveriam impressionar seus pais agora que têm chance. -disse Cody e todos nos olhamos.
- Ele tem razão. -Math e eu dissemos juntos.
Dois seguranças interromperam a conversa.
- Com licença. -disse um deles batendo na porta que já estava aberta- O senhor e a senhora (SeuSobrenome) estão os convocando lá em baixo.
- Obrigada, já estamos indo. -eu disse e eles pediram licença novamente e se retiraram.
- Estão conv... -disse Math- Estão o que?
- Chamando. -disse junto com Cody revirando os olhos.
- À propósito, Math, você tá um gato. -disse Cody logo antes de levar um soco no braço.
- Olha a compostura, seja homem! -disse Math e eu segurei a risada.
Eu estava com o vestido que a minha mãe comprou da Elie Saab:
E tenho que admitir que Math estava bem gato como disse Cody com aquela gravata borboleta preta, camisa branca e..ah é, o nome disso é smoking.
- Vamos lá. -ergui os braços e eles entrelaçaram cada um de um lado.
- E eu aqui de bermuda, chinelo, pernas peludas e camiseta. Vamos lá. -disse Cody.
- Tá insinuando que eu depilo a perna? -perguntou Math enquanto andávamos pelo corredor.
- Não disse nada. -Cody riu e começamos a descer as escadas.
- Ei, ei, ei, ei! Mãe! -desci as escadas correndo antes deles que ficaram ali parados- O seu vestido é mais bonito que o meu!
- Essa era a ideia, por isso que eu tava desesperada pra você escolher logo o seu.
- Golpe muito muito baixo! E quantas lipo você fez pra entrar nele? -perguntei. Logo logo tá até com o corpo mais bonito que o meu.
- Mais umas três. -ela respondeu e fiquei olhando pra cara dela- Que que é? -ela perguntou- Quem tem que chamar atenção lá sou eu.
- Quem disse e por que? -cruzei os braços.
- Porque agora eu sou dona da Ferrari, eu que vou anunciar a nova Bugatti, eu te dou um teto pra morar e SE eu colocar no testamento você será apenas... -ela aproximou o rosto do meu e sorriu- herdeira.
- E eu não gosto nadinha de você.
- E eu não gosto nadinha daquele seu namorado que atende por...
- Cody. -bufei.
- Isso! Então manda ele embora.
Ela falou bem baixo, espero que ele não tenha escutado senão eu armo o barraco com essa mulher.
- Não vou mandar ele ir embora. -eu disse.
- Filha, por favor, vão ter meninos mais bonitos lá.
- Espera, eu pensei você tava falando pra ele ir embora só daqui de casa.
- Não, querida. -ela pousou a mão em meu ombro- É da sua vida.
- Eu sei muito bem que com "meninos mais bonitos" você quis dizer mais ricos. Pode tirar o cavalinho da chuva porque é do Cody que eu gosto você apoiando ou não e ele tendo dinheiro ou não. -respondi.
- Eu vou embora. -disse Cody olhando na tela do celular.
- Isso! -minha mãe disse.
- Desejo boa sorte e que dê tudo certo na viagem e no evento de vocês. Até mais. -disse Cody. O levei até a porta, ele me deu um beijo na bochecha e saiu.
Quase pulei de felicidade, eu amo meu namorado, sério.
- Educação é sempre uma boa forma de dar um pelo tapa na sua cara enrugada! AHÁ! -eu disse apontando pra minha mãe.
- Amor... -minha mãe disse passando a mão no rosto.
- Não ouve ela, você está linda. -disse meu pai- Vamos logo.
Math terminou de descer as escadas, segurou em minha mão e fomos saindo.
- Você não acha estranho? -ouvi minha mãe perguntar atrás de nós para meu pai. Virei e eles olhavam para nossas mãos.
- É e vocês que são casados há muito tempo -puxei meu rosto com a outra mão e minha mãe me fuzilou- não estão assim.
- Parem de implicância. -disse Math e nossos pais deram as mãos.
Entramos no carro e meu pai foi dirigindo.
- Mãe, já pode devolver meu celular. -estiquei o braço para o banco do passageiro.
- O que eu ganho em troca? -ela perguntou.
- Te chamo de linda por meia vez. -eu disse.
- Ah, claro. -ela tirou da bolsa e me devolveu.
- Você. -respondi.
- E o resto? -ela perguntou.
- Eu disse que era meia vez, ou seja, metade da frase. -ri.
Math riu pelo nariz ao meu lado.
- Matthew, cala a boca. -disse nosso pai.
- Não briga com ele, eu que tô falando até agora sem parar. -respondi.
- É, mas eu estou falando com ele. -disse nosso pai.
- Desculpa. -Math respondeu.
- Desculpa nada, ele te tratou com grosseria e você pede desculpas?! -me intrometi novamente.
- Você é um pouco melhor do que seu irmão, por isso ele merece levar a bronca. -disse nosso pai- Vocês são gêmeos mas não são a mesma pessoa.
- Um pouco melhor! -ironizei- Eu já namorei um traficante e tive que fazer vocês pagarem reabilitação que...não adiantou muita coisa. -respondi.
- É, mas o Math fez a gente gastar muito mais dinheiro. -disse nossa mãe- Pra passar ele de ano, encobrir as besteiras que ele faz pra não cair na mídia e difamar o nome da nossa família, engravidou a filha dos Simpson, já foi expulso por vandalismo no colégio interno de quando moramos na França, quase espancou seu irmão, Jeremy, ameaçou fugir de casa uma vez, teve um caso com a professora,...
- Já chega! Já entendi! -disse Math com a cabeça baixa.
- E quando a sua mãe engravidou logo depois de adotarmos o Peter, esperávamos vir apenas uma menina, mas aí ele nasceu pra estragar tudo. -disse nosso pai.
E essa eu nem consegui responder, eles disseram pro próprio filho que não queriam que ele tivesse nascido. Olhei pro Math disfarçadamente e ele parecia que ficou arrasado depois dessa.
Meu celular vibrou e era uma mensagem dele: "eu quero chorar". "Não faz isso na frente deles. Ou faz, talvez eles vejam a besteira que disseram e peçam desculpas ou...não sei" "Ou vão rir da minha cara e me ignorar como sempre".
Guardei o celular na bolsa e segurei a mão dele. Carro, jatinho, carro. Todo esse trajeto foi em completo silêncio, e foi hoje que perdi de vez todo respeito que não tinha pelos meus pais.
Chegamos no lugar e era tipo muito muito MUITO grande. Entramos e estava com muita muita MUITA gente e ainda por cima estava tocando uma música lenta MUITO MUITO MUITO chata.
Até que estava tudo muito bonito, alguns carros de verdade para decoração, Lamborghinis, Lexus, Maybachs e pra mostrar mesmo que compraram a empresa: várias Ferraris. Algumas combinavam com o tapete vermelho que havia ali logo na entrada, minha mãe disse que foi colocado para os convidados mais importantes.
Ah, esqueci de contar também o que havia em grande quantidade: flash! Quanto tempo não sinto isso nos meus olhos fazendo arder sem poder piscar? Muito tempo.
Que nojo, tive até que abraçar meus pais pra tirar foto. É sério, haviam muitos fotógrafos e quando entramos com nossos pais todos eles correram para fotografá-los. Ai, quanta baboseira.
Olhei mais adiante, quase no fim do tapete que também estava sendo fotografado.
- Math. -o cutuquei e saímos dali de fininho.
- Que é?
- Olha. -apontei.
- Haha. -ele deu uma risadinha- Ele veio. Corajoso, veio pra jogar e perder de novo?
- Você não tem noção da gravidade da situação. -eu disse- É o Justin Drew Bieber!
- Eu tô vendo, ele é um gato, né? -Math riu e dei uma cotovelada no braço dele.
- Os gêmeos poderiam sorrir e olhar pra câmera, por favor? -perguntou um fotógrafo à nossa frente. Assentimos e Math me abraçou de lado.
- Não, ele não é gato. Ele se acha demais. -eu disse sem fechar o sorriso- Quem chamou ele aqui?
- Ele pagou pelo convite e ele está aqui. -disse Math sorrindo também.
- Ele não pode! Com certeza ele vai vir falar com a gente e se sair foto disso e o Cody ver...
- E aí, gente! -disse aquela voz irritante toda animada dando um abraço no meu irmão. Por favor, não me abraça, não me abraça, não me abraça.
- Oi, Justin, que bom que você veio! -disse parando o abraço.
- É claro que eu ia vir, é a segunda vez que eu venho! Sou cliente dos seus pais há 3 anos.
- Que ótimo. -sorri e meu pesadelo se realizou. Aquele fotógrafo boca aberta disse para nós três nos arrumarmos para tirar foto, fiquei no meio dos dois.
- Ô, Justin, quando é que você vai crescer? -perguntou Math.
- Qual é, eu sou maior que ela. -disse Justin apontando pra mim.
- Isso não é muito difícil. -Math respondeu rindo.
- Vocês são dois idiotas. -eu disse.
- Eu preciso muito dar uma mijada. -disse Math saindo.
- Não, não, não, não! Math, volta! -eu disse.
- Calma, ele só foi no banheiro. -disse Justin.
Ah, e eu não sei?
- É que...nossos pais disseram pra não nos separarmos porque...quando...um se perde não tem como achar o outro.
- Ah, garota que gosta de ver banheiros, você é mais estranha do que eu pensava.
- E ninguém te perguntou. -olhei pra cara dele sorrindo irônica.
- Você falou isso brincando, né? -ele começou a rir de verdade. Droga, não entendeu a ironia!
Comecei a rir também pra não deixar ele sem graça.
- Claro que sim! -menti e encostei a testa em seu peito- Seu perfume é bom. -opa, eu não queria ter dito isso.
- Eu sei que é. -ele sorriu e me olhou. Fechei o sorriso que estava em meu rosto.
- Mas é por isso que eu quero o meu irmão, o dele é melhor.
Justin ficou lá com cara de tacho e eu fui saindo. Ele segurou em meu pulso e senti seus dedos gelados na palma da minha mão.
- Eu preciso falar com você depois. -ele disse.
- Quem sabe? -puxei a mão- Daqui a pouco, mais tarde, amanhã ou...depois de amanhã, nunca? -perguntei sorrindo e sai. Topei com Math e pra não cair ele segurou meus braços, me olhou e começou a rir, ri também.
~POV CODY SIMPSON~
A Alli não desgruda do Math, gosta de saber tudo que o menino está fazendo. Voltei pra casa e fiquei aqui com ela. Ela pegou o notebook e ficou vendo um vídeo de um site de famosos que nem me importei em ver qual era que estava cobrindo todo evento dos bilionários (SeuSobrenome).
- Opa... -ela disse.
- Que foi? -me inclinei.
- Olha essas fotos da (SeuApelido) rindo com o Justin, abraçada com o Justin e...
- É isso mesmo que eu tô vendo? Ele tá segurando na mão dela?
- Cody, olha pelo lado bom.
- Que lado bom?! -gritei.
- A cara dela, parece que ela não tá gostando.
- Pelo menos isso, eu vou quebrar a cara dele um dia.
- Um dia? Você já não tinha feito isso?
- Não, foi quase e na outra eu deveria ter batido mais.
- Não fala assim. -ela me cutucou com o cotovelo.
- Vai defender ele também?
- Não tô defendendo ninguém.
- Ah, espero que apareça uma menina rica que dê em cima do Math também aí nesse evento.
- Isso não vai acontecer.
- Aposto um dólar.
- Apostado. -ela respondeu.
~SEU POV~
Cody me mandou uma mensagem dizendo que estava furioso comigo e com Justin mais ainda.
- Ah, com licença. -disse minha mãe tirando o celular da minha mão. Fechei os olhos e contei até dez- Não fica com essa cara e não faz show aqui agora. Tá todo mundo vendo. -ela sorriu.
- Ah, mãezinha... -sorri irônica igual ela fez- Você não tem noção do quanto eu preciso do meu celular agora. -uni as mãos e fiz cara de choro- O Cody tá bravo comigo porque me viu com o Justin e...
- Ótimo! -ela ergueu os braços- Viu, filha? Se você tem o Bieber, pra quê vai querer o Cody?
- E se eu falar que não gosto de homem tatuado? -sorri.
- O Mike tinhá tatuagem até na ponta do pé!
- É que...eu prefiro loiros.
- Você já teve namorados morenos.
- É que...eu gosto homem alto, é isso, mãe.
- Escuta, não me faça fazer você passar vergonha. O que o Cody tem que o Justin não tem?
Abri a boca pra responder mas ela me interrompeu:
- Nada! E o que o Justin tem que o Cody não tem? Dinheiro além de ser mais bonito, ter mais de um carro, ter uma casa só dele...
- E ter 4 anos à mais do que eu!
- Mike era 9 e isso não te impediu de nada.
- Tá bom, mãe! E se eu nunca tivesse ficado com o Mike? Não tem outra pessoa pra usar de exemplo, não?
- Não. -ela sorriu e saiu.
- Saiu com o meu celular! -disse sozinha e quando virei topei com um peito de homem. JáJá cansei disso acontecer comigo.
- Quer o meu emprestado? -disse Justin com o celular na mão- Eu tenho o número do Cody.
- Por que você tá me ajudando? Pensei que tava em pé de guerra com ele. Não precisa.
Ele guardou no bolso e respondeu:
- Também não sei, eu ainda quero saber porque ele te bateu e você deixou. -ele disse e revirei os olhos.
- Isso não diz respeito à você. -disse virando novamente e saindo mas ele segurou meu braço. Também já cansei disso acontecer.
- Diz sim.
- Lógico que não. Agora me solta, -puxei o braço- afasta -o empurrei colocando as mãos em seu peito- e não toca mais nesse assunto.
- Tudo bem. -ele suspirou- Eu tenho que te contar uma coisa. -ele olhou em meus olhos e ficamos alguns segundos assim. Wow, como é que ele faz isso?
- Contar o que? -acordei.
- Não pode ser na frente de todo mundo.
- Justin, não começa. Não deu muito certo quando a gente ficou sozinho junto.
- É, mas a gente tá em Berlim, o Cody tá na Califórnia, ele não vai chegar aqui e interromper tudo.
- Se eu não tivesse o pingo de educação que tenho te sentaria minha mão na sua cara. E a maioria das pessoas aqui falam alemão, italiano ou francês, ninguém vai entender. -ri batendo em seu braço mas ele continuou imóvel.
- Todo mundo no mundo fala inglês.
- Então a partir de agora eu falo em português, você não entende e a gente não se comunica. -disse em português me virando para sair.
- Tudo bem. -ele respondeu em português.
- Como é que é? -virei perguntando em inglês novamente.
- Não sei, eu só sei falar isso em português. -ele riu e eu comecei a rir também. Senti mais um flash sobre nós, que raiva.
- Essa foi boa.
- E não comece a falar em português, é a coisa mais assustadora.
- Oxe, por que?
- É uma das línguas mais difíceis de se aprender no mundo, SÓ isso.
- Não me olha com essa cara esperando que eu diga "eu te ensino".
- Ah, tá bom. -ele abaixou a cabeça.
- Desculpa interromper mas logo logo você vai ter que vir comigo pra apresentar junto com o seu irmão, filha. -disse minha mãe com um sorriso de orelha à orelha olhando pro Justin.
- Você não interrompeu nada, mãe. -sorri irônica.
- Que isso! Eu só vim avisar. -ela disse colocando a mão em minhas costas e a outra na do Justin e nos aproximou.
- Quatro anos mais velho, mãe! -eu disse olhando pra ela e me afastei.
- Quatro anos luz mais rico. -ela disse e saiu.
- Tá, eu vou falar aqui mesmo. -Justin olhou em volta- A sua mãe tá me "pagando" pra ficar com você.
- Como? -fiz uma pausa- Desde quando?
- Faz um tempinho. Ela odeia o Cody e quer que você namore alguém que seja rico. -ele disse e quando abri a boca pra dizer algo, ele continuou: - Não que o meu dinheiro chegue perto do que você tem, mas é que o Cody...
- Não é rico, eu sei.
- Não, ele nem perto disso chega.
- Eu sei, Justin, mas ela não entende que eu gosto dele. -fiz uma pausa- E por que você aceitou o joguinho da minha mãe?
- Bom, você é quatro anos mais nova, -ele me olhou de baixo à cima com uma cara que prefiro nem comentar- você é bonita e até tem algumas coisas que gosto em você.
- E eu sou namorada do seu amigo, Justin.
- Ele mesmo disse que éramos amigos. Ah, e eu não terminei: -ele se aproximou- eu sei que sou muito melhor que ele porque sou homem.
~POV MATH (SEUSOBRENOME)~
Estava no meio dos meus pais ouvindo eles conversarem com alguns empresários donos da Fiat, com quem fecharam negócio é compraram a Ferrari. Mano, eu nunca vi conversa mais chata, os carinhas tinham um sotaque italiano irritante.
Olhei em volta e só tinha gente velha, algumas famílias com suas filhas é que eram o mais interessante. Reparei que minha irmã estava em um canto conversando com o Justin e que eles estavam bem próximos. Aliás, ele estava próximo dela.
- Aonde você vai? -minha mãe perguntou.
- Impedir que o Justin beije a minha irmã. -respondi.
- Não se preocupa com isso, não te diz respeito.
- Mãe, ela tem namorado.
- Isso não te impediu de trair aquela loira sem graça e todas as suas outras namoradas que já teve.
- O nome dela é Alli.
- Que seja.
Fiz ela soltar o meu braço e sai andando um tanto rápido passando por entre as pessoas.
- Desculpa interromper. -eu disse olhando para o Justin- Vim te convidar para um jogo. -ri.
- Maldade. -ele respondeu rindo- Se bem que precisamos mesmo de revanche.
- É, mas dessa vez quando eu ganhar você não vai ficar com a grana toda, eu perdi algumas semanas de mesada com aquilo tudo.
- Fiz bom proveito. -ele respondeu.
- É bom que tenha mesmo, nosso aniversário é amanhã. -respondi.
- Acha que eu esqueci? Já tá tudo preparado. -ele disse.
~SEU POV~
VOU DAR UNS TAPAS NO MEU IRMÃO, ELE CONVIDOU O JUSTIN E ELE VAI IR MESMO! Espera, se é tudo armação da minha mãe, eu posso ficar tranquila porque o Justin não me quer de verdade, ahh, aí sim!
- Por que você tá sorrindo desse jeito? -perguntou Math.
- Por nada! Eu tô...ansiosa pra fazer 17.
- Não esquece que eu faço primeiro. -ele riu.
- Imagine dois Justins. -Justin disse olhando pro nada, talvez imaginando.
- Não brinca com isso, não. -disse junto com Math e começamos a rir.
Justin parou de repente olhando fixamente para um lugar. Ele ficou sério, travou o maxilar e perguntou:
- O que ela tá fazendo aqui?
...
CONTINUA? GENTE, QUERO FAZER UMA TENTATIVA DE P-R-O-M-E-S-S-A: NÃO VOU DEIXAR PASSAR DO CAPÍTULO 300! OU SEJA, OU ACABA NELE OU ANTES, ACHO QUE VOCÊS JÁ NÃO AGUENTAM MAIS ENROLAÇÃO E UMA HISTÓRIA QUE NÃO ACABA NUNCA! ALIÁS, ESTÃO GOSTANDO? QUEM VOCÊS ACHAM QUE CHEGOU? AMO VOCÊS, BEIJOSS 😙
continua logo jovem e nao faço ideia de quem seja ushaushauhsuahsuha
continua logo tá perfeito
@BeatrizSCosta_
podia fazer uma promessa de postar todo dia né ? haha
continua <3