Capítulo 267 - OLHOS ABERTOS

(...)

~POV JUSTIN BIEBER~

- (SeuApelido)? Levanta! Acorda, acorda. Fala que você tá acordada. (SeuApelido), olha pra mim...

- O que você quer, Justin? -ela levantou a cabeça da mesa.

- Você veio no bar pra beber? -perguntei.

- Não! Eu vim pra comprar fogão! -ela levantou mas quase caiu, não conseguiu ficar em pé.
- Calma. Você não pode ir pra sua casa assim.

- Me deixa! -ela tentou me empurrar, mas eu segurava seus braços para que ela não caísse.

Ela estava completamente bêbada, preferi ignorar cada xingamento e tapa, não doíam mesmo.
Coloquei ela no carro torcendo para que não vomitasse ali. Cheguei em casa na hora certa! Ela disse que estava com vontade de vomitar, a levei para o banheiro e segurei seu cabelo.
As empregadas estão de folga e a minha mãe voltou pra casa dela. (SeuNome) estava com um cheiro de álcool muito forte e seu nariz estava vermelho e como é que eu vou fazer?

- Olha pra mim, você consegue tomar banho sozinha?

- Consigo. -ela respondeu com dificuldade.

Peguei uma das minhas camisetas mais longas e coloquei sobre o armário do banheiro. Fechei a porta e tentei puxar conversa, ela ficou conversando comigo e saiu vestida.

- Justin. -ela começou a chorar- Eu me sinto culpada.

- Já disse que você não tem culpa de nada. Senta aqui. -a guiei para o sofá.

- Tenho sim. Eu me sinto culpada porque...

- Por que?

- Eu usei cocaína de novo. Eu fui no hospital e o Cody piorou. -ela respondeu chorando.

Já não sei mais o que fazer, puxei sua cabeça para o meu peito e ela encharcou minha camiseta com lágrimas.

- Ele piorou mas vai melhorar.

- Você tá mentindo pra mim! -ela levantou o rosto. Sem maquiagem era possível ver alguns hematomas que Cody deixou em seu rosto.

- Mentindo? Eu só tô tentando fazer você se sentir melhor, vê se agradece!

- Viu?! Tá mentindo. -ela fez uma pausa- E eu não acredito que você disse isso. 

Eu sabia que não devia ter a tratado desse jeito. Ela levantou. 

- Não, (SeuApelido)! -a puxei pelo braço.

- Sai daqui. Me solta!

- Você não pode voltar pra casa, você tá bêbada! 

- JOGA MESMO NA CARA!

- A CULPA NÃO É MINHA! 

- PARA DE GRITAR! -ela gritou com os olhos marejados. 

- MAS VOCÊ TÁ GRITANDO! -respondi com pena.

- Eu não quero nem saber, eu vou embora agora, bêbada ou não, tendo um carro ou não! -ela tentou abrir a porta. Tentei recuperar a paciência, mas não deu. Fechei a porta e ela me encarou.

- Desculpa. -disse sério. 

- ...

- Desculpa, (SeuApelido). Fica aqui, você sabe que eu tô tentando cuidar de você, eu não queria ter dito aquilo.

- Não tem como, a gente sabe que essa amizade não vai dar certo. Eu não sei porque não fui embora ainda.

- Mas eu sei porque não te deixei ir.

~POV MATH (SEUSOBRENOME)~

Angelina disse que ia sair e me deixou aqui com Marie. Por mais que tivesse curiosidade de saber pra onde ela iria, não perguntei, não é da minha conta.

- Papai, vamos bincar? 

- De que?

- Eu faço um desenho e voxê tem que adivinhar o que é e depois é xua vez.

- Tá bom.

- Eu vou lá em cima pegar minhas canetas. -ela disse pulando do meu colo.

- Você sabe subir escada sozinha?

- Xei. Mas a mamãe não me deixa descer.

- Eu vou lá com você.

Subimos e ela pegou as coisas. Marie tinha aquele talento de criança de 3 anos pra desenhar incrível, e ela não desiste, fiquei uma hora e dezessete minutos tentando adivinhar seu desenho. Parecia um peixe mas era um carrapato.

- E agola ele vai te pegar, raw! -ela jogou o desenho em cima de mim- Olhaaaaaa! -ela correu para um canto da sala e se abaixou. Voltou até mim com a mão fechada e abriu os dedinhos lentamente- Olha, papai!

- Tira isso daqui, Marie! -falei um pouco alto ao ver uma aranha caminhando em sua mão. 

- A mamãe disse que essa é do bem.

- Põe ela lá de volta. 

- Não, olha. -ela aproximou mais a mão de mim.

- PARA COM ISSO, PÕE LÁ DE VOLTA AGORA! -gritei.

Ela caminhou novamente até o canto da sala, colocou a aranha no chão e disse que a amava. Voltou com o rosto vermelho e os olhos marejados.

- Eu vou contar pra mamãe que voxê gritou comigo. -ela disse indo para o banheiro.

- Não, filha! Desculpa. Volta aqui.

- Sai, eu não gosto do Math. 

- Não me chama de Math. -eu disse e ouvi a porta bater. Fui até lá e como a porta que ela fechou foi a de vidro pude vê-la em pé em um banquinho. Tentei abrir e mas ela trancou- Marie, sai daí. -abaixei. Ela desceu do banquinho, o arrastou e sentou no chão de frente para mim. Que dó de ver ela chorando assim.

- Não vou sair! 

- Eu tô mandando.

- Math não manda em mim.

- Mando sim e eu não sou Math, sou seu pai. Sai daí logo.

- Não. -ela cruzou os braços tentando parar de chorar. 

- Eu já volto. Espera aí, não levanta. -disse e saí para buscar uma folha de papel e uma de suas canetas. Voltei e desenhei nós dois em forma de bonequinhos de palito- Olha. -passei por baixo da porta.

- Que bonito. Me dá a caneta. -ela colocou a mão no chão. Joguei a caneta e ela começou a desenhar lá dentro- Melholou. -ela jogou o desenho de volta.

- Concordo. -respondi sorrindo- Me desculpa, eu não queria ter gritado com você, é que eu não gosto muito de aranhas. 

Ela não respondeu, pegou o banquinho, subiu e abriu a porta. Marie pulou em meu pescoço e eu levantei a abraçando. Voltamos para sala e ficamos no tapete.

- Deixa eu terminar o desenho do seu pescoço, papai. Tá faltando uma parte.  -ela disse abrindo uma caneta permanente preta.

- Que desenho? -passei a mão no pescoço. 

- Aqui. -ela colocou o dedo. Abri a câmera frontal do celular para ver. Era um beijo, o formato de uma boca de mulher em vermelho. Uma das minhas primeiras tatuagens.

- Ah tá. -respondi. Ela começou a desenhar e fiquei só olhando pela câmera e rindo já que fazia cócegas. 

- Terminei! -ela disse e eu pude ver. Ela desenhou um círculo e dentro do círculo havia dois olhos e um nariz que completava a boca. Comecei a rir olhando pra cara dela e ela riu da minha risada.

Continuei sentado no chão e apoiei a cabeça no sofá.

- Eu tô com sede! -ela pulou na minha barriga, com uma perninha pra lá e a outra pra cá. 

- Quer beber o que?

- O leitinho que a mamãe deixou na geladeira.

- Não quer tomar banho antes? Você tá toda rabiscada.

- Tá bom. -ela pisou no chão e segurou minha mão. Subi e dei banho nela- Cuidado, não fica pulando desse jeito na cama. Pula mais no meio. Onde é que a mamãe coloca sua roupa de dormir?

- Eu quelo aquela que tem uns patinhos amarelos. Tá ali naquela gaveta. -ela disse apontando e eu peguei. Era outro pijaminha que cobriam até os pés- Não põe ainda! Pra dormir a mamãe põe fralda em mim.


- E você lá tem idade pra isso ainda?

- É porque eu faço xixi. -ela disse rindo parando de pular.

Ah tá que eu sei colocar fralda. Tentei. A deitei na cama e tentei, até que deu certo. Coloquei seu pijama de patos amarelos, penteei seus cabelos e descemos. Abri a geladeira e achei o leite que ela queria.

- É esse? -perguntei.

- É, mas eu não quero no copinho. E tem que estar quente.

Coloquei no microondas. Vou ter que acostumar com isso, fiquei alguns minutos tentando ligar, em casa não era eu quem fazia isso. 

- Pronto. -coloquei sobre a mesa onde ela estava sentada.

- Disse que não quero no copinho. 

- Quer aonde?

- Na mamadeira.

- É mesmo? -perguntei arqueando uma sobrancelha- Então por que a mamãe já não deixou na mamadeira?

- Porque ela não deixa eu tomar lá! Mas ela não tá vendo, papai.

- Se ela não deixa, eu não vou deixar.

Ela desceu da cadeira e começou a puxar minha bermuda.

- Por favor, por favor...

Não tem como resistir à isso. Coloquei na mamadeira e fomos para a sala ver desenho. Ela estava vendo um que nunca vi na minha vida.

- A mamãe vai demolar? -ela perguntou sem me olhar. 

- Não sei. Você sabe onde ela foi?

- Foi ver a vovó e a Aisha. 

- Quem é Aisha? 

- A irmãzinha dela.

- Ah tá. 

- Papai, -ela desligou a tv- como escreve o nome da sua namolada? 

- Assim. -peguei uma caneta e escrevi "Alli" em uma das folhas que estavam espalhadas pela sala. 

- Leva lá pra mim. -ela me estendeu a mamadeira vazia. Levantei e fui até a cozinha.

~POV ALLI~


Estava deitada e meu celular tocou. Olhei e era Math. 

- Alô? 

- Voxê é a namolada do meu papai? -uma voz de menina perguntou. Deduzi ser Marie.

- Sou. -respondi- Por que?

- Porque eu não gosto de voxê. 

- Não? O que eu te fiz?

- O papai não pode ficar com a mamãe por sua causa.

- A-ah... Desculpa.

- Tchau. -ela disse.

- Filha, o que você tá fazendo?! Alli? 

- Oi, Math. 

- Desculpa, ela pegou meu celular sem eu ver. Podemos conversar amanhã? 


- Devemos. -respondi brava e desliguei. 

~POV MATH (SEUSOBRENOME)~

- Marie! O que é isso? Sabia que é feio não gostar das pessoas? Como você conseguiu ligar pra ela? -perguntei lá que ela não sabia ler.

- Voxê escreveu na folha o nominho dela e eu vi qual mais palecia na lista de contatos.

- Você com certeza não puxou inteligência de mim. -disse indignado com o que ela acabara de fazer- Saiba que eu tô muito bravo com você. 

Ela não respondeu e deitou no sofá abraçando seu paninho e colocando a chupeta na boca.

- Deita comigo? -ela perguntou. Não questionei e deitei. Ficamos vendo desenho, só hoje brigamos duas vezes, uma a culpa foi dela e outra minha.

(...)

No dia seguinte, sábado acordei já tarde e Marie e Angelina estavam tomando café. 

- Bom dia, dorminhoco! -disse Marie sorrindo. 

- Oi, filha. -a beijei- Bom dia, Angelina.

- Bom dia, Math. 

Espera, ela me chamou de Math? 

- O que você vai fazer hoje à noite? -ela perguntou. 

- Nada, por que?

- Não mente. Pode falar, eu não sou sua mãe, não vou brigar com você. -ela riu- Te conheço bem e sábado à noite você não tem nada pra fazer? 

- Eu não quero sair, quero ficar com a Marie.

- Que bom. -ela disse- Eu também, não vou trabalhar hoje.

~SEU POV~

Os dias foram passando, na terça-feira o negócio começou a esquentar lá na escola. Ouvi a maior dr entre Alli e Math. 

- Math, eu não quero você ficando na casa dessa mulher.

- Por que? Não tem nada.

- Ela é SÓ mãe da sua filha, é mais velha, mais bonita e sua filha também não gosta de mim!

- Ninguém é mais bonita do que você, Alli. 

Revirei os olhos nessa parte. Ele tentou tocar o rosto dela mas acabou tomando um tapa na mão. 

- A Marie me ligou falando de você ficar junto com a mãe dela, criança não mente, Matthew! E se ela falou isso, ela viu alguma coisa. 

- É drama dela, não aconteceu nada!

- Então escolhe se você quer a sua filhinha -Alli disse irônica- ou eu. 


- Você deveria ter pensado antes de ter dito isso. -disse Math dando as costas para ela. Fiquei de boca aberta, adorei!

Mas ao virar Math topou com Tyler. 

- Sai da minha frente, palhaço! -Matthew o empurrou.

- Eu não tô com paciência pra você hoje! -Tyler disse sem revidar nem nada.

- Me avisa quando eu tiver te perguntado alguma coisa.

- Te orienta, otário. Eu não te fiz nada.

- Mas eu fiz. -Math o acertou com um soco e o encostou nos armários. 

- ME SOLTA!

- E se eu não soltar você vai fazer o que? Tenta sair sozinho. -riu.

- Isso. -Tyler respondeu o chutando na barriga. Math ficou sem ar e se contorceu, Tyler sem piedade revidou o soco na cara.

Blair veio correndo desesperada.

- TYLER, PARA!! -ela gritava, ô vozinha irritante.

Vi Alli chorando e indo para o banheiro. Qual é? Cadê a Ruby? Vou ter que fazer isso mesmo?
Deixei o ringue de luta livre e a segui.

- Alli? -bati na porta do box que estava fechado.

- Que? -ela perguntou chorando.

- Você sabe que se livrou de um peso, se livrou de um babaca, de traição, de tristeza, de...

- Eu já entendi! -ela saiu de lá de dentro.

- Eu conheço...

- Eu conheço o meu irmão, já sei.

- Não. Eu conheço o Matthew. Ele já te traiu, não vale à pena. Não chora.

- E por que não? 

- Porque eu não quero que você chore.

- Então você me perdoa?

- Eu não disse isso. -falei séria. 

Ela derrubou mais lágrimas ainda e me abraçou.

(...)

Os dias foram passando e graças a Deus foi que Cody melhorou. Eu já podia vê-lo, conversar com ele, abraçá-lo, beijá-lo! Deitei ao seu lado em sua cama, aquela que cabia muito bem mais de uma pessoa.

- Como você tá? -perguntei. 

- Como você tá? -ele perguntou um pouco mais alto.

- Eu tô bem, eu tô super bem.

- Por que? -Cody perguntou dando uma risadinha fraca.

- Porque você tá aqui. Você não sabe o quanto foi ruim não poder te ver, não saber como você estava. 

- Eu acho que fiquei muito tempo desacordado mas eu só queria conseguir dormir. -ele não me olhava. Fitava o teto a todo instante.

- Como assim?

- Toda vez que eu fecho os olhos eu lembro, eu sinto a dor de um soco, de um...

- Cody, não! Para. -passei a mão em seu rosto- Eles não estão aqui, eu tô aqui, o hospital sabe, tem ordem pra não deixá-los entrar.

- Eu não consigo.

- Consegue, sim. Logo logo você vai pra casa. 

- Posso te perguntar uma coisa?

- Pode. -o beijei mais uma vez mas ele não retribuía. 

- Por que você tá aqui? 

- Que? C-como assim, Cody?

- A gente tinha terminado. Você não pode ficar aqui, eu não te mereço, a gente não pode ficar junto.

- Não fala isso. Cody, não...

- (SeuApelido), é sério...

- Cody, eu tenho que sair. Só tenho mais um minuto e eu não posso deixar... Nada, esquece. 

- Deixar quem? -ele finalmente me olhou- Com quem você veio?

- Sozinha.

- Eu sei quando você tá mentindo.

- Com o Math. 

- Você ficou dizendo cem vezes que ele não é mais seu irmão. Vou repetir: eu sei quando você tá mentindo. 

- Com o Justin.

- Acabou o tempo. -a enfermeira entrou.

- Não, não, só mais um minutinho. -pedi.

- Não podemos. -ela respondeu.

Cody já havia parado de me olhar.
Saí de lá culpada, ele com certeza ficou bravo.

- E aí, vamos? -perguntou Justin.

- Vamos.

- Você quer passar em algum lugar antes pra comer?

- Não, pode me deixar em casa.


- Mas a gente sempre saía daqui, comia alguma coisa, ia pra minha casa.

- Eu não tô afim, tô bem. -respondi sorrindo.

~POV JUSTIN BIEBER~

Esses dias ela tá assim. Depois que o Cody melhorou só liga pra ele, só fica com ele e eu que se dane! Porque quando ela tava mal era o trouxa aqui que tava do lado dela, mas tudo bem, ela não merece sofrer mais, eu jamais faria isso.
A levei de volta pra casa e a mãe dela estava lá pra encher o saco e falar besteira de nós dois.

- Mãe, até quando? -ela perguntou- Não vai rolar.

- Tchau. -disse e beijei sua testa e dei um beijo na bochecha da mãe dela. 

~SEU POV~

Logo que Justin saiu, subi para evitar ouvir minha mãe falando. Tomei banho e fui deitar.
Hoje é sábado e eu não vou fazer nada, sei que os meus ex amigos devem estar em alguma festa e Alli se pegando com algum outro menino já, talvez o Tyler. 

Quando já estava quase pegando no sono recebi uma mensagem de um número desconhecido "Nessa Terra eu só tenho duas pessoas mais importantes e uma delas é você, (SeuApelido), me perdoa, já não dá mais pra ficarmos longe assim, você sabe que eu só fiz aquilo por sua causa, me desculpa mas em você ninguém toca. Por favor, eu te amo. Math".
Apaguei a mensagem e voltei a dormir.

~POV MATH (SEUSOBRENOME)~

É sério, sem ela não dá mais, agora sem a Alli... Se não fosse Marie, eu simplesmente não sei. Só por Deus.

- Eu nunca vi ela tão triste. -disse Angelina enquanto olhávamos para Marie dormindo.

- Que? Ela parece tão feliz, parece que as energias dela nunca acabam.

- Nos últimos dois dias ela tá assim.

- ...

- Math? 

- Então eu vou embora.

- O que? Por que?

- Eu tô aqui nos últimos dois dias.

- Não! Não é você. É que tem duas coisas que ela mais quer. -ela se virou para mim cruzando os braços e apoiando-se na cômoda. 

- E o que é?

- Que todos nós fiquemos juntos e... -ela abaixou a cabeça e sorriu- Um irmão. -ela voltou a me olhar.

- Você não namorou mais ninguém nesse tempo todo?

- Não. E ela nunca vai entender. Você só tem 17 anos.


- Dá pra você parar de jogar na cara? -ri.

- Tudo bem, eu só tô brincando. -ela se aproximou e a abracei de lado, ela abraçou minha cintura.

- A última vez ela tava tão pequenininha.

- Ela é pequenininha. -Angelina sorriu.

- Por que ela cresceu tão rápido? Ainda bem que só tenho mais um ano na escola.

- Promete que... Nunca vai pedir a guarda dela, é sério. A gente pode manter isso numa boa, eu não me imagino sem ela.

- Prometo.

- E agora me conta, por que você tá triste também? 

- Eu tô? -perguntei.

- Tá. -ela sorriu.

- Não é nada, besteira de gente de 17 anos. -ri fraco.

- Eu também já tive 17. -ela fez com que eu a olhasse- Diz.

- A Alli terminou comigo.

- Ah. Olha pelo lado bom, a Marie tá feliz! -ela fez uma pausa- Brincadeira. Quer ver um filme?

~SEU POV~

Os dias foram passando, aliás, as semanas e finalmente Cody voltou pra casa. Eu não era nem doida de levá-lo para minha casa então fomos para a dele.
Deitamos em sua cama e fiquei o olhando até ele fechar os olhos.
Mas quando os fechou, começou a dizer coisas sem sentido e a proteger o rosto.

- Cody! -o chacoalhei e ele abriu os olhos. 

- Você tá aqui. -ele disse.

- Eu sei. Calma. -passei a mão em seu rosto.


Tentei o distrair até que ele dormiu.

Esses dias tá tudo dando errado mas o bom é que Cody está melhor. Tá todo mundo dividido mas eu não tô nem aí, por mim não volto a falar com nenhum deles nunca mais! 
Levantei e voltei pra casa. Liguei para Justin e perguntei se ele queria sair pra ir no shopping, sabe? Esquecer algumas coisas, ele topou.

- Por que você tá tão quieto? -perguntei.

- Nada. -ele me olhou estranho. 

- Me responde. -o virei com brutalidade.

- Tem muita gente olhando, (SeuNome), tá perdendo a linha? -ele se aproximou- O que que é?

- Eu só te fiz uma pergunta, calma.

- A resposta tá em você mesma ou talvez no Simpson.

- Que?

- A verdade dói, né?

- Me escuta!

- Me solta! -ele respondeu saindo com os seguranças dele.

Quis gritar ali mesmo. Voltei pra casa, estacionei o carro na frente da casa e dei de cara com Joel.

- Sai daqui. -respondi mas ele entrou na minha frente.

- Não. 

- Não me olha desse jeito.

- Eu te olho do jeito que eu quiser.

- Como é?

- Todo mundo ao seu redor dá a vida por você e... Você é muito mal agradecida e o Cody...

- Não fala o nome dele.

- Ele que fez tudo, o pior, você perdoa porque pensa que gosta dele.


- Eu gosto dele. 

Ele não respondeu. 

- Por que você tá aqui? -perguntei. 

- Porque você não pode entrar na sua casa. Ou melhor, na sua garagem.

- Por que? -ri.

- Cadê os seguranças que sempre ficam aqui na entrada? 

- Eles devem estar de folga, sei lá. 

- Acha que seus pais fariam isso? -ele arqueou uma sobrancelha e cruzou os braços. 
- Me deixa em paz. -revirei os olhos e virei-me. Mas ele puxou meu braço- O QUE É? ME FALA LOGO O QUE TEM LÁ PRA MIM NÃO PODER ENTRAR?

- A mulher que te chama de barbie e todos os amiguinhos dela.

- E daí? 

- Lembra do que eu disse que eles queriam fazer com você? Ou já esqueceu? -ele se aproximou.

- Até parece. -bufei. 

- Eu fiquei contra eles pra proteger você. Não vai lá, por favor, confia em mim.

Me aproximei de seu rosto também com raiva no olhar.

- Por que eu deveria confiar em você de novo? -puxei meu braço e entrei no carro. Abri o portão e Joel ficou olhando até eu entrar. 

Abri também o portão da garagem e estacionei. Senti um frio na barriga, saí do carro e acendi a luz. No momento em que acendi o portão começou a fechar. Mas espera, eu deixei o controle no carro.

- Sentiu saudade? -o-ouvi a-aquela voz... Ele logo segurou meus braços e eu gritei- Como você tá? -o professor Jason cobriu a minha boca.

Tentei gritar novamente mas não saía, comecei a chorar desesperadamente e tentar sair dali.

- E aí, barbie. Tudo bem? -perguntou aquela mulher com os outros capangas que trabalhavam com o Mike- Dessa vez você não ouviu o Joel, né? Coitadinha, é tão orgulhosa. -ela riu. Eles saíram de trás de um dos carros. 

- Bem feito. -ouvi uma voz masculina dizer, uma voz que nos últimos dias só a havia escutado fraca, mas parecia bem firme agora. Eles abriram espaço- Desculpa, -Cody sorriu- todo mundo mentiu pra você pra... te dar o troco.

Tentei tirar a mão de Jason da minha boca à muito custo ela arranhões.

- C-como assim? Por que...? -perguntei.

- Eles nunca me bateram. Quando descobriram que eu batia em você concordaram que tu merecia. Só fizeram isso porque sabiam que você ia ficar contra todo mundo, só queriam se afastar de você, ninguém te aguentava mais.

- Pois é, nem eu. -disse Justin também saindo de dentro de um carro. Percebi que era dele.

- Você não tava comigo agora mesmo? -perguntei chorando.

- Nessa história todo mundo é mais esperto que você. -ele riu- Eu tenho que concordam com eles, depois que o Cody ficou "bom" -ele fez aspas no ar- você se afastou, quanta falsidade. -ele fez cara de nojo- E ele pode me bater -disse Justin apontando para Cody- mas eu concordo que você é a pior pessoa que eu já conheci mesmo no meio disso tudo tendo me apaixonado por você. 

- Por que você tá chorando tanto? -perguntou Jason em meu ouvido- A pior parte nem chegou ainda.

- Quer saber qual é, barbie? -aquela mulher perguntou.

- Só tinha uma pessoa realmente do seu lado e você ignorou ela. Uma pessoa que... sempre fez tudo por você mas como você é ingrata... ela não tá mais aqui. 

- É o Math. -Cody cruzou os braços e sorriu pra mim.

- Mas adivinha? -perguntou um dos capangas levantando a arma, mirando no teto- Deixamos até ele escolher, a querida filhinha dele Marie ou ele.

Eu não ouvi isso, não, não, não! Já não enxergava nada porque as lágrimas não deixavam...


CONTINUA? 

Tuesday 16 December 2014 @ postado Tuesday, December 16, 2014
6 Comments:
At 16 December 2014 at 21:53 , Anonymous Anonymous said...
Isso só pode ser um pesadelo omg, continuaaaaaa 

At 17 December 2014 at 10:35 , Anonymous Anonymous said...
como assim cara você me posta um capitulo desses.
só pode ser um pesadelo mesmo
você não compreende quando eu falo um final feliz pra ela e pro cody né ? até a parte que batem nele eu entendo e tals, mas ele se virar contra ela ? ahh não, ta tudo confuso e eu te odeio  

At 17 December 2014 at 14:07 , Blogger Beatriz Costa said...
Porra May como que você faz umas coisas dessas eu não acredito que você fez todo mundo virar contra ela.
Continua xoxo
@BeatrizSCosta_ 

At 17 December 2014 at 16:24 , Anonymous Anonymous said...
MEUU SENHORR.... CONTINUA LOGO ISSO MAYY 

At 17 December 2014 at 18:19 , Anonymous Anonymous said...
Voce adora fazer isso ne? me deixar ansiosa pra ler o proximo capitulo...PODE CONTINUANDO DONA MAY EU TO MANDANDO U_U  

At 17 December 2014 at 20:36 , Anonymous Anonymous said...
continuaaaaa jovem