Capítulo 263 - AGRADECER
(...)
~SEU POV~
- Você não tem o direito de pedir isso. -respondi.
- Mas eu tenho o direito de saber o que é melhor pra você.
- Que? -ri irônica e ele segurou meus braços.
- Dá risada mesmo, vai ser isso que eu vou fazer quando os socos que ele me deu forem em você. -ele me empurrou soltando meus braços.
- Você tá se contrariando, Justin. -disse contendo as lágrimas e ele reparou que havia me dado um empurrão forte. Engoli e voltei novamente para a festa, tudo já estava normal e até vi a Kylie se pegando com Za.
Encontrei meu irmão e perguntei sobre o Cody:
- Cadê ele? -perguntei.
- Tá no banheiro.
Fui até o banheiro masculino e ele estava colocando gelo na boca de frente para o espelho sozinho.
- Oi. -disse me apoiando na porta, a música estava alta mas acho que ele leu meus lábios.
- Que história é essa? -ele virou com o lábio cortado.
- Você não viu que ele tava rindo? Era uma brincadeira, Cody.
- ...
- Viu? Você nem falou nada, poderia ter respondido "não foi o que pareceu".
- Desculpa, desculpa, desculpa! Justo no dia de hoje, eu não queria estragar...
- Não estragou nada. Pelo jeito o povo lá fora já até esqueceu. -ri e tornei a ficar séria em segundos- Mas não é pra mim que você tem que pedir desculpas.
- Eu sei que hoje é seu aniversário mas esse presente eu não vou te dar.
Respirei fundo e descruzei os braços quando ele veio até mim e me abraçou.
Confesso que estranhei um pouco a calma de Cody, ele nunca é assim tão pacífico, eu pensava que entraria aqui e ele perguntasse em alto tom "QUE HISTÓRIA É ESSA? TU TÁ ME TRAINDO?" mas não. Melhor não perguntar o por quê, acho que devo somente agradecer.
- Pelo menos meu sonho se realizou, fazia tanto tempo que eu queria socar ele. -ele disse sorrindo olhando pro nada quando me soltou.
- Isso não é legal, ele ficou estourado. -fiz uma pausa- Cody, o que eu ia te contar sobre ele é que...
- E aí? Vocês vão demorar muito? Tem que ver o que estão fazendo lá fora! -disse Math me interrompendo. Ok, segunda pessoa que me interrompe quando eu vou contar sobre minha mãe estar forçando Justin a ficar comigo.
- O que?! -Cody perguntou mais animado que meu irmão, revirei os olhos e saímos.
Parecia que havia mais gente, as pessoas dançavam grudadas e eu já estava com sono. Kylie ainda estava se pegando com Za. Sentei em uma mesa vazia e fiquei olhando todo mundo. Minha paz não durou 2 segundos. Madison e Alli me puxaram pra dançar e eu fui, né.
- O que...? O que é aquilo? -perguntei ao ver um menino deitado em uma mesa enquanto derrubavam alguma bebida sobre a sua barriga e vinham umas meninas lamber.
- Você nunca fez isso? -Alli segurou em meu braço.
- Me solta! -disse apavorada- Não e nem vou fazer!
- Então vamos só olhar mais de perto. -disse Madison e elas me puxaram.
Gente, que coisa absurda, já pensou se pegam um menino com a barriga peluda? Que nojo!
Menino vai, menino vem, menina vai, menina vem e o povo já estava bêbado demais.
- Por que você não vai agora? -perguntou um menino dando um tapinha nas costas.
- Eu? Eu não! Não! Eu-eu não posso!
- Não, ela não, cara. -disse Cody chegando me abraçando.
- Obrigada. -sussurrei a ele.
- Fala sério. -ele disse afastando-se daquelas pessoas comigo- Minha mão tá dormente, não quero ter que bater em mais ninguém.
- Ihhh, já tá se achando, né? -perguntei dando um soquinho nele.
Ficamos em um canto quietos namorando até Alli vir interromper.
- Vocês viram o Math? Ele sumiuuuu! -ela disse tendo dando pulinhos.
- Oi, casal. Com licença, estou atrapalhando? Claro que está. -disse Cody.
- Desculpa, mas é que ele sumiiiiiiiu! -disse Alli.
- Seu namorado, seu problema. -disse Cody.
- Sem namorado, sem problema. -eu disse.
Ela bufou e saiu. Cody e eu nos olhamos, sorrimos e voltamos a nos beijar.
- Gente! -disse Joel. Paramos o beijo, reviramos os olhos e olhamos para ele.
- O que foi? -perguntou Cody.
- O Math saiu daqui sem ninguém ver e a gente tem que esconder isso da Alli antes que ela...desmaie ou...sei lá. -disse Joel.
- Você não é traficante? Dá droga pra ela. -disse Cody.
- Fala baixo!! -disse entre dentes.
- Também acho. -disse Joel se aproximando de Cody- Como eu cheguei antes, os seguranças não me revistaram e adivinha?
- Você tá armado. -Cody engoliu.
- Exatamente. -disse Joel.
- Calma aí. -eu disse os afastando- Joel, distrai ela, por favor.
- Vocês vão me pagar por isso. -ele disse e saiu.
~POV MATH (SEUSOBRENOME)~
Acordei com muita dor de cabeça e com alguém massageando meu pau. O pior de tudo é que passou aquela palavra na minha mente de que ferrou tudo porque não é a Alli pois quando ela faz isso dá umas arranhadinhas porque tem a unha grande.
Fiquei com medo de abrir os olhos, mas depois de alguns minutos resolvi o fazer. Estava num quarto que nunca vi antes com duas prostitutas na cama, aquelas que havia visto ontem.
- Vocês precisam ir embora AGORA! -disse levantando. Elas fizeram o mesmo colocando as roupas.
Pararam em minha frente e ficaram me olhando.
- Ah. -disse colocando as mãos nos bolsos da calça pegando dinheiro, dei para elas e então elas saíram.
Percebi que estava em um hotel, tomei banho e me vesti. Peguei o celular e liguei pra minha irmã.
- Math, ONDE É QUE VOCÊ TÁ? -ela perguntou.
- Ferrado, acredite. Cadê a Alli?
- Surtando, né!
- Eu tô em um hotel que não faço a mínima ideia de onde fica, eu tô voltando pra casa o mais rápido possível. Fala pra ela que...sei lá, inventa alguma coisa!
- Math, não, eu não sei o que...
Desliguei na cara dela, ela vai ficar muito brava! Estava com um cheiro forte de perfume doce na roupa e Alli vai perceber rapidinho que não é o dela porque o dela é aroma floral, tropical, florestal alguma coisa assim!
Peguei o carro, me situei e não estava longe de casa, dirigi do jeito que a minha irmã odeia e cheguei em casa bem rápido.
- Math, onde é que...? -ela perguntou quando eu entrei.
- Vem comigo! Você fica do lado de fora enquanto eu tomo outro banho pra tirar esse cheiro de perfume de mim. -disse e subi correndo. Ela veio atrás.
~SEU POV~
Ele entrou no banheiro de seu quarto e fechou a porta. Fiquei do lado de fora e ele me contou que acordou em uma cama de hotel com duas prostitutas e que não lembra de nada, eu sei que ele lembra, sim.
Math saiu com a toalha na cintura e eu fiquei o encarando.
- Que é? -ele perguntou.
- Isso é muito feio. -cruzei os braços.
- Só por causa da Alli? -ele me imitou. Cruzou os braços, fez voz fina e mexeu o pescoço.
- É, acho que essa ela não perdoa.
- Perdoa sim. -ele se jogou na cama- Eu estava bêbado.
- Tomara que ela não perdoe.
- Ela me ama e eu também amo ela, ela perdoa.
- Não perdoa.
- Perdoa.
- NÃO perdoa.
- PERdoa.
- NÃO PERdoa.
- PERDOa.
- NÃO PERDOA!
- PERDOA!
- Cala essa boca, você deu mancada com ela DE NOVO!
- Só eu? E você com o Justin?
- Não tem nada, ele tava zoando. Aliás, preciso ter uma conversa amigável com a mamãe. -disse saindo do quarto- Ô MÃE, CADÊ VOCÊ? EU PRECISO TE FALAR UMAS COISAS! -disse descendo as escadas e ela estava tomando café com o meu pai.
- Para de gritar, menina. -disse minha mãe.
- Que história é essa de você estar pagando o Justin pra ele dar em cima de mim? -perguntei.
- Isso tudo que você está dizendo é verdade só em partes.
- Como assim? -perguntei.
- Eu sugeri que ele fizesse isso, não tô pagando nem obrigando ninguém. Se ele tá fazendo isso é porque talvez goste de algo em você.
- COMO É QUE É? -perguntei.
- Para de gritar! Já tomou remédio de dor de cabeça pra sua ressaca?
- Mãe, ontem eu não bebi, é sério. -disse magoada com o que ela havia dito.
- Deixa eu ver, eu não acredito.
- Por que não?
- Até agora só vi notícias de que foi uma ótima festa, terminou agora pouco que eu sei, o Bieber arrumou confusão com seu namoradinho sem dinheiro, uma das filhas da Kris ficou com um menino que ninguém conhece, a maconha rolou solta e você vem me falar que não ficou bêbada? Fala sério.
Respirei fundo, conti as lágrimas e subi. Faz 3 horas que a festa acabou, são 9 da manhã e eu ainda não dormi nada. Bati a porta do meu quarto como nunca logo depois de pedir desculpas para os seguranças pelo barulho que ia fazer.
Me joguei na cama com a cara no travesseiro chorando. Que saco, meu celular só toca nessas horas.
- Que foi? -perguntei.
- Eu que pergunto. Tá chorando? -perguntou Joel.
- Não, não tô. Pode...falar. -disse fungando.
- Não, quem vai falar agora é você.
- Não quero.
- (SeuApelido)...
- Joel, é sério. Deixa.
Eu só não quis falar porque sei que ele também tem problemas com os pais dele.
- Fala.
- Não, Joel! Onde você tá?
- Em casa.
- A que eu tô pensando?
- Sim.
- Não vou atrapalhar, fica aí com a Barbie.
- Então fica bem, depois eu te ligo.
- Tá. -desliguei.
Voltei a me deitar e acabei dormindo. Dormi até às 16 horas até ser acordada novamente pelo toque do meu celular.
- Alô? -sentei na cama coçando o olho.
- (SeuApelido)?
- Eu não quero falar com você. -desliguei e meu celular tocou de novo. Desliguei e ele ligou de novo e de novo- O QUE É JUSTIN?!
- Preciso te falar uma coisa.
- Sem essa.
- O Cody tá aí?
- Não.
- Eu quero te pedir desculpas.
Respirei fundo.
- Tá. Já terminou?
- Eu quero te ver. -ele disse.
- Tá, Justin. -coloquei a mão na testa.
- Você sabe onde eu moro?
- Sei.
- Então...
- Não sei se é boa ideia.
- Lembra que foi coisa da sua mãe.
- Ela disse que não foi exatamente do jeito que você me contou.
- Ah, não? Então sinto em dizer mas sua mãe é mentirosa.
- Tá bom, eu vou te dar uma última chance.
Ouvi ele comemorar.
- Com uma condição. -eu disse.
- Qual?
- Você para de cuidar da minha vida, não fala mal do Cody, não se faça de vítima e não me empurra de novo do jeito que fez ontem.
- Isso tudo é uma condição?
- Você quer me ver ou não?
- Tá bom, tô te esperando.
Levantei, tomei banho e me vesti:
Desci e meus irmãos estava lá com meus pais.
- Vocês não vão trabalhar hoje, não? -perguntei para meus pais.
- Não. -eles responderam.
- E você, onde vai? -perguntou Math.
- Cuidar da minha vida e você? Por que não vai falar com a Alli? -respondi.
- Filha, onde você vai? -perguntou minha mãe.
- Na casa do Justin. -falei baixo.
- Mas eu tô aqui. -disse Justin.
- Outro Justin, Jus. -respondi sorrindo. Não resisto a risada de criança.
- Finalmeeeeeente! -disse minha mãe comemorando.
- Eu mereço. -revirei os olhos- Volto antes das onze. -disse e sai.
Fui dirigindo com calma mas no meio do caminho perdi a paciência e então pisei fundo no acelerador.
Desci do carro, passei pelos seguranças e toquei a campainha. Ah, não, tá zoando, ele faz pra provocar. Justin abriu a porta sem camisa e com uma bermuda largona. Evitei olhar pro corpo dele e nos cumprimentamos com um abraço.
- Eu tô sozinho. -ele disse. Que bom, e quem perguntou?
Assenti com a cabeça e me sentei no sofá sem ele falar nada mas Justin permaneceu em pé.
- Eu queria pedir desculpas. -ele disse calmo.
- Eu já te desculpei mas eu não sei porque você meteu o pau no Cody e depois fez a mesma coisa que ele. Justin, eu tava de salto, já pensou se eu caio e me machuco no dia do meu aniversário, sei lá?!
- Desculpa mesmo, na hora eu não pensei nisso, meu sangue ferveu e ver você defender ele daquele jeito me deu raiva.
- Eu defendi ele porque ele é meu namorado!
- Você deveria defender quem estava certo.
- Você não estava. Você tem 20 anos mas desculpa, parece que tem 7!
- Eu sei, eu sei... -ele continuava ali em pé. Olhou para baixo.
- Você não deveria ter dito aquilo, nunca aconteceu e nunca vai acontecer. Eu não sei porque mas por algum motivo acho que nem amizade a gente vai conseguir.
- Não, não! -ele falou alto.
- Por que você se preocupa tanto com isso? -levantei.
- Eu não sei. -ele respondeu aborrecido- Acho que eu tô carente. -ele riu.
- Idiota! -dei um soco em deu peito e começamos a rir.
- Agora desculpa, desculpa mesmo.
- Você tem que se desculpar com o Cody. Vocês têm que se desculpar, vocês são amigos.
- Eu não! Isso eu não vou fazer, pode esquecer.
Bufei, pensei que não deveria me intrometer nisso mesmo, comprimi os lábios e abri os braços. Justin me abraçou forte.
- Vamos ver no que vai dar tudo isso, cara. -dei um soco leve em suas costas.
- Então precisamos inventar um toque. -ele disse me soltando e estendeu a mão fechada. Olhei para sua mão.
- Tá falando sério?
- Tô. -ele disse sem graça por causa do vácuo.
Ele abaixou a mão com uma expressão triste.
- Que tal essa? -peguei sua mão e fiz um toque que vi Math e Peter fazer há muito tempo. Tirei a blusa da cintura e sentei no sofá.
- Wow. -ele ficou olhando para a própria mão- Onde você aprendeu isso?
Levantei.
- Eu tenho seis irmãos. -fiz uma pausa- E cinco deles são homens.
- Gostei. -ele riu- E aí? Quer fazer o que?
- Não podemos sair.
- Verdade, se algum fotógrafo aparecer...
- E o Cody ver...
- Já era. -falamos juntos.
O tempo foi passando e Justin e eu estávamos ali sentados um ao lado do outro no sofá assistindo a um jogo de basquete.
- AHÁ! -levantei com o dedo na cara dele- EU FALEI QUE ELES IAM GANHAR!
- Ah, é?
- É, JUSTIN! GANHEI! -disse dando pulinhos e ele segurou meu braço e me puxou, acabei caindo em cima dele.
~POV CODY SIMPSON~
Acordei às 17 horas. Levantei, lavei o rosto, tomei banho e me troquei.
Desci e comi alguma coisa antes do jantar.
- Mãe, você tá fazendo...? MÃE, EU TE AMO!
- Comida australiana. -ela disse e me abraçou forte- Como foi a festa? Entrei no quarto várias vezes e você só dormia, o que foi isso no seu lábio, menino?
- Não é nada, mãe. Relaxa.
- Relaxa, relaxa, é só isso que você sabe me dizer. -ela me deu um tapa no ombro depois de me soltar.
Mandei mensagem pra minha namorada mas ela não respondeu. Alli passou na cozinha e então perguntei pra ela:
- Você sabe onde a (SeuApelido) tá?
- Na casa do Justin. -ela pegou uma maçã na fruteira e saiu- Opa... -ela voltou- Quero dizer, não é o Justin que você conhece, o nome do meio dele não é Drew e o sobrenome não é Bieber. -ela sorriu amarelo.
- Eu volto mais tarde, mãe. -levantei da cadeira, peguei as chaves do carro e sai em disparada.
Fui até a casa daquele otário, os seguranças da casa dele já me conheciam e pelo jeito não sabiam da briga então me deixaram entrar. A porta de entrada que dava para a sala estava destrancada.
- Tô amando essa cena. -disse aplaudindo ao ver Justin Bieber beijando a minha namorada.
Ele estava sentado no sofá e ela sentada no colo dele que já estava sem camisa. Senti meu rosto queimar de ódio ao ver as mãos dele percorrerem pelas costas e coxas dela. O pior de tudo é que ela não tentava resistir mas sim retribuía o beijo com vontade.
Ao ouvirem minha voz eles pararam e disseram:
- CODY, ACORDA! -disse Alli me sacudindo. Espera, Alli?
Ufa, foi só um pesadelo.
- Você não sabe o que eu sonhei! -disse sentando na cama.
- Não quero nem saber, você deu um grito e eu vim aqui ver o que estava acontecendo.
- Obrigado. Você sabe onde a (SeuApelido) está?
- Na casa do Justin. -Alli respondeu.
CONTINUA? MENINAS, NÃO TENHO CERTEZA MAS ACHO QUE VAI ATRASAR E EU NÃO VOU PODER POSTAR AMANHÃ, SÓ NA SEXTA! ATÉ A PRÓXIMA, AMO VOCÊS.